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O cara que eu já odiei

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Arrogante, soberbo, grosseiro e m*l educado, essas são características que todos se referem ao Daniel que sempre teve tudo o que quis aos seus pés, desde dinheiro até as garotas do colégio. Apesar de seus amigos terem amizade com o grupinho da Virgínia, Daniel e ela sempre se odiaram por ambos terem gênios fortes. Virginia é uma das poucas garotas que nunca caiu aos pés de Daniel e que tem coragem de rebate-lo toda hora. Um dia, tudo começa a mudar e Daniel e Virgínia percebem que toda essa raiva e implicância acabam se transformando em paixão.

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Capítulo 1
- Desde que passaram a estudar na mesma turma brigam feito um par de furões. Já é a terceira vez essa semana.- Proferiu a diretora, encarando com dureza os dois alunos que estavam diante dela. - Ela me bateu com o livro de história na cabeça, sabe o quanto aquilo é pesado? Poderia ter formado um coágulo.- Daniel esfrega o exato ponto que foi golpeado. - Ele ficou me importunando com bolas de papel. Pedi cinco vezes que me deixasse assistir á aula.- Virgínia disse em sua defesa. A diretora respirou fundo, demonstrando um pouco de impaciência ao colocar com um pouco de força os seus óculos sobre a mesa que separava os dois alunos dela. - Vocês estão no último ano do ensino médio, pretendem mesmo ir com esse tipo de comportamento para a faculdade?- - Espero que eu tenha sorte de não encontrar nenhum Daniel na faculdade.- Murmurou Virgínia. - Você precisa aprender a controlar os seus impulsos, Virgínia. Bater nas pessoas não é a melhor forma de resolver um problema. - Claro... Da próxima vez eu abro a boca para ele colocar as bolinhas de papel dentro ...- - Não seja petulante!- - Desculpe... Mas a senhora mesmo disse que praticamente nós dois moramos aqui na sua sala, e é sempre o Daniel que começa, não adianta conversar, diretora... Se ele me deixasse quieta, nada disso aconteceria.- - Serei tolerante com os dois, como sempre sou. Darei uma última chance, ou se comportam, ou serão suspendidos. ... Após a conversa na sala da diretora, Virgínia e Daniel seguiram para lados opostos. Ela foi para uma das quadras privadas para o treino das líderes de torcida, e ele foi para o seu jogo de futebol. Ao que parecia, a terceira quadra do colégio estava interditada, então o time de Daniel teve que se aquecer na que ficava ao lado da que Virgínia treinava. Ela o olhou de cara feia no momento em que ele cruzava o espaço que estava sendo ocupado pelas líderes de torcida.  Daniel manteve contato visual com o sorriso cínico que sempre destinava á moça.  Os olhos cor âmbar ganhavam um brilho maquiavélico, e Virgínia jurava que os via escurecer quando o rapaz estava perto dela. Não que reparasse na cor de seus olhos, mas o tom dourado podia ser visto de longe, assim como o círculo esverdeado que ficava próximo de uma das suas íris.  - Ei, não deixa o Daniel te desconcentrar, você sabe que a Veronica tá louca pra roubar o seu lugar de capitã, e vai aproveitar de qualquer fraqueza sua.- Leila puxou o queixo de Virgínia para que olhasse nos olhos. - Tem razão... Toda vez eu acabo metendo os pés pelas mãos por causa desse cretino, eu preciso fazer de conta que ele não existe.- Virgínia encolhe os ombros. - De qualquer forma, vamos providenciar para que ele fique bem longe da quadra no horário do teste.- Falou Fantine, apoiando-se em Melissa para concluir os noventa graus com a perna. - Não vou deixar que a Verônica me vença nem se passarem cinquenta mil Daniéis na minha frente.- Virgínia deu de ombros. - Por favor... Tudo o que eu não preciso é ter que aturar o estrelismo da Veronica pela manhã.- Melissa, impaciente com a demora de Fantine para finalizar o ângulo da perna, arrasta o pé de sua amiga para cima.