Capitulo 13: Gentileza em meio a raiva

1209 Words
Eu me perguntei se deveria bater na porta, Sakura deveria querer me ver longe daqui, mas eu não podia sair sem avisá-la, eu sei que ela é capaz de se proteger, mas ainda sim eu tinha preocupações. Bati na porta ignorando meus próprios medos, pude ouvir algo cair dentro do quarto dela, esperei pacientemente para que ela viesse falar comigo. Quando ela abriu a porta, senti meu coração falhar uma batida, os cabelos dela estavam úmidos, o robe que ela usava mostrava mais do que deveria, mas eu sabia que só deveria ter aquele, por conta dela estar sempre sozinha. Os olhos verdes me fitavam sem ânimo, e o silêncio se formou entre nós, eu tentei evitar olhar-lá para ela não achar que eu era um completo doente. -Eu só queria avisar que estou indo na casa do Naruto. Ela levantou as sobrancelhas em sinal de desentendimento, eu não queria falar para ela o motivo de ir lá, até porque eu sabia que ela acharia que era infantilidade da minha parte, mas não era isso, queria dá tempo a ela, minha intenção era não pressioná-la a nada. -Fazer o que lá? Ela perguntou de maneira ríspida, eu quis sorrir, por mais que Sakura fosse forte, ela ainda era extremamente fofa irritada, mas eu não era burro de rir ou falar algo, não queria arriscar levar um soco dela. -Eu vou conversar com ele, e aproveitar e tomar um banho. Sakura revirou os olhos, eu dei de ombros ignorando o olhar irritado dela, ela abriu a porta do quarto se afastando minimamente. -Se você quiser me evitar e só falar, Sasuke. Eu saio do quarto para tomar banho. Eu suspirei frustrado, ela sempre vai levar tudo para o lado pessoal? Era exatamente isso que eu queria evitar, uma briga sem motivo algum. - Não é questão de evitar você, Sakura. Mas eu queria lhe dar um tempo sozinha, mas eu não poderia sair e deixar você como "eu" mais perigoso aqui sem avisar. Eu fiz merda lá fora, não quero que você ache que eu estou te pressionando a nada, e se você pedir pra mim parar, eu vou. Pode vê a expressão de surpresa em seu rosto, eu teria que em algum momento por a felicidade dela acima da minha, mas eu só faria isso se ela pedisse. -Sasuke, vai tomar seu banho. Ela falou saindo da porta, seu comportamento repentino me deixou em dúvida, se ela não quisesse que eu insistisse ela falaria não é? Então porque mudar de assunto? Adentrei o quarto receoso, a verdade era que Sakura era uma incógnita para mim em certas situações era muito pior. Olhei para ela vendo andar em direção a varanda, observei ela para lentamente no meio do quarto. -Eu não vou falar o que você tem que fazer, Sasuke. Todos fazemos as escolhas que achamos certas para nós, mas não crie expectativas ou você vai decepcionar, como aconteceu muitas vezes comigo. Ela olhou por cima dos ombros, acho que aquela frase não era só pra mim, tinha muito mais coisas envolvidas, os olhos verdes pareciam ainda mais brilhantes do que antes, o sorriso quase sarcástico esboçou o rosto dela antes de virar e voltar andar em direção a varanda. Um sorriso que eu admitia ficar bem nela, dei uma última olhada na mulher de cabelos rosa antes de seguir para o banheiro.  Sakura não saia da minha mente nem mesmo no banho, o que deixava a situação constrangedora para mim, que não tinha o total controle do meu corpo. A água fria escorria pelo meu corpo, tudo o que eu pensava era como eu ia contar para Sakura como havia sabotado o encontro dela? Mas para ser honesto eu não estava focado nisso, minha mente nunca fora tão criativa, me fazendo imaginar coisas que nem sequer deveria, mas aquele simples selinho na Sakura, me fez lembrar de que acima de qualquer coisa, eu ainda era um adolescente. Cheio de hormônios que estavam evidentes em meu corpo, afinal, podia  sentir  uma única parte do meu corpo dura e nem mesmo água gelada dava jeito. O que me deixava completamente envergonhado, afinal, quando mais eu pensava em Sakura, mas eu queria me tocar. Por esse motivo resolvi que o banho estava encerrado, quando saí do box, tentei pensar em outras coisas, para que Sakura não achasse um pervertido.  Quando deixei o banheiro pude ver que a Sakura, estava em pé perto do seu armário, ela olhou por cima dos ombros, eu automaticamente apertei as roupas que estavam em minha mão, pude ver os olhos verdes passarem rapidamente pelo meu abdômen. Sakura virou quando notou o que fazia, ela suspirou audível, enquanto revirava as roupas dentro. Eu sentia que estava apenas atrapalhando ela, por isso achei melhor sair sem ser notado, já havia estragado a noite dela o suficiente, caminhei em silêncio até a porta, quando eu a abri, ela me chamou. — Sasuke. Eu virei, vendo a roupa amarrotada em sua mão, infelizmente eu ainda não havia tido tempo de para comprar algumas roupas, afinal, as minhas nem sequer davam em mim mais.  — E o do meu pai. Pode usar, até comprar algumas roupas novas. Eu encarei sua mão, vendo a camiseta embolada em meio a calça, ela estava sendo gentil comigo mesmo depois de tê-la  beijado sem permissão, isso me fez sentir pior do que já estava. — Não precisa, Sakura. Tenho certeza que seu pai vai odiar me vê usando uma roupa dele. Ela riu sem humor para mim, mas logo o sorriso se desfez, apenas a amargura mostrava em sua face, pelo jeito as coisas com seu pai não iam bem. — Pode usar! Você está usando a mesma roupa desde que chegou, já deve estar agoniado. A verdade era que usar a mesma roupa durante uma missão não era problema, você nem sequer nota, afinal, você tem que manter a concentração em não morrer. Mas eu admitia que nas circunstâncias atuais, isso me deixava agoniado. Eu peguei da mão dela, agradeci com um pequeno aceno com a cabeça, ela sorriu fazendo meu coração falhar, Sakura era um ponto fraco em mim, que eu nem sabia que existia. — A e o Naruto disse que vem aqui amanhã, para levar você para comprar umas roupas, você e seu eu mais novo.  — Não lembro de ter visto o Naruto aqui hoje. Ela me olhou apreensiva, molhou os lábios com a língua, eu não pude evitar olhar e sentir vontade de eu mesmo fazer aquilo, naquela mulher que mostrava abertamente que gostava de me provocar. — Kakashi,  pediu pra mim avisar. Eu suspirei frustrado ouvindo novamente o nome do meu sensei, mas resolvi ignorar pelo meu próprio bem, porém, eu não conseguia deixar de sentir raiva. — Ok. A noite seria longa demais para mim, por isso, não enrolei em deixá-la sozinha, ela parecia ainda mais cansada, por isso, eu achei melhor falar sobre a pequena intromissão no seu encontro de manhã. Quando eu deitei, pude ver que meu eu mais novo já dormia, ele havia passado o dia lendo inúmeros pergaminhos junto ao meu clone. Mas não vai muitas coisas sobre jutsu temporais, haviam poucas informações sobre como aconteceu ou como fazê-lo voltar para linha temporal certa.  
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