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Por caminhos distintos

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Blurb

História em revisão.

O sonho de Chris é se tornar uma grande pianista, conhecida em todo o mundo assim como seu avô foi um dia, mas para isso ela precisa estudar em uma renomada escola de música dos Estados Unidos. Isso significa que ela precisará mudar de país, deixando para trás sua família, o lugar onde viveu desde que nasceu e também terá que encontrar forças para dizer adeus ao homem que até pouco tempo ela julgava ser apenas o seu melhor amigo, mas percebeu que é enlouquecidamente apaixonada por ele. Será que ela será capaz de deixar tudo para trás, a fim de alcançar o que tanto almeja?

Hey, pessoal! Querem viver a experiência de ler o livro curtindo a trilha sonora? Então clica no link e aproveite a playlist que eu preparei para vocês!!! Disponível gratuitamente no Spotify.

Link no meu perfil do insta @autorabru.merenccio.

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Um sonho grande demais
Se dependesse da mãe, Cristina passaria o resto da vida na fazenda onde morava com os pais e a irmã mais velha ajudando a família nos trabalhos da propriedade, esta não era tão grande como a fazenda que morava seu melhor amigo Rick, mas era o lugar mais lindo que ela já havia visto em sua vida, considerando que nunca havia viajado a lugar nenhum. Havia um enorme lago onde dezenas de patos costumavam nadar, um vasto pomar com variados tipos de frutas, incluindo inúmeros pés de maçã e carambola, uma cachoeira incrível onde chris costumava nadar, um estábulo onde ficavam alguns cavalos, e grandes extensões de terra onde todos os anos a soja era plantada. O cultivo da soja  constituia o sustento de toda a família de Chris, ela, a mãe Lilian e (muito a contragosto é preciso dizer) a irmã mais velha Flora ajudavam o pai Henrique no trabalho com o plantio e colheita dos grãos. A tarefa não era fácil, contudo todos precisavam contribuir, visto que apesar de possuírem uma propriedade deste porte, não eram ricos. A fazenda foi herdada pelo pai de Cris, após o falecimento de seu avô. Este havia sido um grande pianista e teria ganhado muito dinheiro na juventude, mas acabou perdendo tudo, pois era viciado em jogos de azar e tudo o que sobrou foi o lugar que o pai tentava desesperadamente reerguer. Muitas vezes se perguntava se passaria a vida toda naquele lugar que apesar de amar profundamente, não queria acabar seus dias ali, desejava viajar, conhecer o mundo.  Frequentemente se ressentia pelo fato de sua irmã não auxiliar  em quase nada, nem mesmo nos afazeres domésticos. Passava o dia tentando escapar para o quarto, se negando a fazer qualquer serviço, queixando-se sempre de indisposição. A mãe, constantemente protegia a filha, alegando que esta é doente desde criança e que nunca se recuperou completamente. Mas Cristina sabia que tudo não passava de fingimento de Flora, ela poderia até ter sido doente na infância, mas agora só estava tentando se esquivar de todo e qualquer trabalho possível, jogando tudo nas costas da irmã mais  nova. Cristina se perguntava se as coisas seriam diferentes se ela fosse a filha mais velha, ao invés da outra. Provavelmente não. O problema era com ela mesmo. Cris achava que a mãe sempre protegia a irmã, passando a mão em sua cabeça sempre que possível. Lilian era temperamental, enérgica e a única pessoa que tratava com carinho era a filha mais velha Flora. Até mesmo o marido não possuía seu afeto. Cristina considerava a mãe, uma mulher amarga e ressentida, embora não se soubesse o motivo por ela ser assim.  Em relação a Cristina, a mãe nunca a apoiava em nada, tratando-a continuamente com rigidez excessiva e palavras duras que Cris acreditava de verdade não merecer. Certa vez, tinha expressado sua vontade de estudar música, na presença da família enquanto todos estavam reunidos na sala. Lilian tinha soltado gargalhadas ao ouvir isso. ㅡ E como acha que vai pagar por tudo isso? esqueceu que estamos atolados em dívidas?― falou irritada. ㅡ Eu posso conseguir uma bolsa. ㅡ É preciso ser muito boa para conseguir uma bolsa.ㅡ replicou a mãe de mal gosto. ㅡ Cris é excelente, já ouviu ela tocar alguma vez? ㅡ perguntou o pai. ㅡ Já ouvi e não achei grande coisa. ㅡ falou Lílian fazendo uma careta. O pai já ia se preparando para defender Chris mais uma vez dos ataques da mãe, mas ela achou melhor interferir para que não se transformasse em uma tremenda discussão. ㅡ Certo. Toda essa conversa é inútil. Vou subir para praticar e ficar boa o suficiente para conseguir uma bolsa. ㅡ falou com ironia. Cristina costumava praticar todas as noites no piano que o avô paterno havia lhe dado antes de falecer, quando ela tinha apenas 10 anos. Ele havia dito que gostaria que ela se tornasse tão talentosa quanto ele foi e que conseguisse tocar o coração das pessoas com a sua música. Hoje com 18 anos, Chris sentia que deveria deixar o avô orgulhoso, onde quer que ele estivesse, pois foi ele quem ensinou tudo o que ela sabia. Cristina se esforçava o máximo que podia. Porque se quisesse de fato ter a chance de conseguir uma bolsa em uma renomada escola de música, teria que ser mais do que excelente. Teria que ser perfeita. Por