-   Mal Melissa termina de falar, Veronica adentra a quadra acompanhada de suas três melhores amigas: Ivy, Regina e Lara, caminhando decididamente a infernizar as suas colegas. A jovem tinha olhos escuros e insondáveis, como dois lagos negros e profundos.  Seus cabelos de mesma cor batiam nos ombros, e farfalhavam a cada vez que ela se movia com a leveza de uma pluma. A beleza exótica de Verônica funcionava sempre ao seu for, e ela raramente não conseguia o que queria. Uma dessas raras vezes foi ter perdido a posição de líder para Virgínia Salsa, sua maior arqui-inimiga. Ao ver o outro quarteto se aproximar, Virgínia retesa o corpo como se pudesse usá-lo de escudo.  - Suas amigas já estão te consolando para o momento da derrota? Será épico a forma que eu vou te humilhar.- Proferiu Verônica. - Todo ano é sempre a mesma coisa.- Melissa revira os olhos.- E adivinha só? Virgínia ganhou por cinco vezes consecutivas.-  - Não é de bom tom subestimar os outros. É isso que leva as pessoas a derrota.- Falou Ivy. - Por Deus, a conversa de vocês irrita mais do que purgante.- Fantine bufou.- Todo ano é sempre o mesmo lenga lenga. - O que a Ivy está  querendo dizer é que as coisas podem mudar. Uma moeda nunca cai duas vezes no mesmo lugar.- Verônica esboçou um sorriso afetado. - Só se a sua mira não for boa.- Leila não perdeu a chance de gracejar. Verônica olhou de cara feia para ela. - Talvez uma moeda não caia duas vezes no mesmo lugar, Verônica.- Virgínia encurtou a distância entre os dois corpos no intuito de parecer intimidadora.- Mas a terra nunca gira para o lado contrário.-  E após as suas últimas palavras, ela se afastou. ... No outro lado da quadra... - Hoje vão escolher a capitã das líderes de torcida.- Comentou Bruno, para ninguém em particular. -E por que isso me interessaria? São um bando de idiotas pulando com pompons.- Resmungou Daniel. - Idiotas gostosas... Que sempre acabam distraindo o outro time.- João sorriu com malícia. - Façam o favor de ter mais respeito pelas meninas, não acho a menor graça nesse tipo de comentário.- Marllon repreendeu seus amigos com uma carranca.- Além do mais, a minha melhor amiga faz parte da equipe. - A sua melhor amiga, é uma pedra no sapato.- Resmungou Daniel.- E daquelas bem pontudas. - Eu juro que não entendo essa implicância que vocês têm um com o outro. Pararam no tempo? Ficaram eternamente no sexto ano?- Marllon acertou uma cotovelada no braço de Daniel, que espiava pela tela o outro lado da quadra. - Cara... Você é muito chato, eu vou ter que me irritar.-  Daniel nunca falava aquilo por estar realmente irritado. Na grande maioria das vezes, quando ele tinha raiva, apenas ficava quieto. - Eu acho... Que isso é alguma atração sexual muito forte.- Opinou Bruno. - Você nunca acha algo que preste. Eu nem sequer acho aquela magrela bonita... Humpft, atração sexual.- - Eu faço uma aposta que eles ainda vão aparecer apaixonados.- Provocou Bruno. - Você não me conhece? Eu sou Daniel Santiago, eu tenho a mulher que eu quiser e na hora que eu quiser, porque iria me apaixonar por uma menina ensossa daquelas.- Marllon olhou para Daniel como se pudesse matá-lo. - É só colocar um pouco de sal.- - Bruno, suas piadas são péssimas. Por favor, pare.- Disse João.  - Se a Virgínia continuar como a capitã, podemos pedir para que ela recrute as meninas para a arrecadação de dinheiro.- Sugeriu João. - Arrecadação de dinheiro para que?- Perguntou Marllon, irritado com a conversa. - Para o baile de final de ano, só faltam poucos meses.- Respondeu Bruno. - Imaginem só... Aquelas líderes de torcida lavando carros na rua com aquelas roupinhas...- João cruzou as pernas para esconder a nítida evidência de seu desejo. Marllon ergueu a sobrancelha. - Que tipo de conteúdo pervertido você anda assistindo?- - Elas podem molhar a camisa para mostrar o.- João gira o dedo em círculos ao redor do próprio mamilo. - Mas para isso... Precisamos que a Virgínia ganhe. Ela não pensaria duas vezes em nos ajudar.- Falou Bruno. -Justo... Exceto pela parte que eu não vou torcer para a Virgínia.- Daniel falou seco. - Acho impossível que a Virgínia concorde em passar água nos mamilos, e acho o mesmo das outras.- Marllon deu de ombros. - De qualquer forma você é namorado da Veronica. Pode convencê-la caso venha ganhar dessa vez.- Disse Bruno - Infelizmente.- - Tava demorando pra ele começar a falar isso.- Bruno balançou a cabeça em um movimento negativo. - Ela é problemática demais, eu estou começando a me cansar... Fora que eu converso com outras garotas bem mais interessantes. - Então termina logo, cara... Pra que vai ficar em algo que te sufoca? Fora que, se a Veronica descobrir que você a trai, saiba que sua vida será um inferno.- Aconselhou Marllon. - Acha que eu não sei como é a Verônica? Já lidei muito com esse tipo de garota. - Não acho que a Verônica seja parecida com as outras... Ela é capaz de cortar as suas duas pernas se descobrir tudo o que você já fez.- Marllon deu um tapinha no braço de seu amigo. ... - Próxima e penúltima candidata, Verônica Morais.- Os movimentos da outra já eram conhecidos por Virgínia.  Uma das muitas vantagens a favor de Virgínia era a sua capacidade de gravar tudo com muita facilidade, e era esse o trunfo que a fazia ganhar nas competições, e nos testes. Verônica tinha movimentos de acrobacia medianos, o seu investimento era no ritmo que movia o quadril e na desenvoltura de sua cintura. Ela realizou números como três saltos para trás, uma abertura de escala e um ângulo de noventa graus com a perna. - Movimentos precisos, embora que precise de mais estabilidade no salto. Contudo... A flexibilidade é mais do que promissora. - Tente fazer melhor, Virgínia... Acho difícil que consiga dessa vez.- Verônica murmurou próximo ao ouvido dela, no momento em que a outra garota passou ao seu lado para ocupar o meio da quadra. A jovem olhou de relance para a arquibancada, assistindo os meninos se acomodarem nos bancos. Lá, entre eles, estava Daniel, com o mesmo olhar inescrupuloso que a deixava irrequieta. Uma sede de determinação enraizou cada milímetro do corpo de Virgínia, e quando as primeiras batidas da música começaram a tocar, ela iniciou o seu número. Estabilidade no salto, era isso que faltava em Verônica e que seria o seu ponto de vantagem. Virgínia realizou alguns movimentos de dança, deixando seu cabelo se soltar das amarras que o prendia no momento em que ela movia em círculos o próprio quadril. Daniel sentiu um súbito calor irradiar seu corpo ao observar as mechas de cabelos castanhos livres, e um dos fios soltos roçava no início da curvatura dos seios bem desenhados. O corpo curvilíneo coberto com a minúscula saia azul a deixava tão atraente, que por um minuto, Daniel esqueceu que a odiava. Virgínia abriu uma escala com as pernas no meio da quadra, e deu cinco saltos precisos para trás, parando perfeitamente em pé. No final de sua apresentação ela estava adoravelmente corada, e a ondulação de seu tórax devido á ofegante respiração era perturbadamente evidente. Ele a desejava. Deseja aquela mulher irritante. Desejava a única garota da face da terra que tinha certeza que jamais desejaria.  - Pelo sexto ano consecutivo, a Virgínia Salsa será a nossa capitã.  As amigas de Salsa correm para o meio da quadra, envolvendo-a em um abraço apertado e dando gritinhos de felicidade. - Verônica , você fica como sub capitã, caso algum dia a Virgínia precise de suporte.- Depois da frase da treinadora, a forma que Verônica olhou para Virgínia deixou claro o seu ódio. Ela nunca perdia, e acharia um jeito de tirar a outra do caminho. ... - Tá maluca? Você não vai realmente ter coragem de fazer algo assim.