isso, se cobrava frequentemente e praticava sempre que podia. Em sua opinião, não havia descanso quando havia um objetivo a ser atingido. Chris amava tocar os grandes pianistas, os seus preferidos eram: Chopin, Beethoven, Mozart e Nelson Freire. Mas também gostava de tocar covers de seus cantores e bandas favoritos. Passava horas e horas tocando. Às vezes tocava para o pai que era o único da sua família que a incentivava e entendia seu amor pelo piano. E quase sempre costumava tocar para Rick seu grande amigo. Ultimamente, eram raras as vezes em que conseguia tocar para ele. Depois que entrou para a faculdade, Rick tinha se mantido muito ocupado. No entanto, ele adorava vê-la tocar e ela não cansava de receber os elogios que ele lhe fazia. Cristina tinha o hábito de se levantar bem cedo, quando o sol ainda estava nascendo, para nadar na cachoeira. Fazia isso quase todas as manhãs antes de ajudar a família no campo. Acreditava ser a melhor parte do seu dia, pois podia ficar sozinha com seus pensamentos e refletir sobre a vida que vivia e vida que gostaria de viver. Costumava colocar um biquíni para nadar, a cachoeira era distante da casa portanto nunca havia ninguém para ver. Muitas vezes nadava com Rick, mas jamais havia se importado ou sentido vergonha de ficar seminua na frente dele e nem ele na frente dela. Eram amigos desde sempre. Cristina saiu de dentro d'água e se secou em uma toalha que havia trazido, vestindo a roupa em seguida. Tinha que ir para casa se trocar  e tomar café antes do trabalho. Cristina tinha o hábito de sempre manter uma música em mente em todos os momentos de sua vida, fosse eles bons ou não tão bons assim, alegres ou tristes, motivadores ou apaixonantes. Sempre tinha uma música para qualquer ocasião. Fazia de sua vida um clipe musical permanente.  A caminhada até em casa não foi cansativa, visto que todos os dias fazia esse trajeto e os músculos das pernas já estavam acostumados. Subiu os degraus da varanda correndo a fim de colocar uma roupa apropriada. Os degraus rangeram. Estavam precisando de uma reforma, aliás a casa toda estava. Tratava-se de uma residência antiga, era preciso lembrar Imaginava qual desculpa Flora inventaria para não ir trabalhar novamente, já estava a ponto de perder a paciência com ela. Já ia subindo as escadas quando escutou a voz da irmã e se deteve para escutar a conversa. ― Mãe, será que posso voltar para a cama? Estou com dor de cabeça. ― falou Flora à mesa do café, ajustando o coque de cabelo loiro. Flora havia herdado as características físicas da mãe, cabelos louros e olhos claros, enquanto Cristina era mais parecida com o pai, com seus olhos castanhos e cabelos pretos. Era um ano mais nova que irmã e eram tão diferentes que nem mesmo pareciam pertencer à mesma família.   Cristina soltou uma lufada de ar pela boca ao ouvir isso. ― É claro que pode querida. ― disse a mãe, pousando a xícara de café sob o pires. Cristina não se conteve e foi até a cozinha onde a irmã e a mãe tomavam café. ―  É sério? Flora não vai trabalhar hoje de novo? Por que ela nunca ajuda em nada? por que tenho que ajudar o papai sozinha, enquanto ela dorme o dia todo? ― indagou quase gritando. ― Eu também trabalho Cristina, você não ajuda seu pai sozinha. Todos nós trabalhamos aqui, seja dentro ou fora de casa, e por acaso você não ouviu ela dizer que não está se sentindo bem? Será que você não entende isso? — respondeu Lílian no mesmo tom. ㅡ A única coisa que eu entendo é que Flora é uma folgada e uma mentirosa. É isso o que entendo. ㅡ replicou Chris com impaciência. No meio da discussão, Flora já havia subido as escadas a fim de voltar para o quarto. Não tinha a menor paciência para as queixas da irmã mais nova, tinha plena consciência de que não ajudava em nada, mas preferia mil vezes ficar lendo revistas de fofocas em seu quarto do que estragar as unhas em serviços domésticos e pesados como era o trabalho no campo com o pai.  Havia terminado o colégio há dois anos e não tinha o menor interesse em prosseguir com os estudos. Cristina que havia acabado os estudos há um ano, já tinha tudo planejado: iria estudar e morar em outro país. Pelo menos era o que ela desejava, se iria conseguir não sabia. Sentia uma certa inveja do talento da irmã, ela realmente tocava muito bem, embora nunca tenha admitido isso na presença de outra pessoa.  O maior sonho de Flora era ser famosa, por isso passava todo o tempo postando fotos e vídeos no instagram, com o objetivo de ganhar mais e mais seguidores. Chris não se importava com isso, só queria que ela ajudasse no trabalho da fazenda como o resto da família fazia. Era pedir muito? ㅡ Cristina nunca mais fale assim de sua irmã. Já está na hora de parar com essa implicância que você tem com ela. ㅡ falou a mãe, brava. ― Implicância? Só estou dizendo a verdade. Mas quer saber? Cansei. Vou me trocar e trabalhar. Perdi a fome. Hoje o dia vai ser longo com uma pessoa a menos para ajudar. Há muito trabalho a ser feito. Cansei de discutir em vão. Mesmo porque: pau que nasce torto, nunca se endireita. ― disse Cristina indo em direção a escada. ― O que disse? ― perguntou Lílian, mas percebeu que falava sozinha, pois Chris já desaparecera escada acima.

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