- Ivy parecia preocupada com os impropérios ditos por sua amiga, enquanto estavam no vestiário feminino. - Por que não? Ivy, eu quero ser a capitã, eu me preparo todos os dias esperando sempre o próximo ano e essa... Essa vagabunda sempre consegue o que era pra ser meu! - - Quem muito persiste um dia consegue, não acho que precise chegar a tanto...- Falou Regina. - Não é como se eu fosse matá-la. Quero apenas que se machuque ao ponto de não poder participar mais.- Verônica deu de ombros.- Já estamos no último ano. - Não acha crueldade?- Perguntou Regina. - Se são minhas amigas de verdade, vão me ajudar.-  Após as três se entreolharem, Lara foi a única que deu um passo para frente, demonstrando interesse. - O que pretende fazer?-  - Lembram o que a treinadora falou? Eu posso assumir o lugar da Virgínia caso alguma coisa lhe aconteça. - Se não estiver pretendendo causar algum dano permanente  á Virgínia, podemos te ajudar.- Disse Regina, solicita. - Um acidente sempre ocorre nos treinos, não é? - Esse é o seu plano? Machucar a Virgínia?- Pergunta Ivy. - Vamos fazê-la quebrar a perna.  ... Depois da escola, Virgínia e suas amigas foram até a sorveteria que ficava na rua debaixo, no intuito de comemorar a vitória. Elas estavam sentadas na terceira fileira, e bateram suas taças de milkshake em conjunto.  - Um brinde ao quinto e último ano consecutivo.- Falou Fantine. - Sexto.- Corrigiu Melissa. - Estamos sobrevivendo bem ao ensino médio.- Leila suspirou extasiada. - É... Ganhamos a maioria das batalhas.- Concordou Melissa. - Não temos tantos inimigos assim... Só o grupo da Verônica.- Virgínia deu de ombros. - E o Daniel.- Completa Melissa. - Daniel não conta, é amigo dos nossos amigos.- Disse Leila. - Mas é insuportável e eu o detesto.- Falou Virgínia. - Baseado em filmes e livros, toda história de amor começa assim.- Leila cutuca o braço de Virgínia com o indicador. - Minha situação com o Daniel é diferente, não combinamos, e nem se ele fosse o último homem da face da terra eu o beijaria.- Como se o destino pregasse uma peça, na exata hora que Virgínia profere suas palavras, Daniel entra na sorveteria acompanhado dos outros meninos. Ele estarreceu com a surpresa de encontrá-la.  Foi satisfatório para Virgínia encontrar uma expressão diferente da audácia  e superficialidade corriqueira estampados no rosto de Daniel. - Que coincidência boa, não acham?- Provoca Leila. - Não foi coincidência.- Virgínia respondeu carrancuda.- Convidei o Marllon e os outros meninos.  - Acho que esqueceram de avisar ao Daniel que você estaria aqui.- Fantine abafou um risinho. Todos se cumprimentaram, como requeria a educação, menos Daniel Santiago e Virgínia Salsa. Ele ainda não estava sabendo lidar com o que sentiu por ela na quadra. Precisava de algo que fizesse a situação parecer normal. Precisava de algo que confirmasse para si mesmo o quanto a odiava e o quanto a achava insuportável. - Não vão se cumprimentar?- Bruno não resistiu em casar um mal estar nos dois. - Não.- Os dois respondem em uníssono. - Ah, mas deveriam... Temos que montar uma peça de teatro para o trabalho de inglês, precisam ser profissionais.- Melissa olhou com cumplicidade para Bruno ao terminar de falar - Não vou fazer trabalho nenhum com ELE.- Protestou Virgínia. - Ah, pelo amor de Deus.- Proferiu Marllon.- Todos os grupos já foram formados, e não é como se vocês precisassem virar amigos. - Até mesmo porque, se dependesse disso, ficaríamos sem nota.- Falou Daniel. - Ficaríamos mesmo.- Concordou Virgínia. - Olhe aí... Já concordam em alguma coisa.- Implicou João. - Vamos fazer um trato, Salsa... Interagiremos o mínimo possível no trabalho da escola, e evitaremos ao máximo brigar.- Daniel estendeu a mão na direção de Virgínia. - Feito.- Hesitante, Virgínia segura a mão dele de volta.

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