Ele me lançou um sorriso largo, exibindo seu conjunto perfeito de dentes, e logo percebi que ele me fez de boba. E ele só conseguiu fazer isso porque podia perceber o que eu estava sentindo e como eu precisava dele. Com raiva de mim mesma, mais do que dele, eu o empurrei e o elevador parou. Ele sorriu ainda mais para mim, sem se importar que tivesse me irritado. Tirou o cartão, passou pelo leitor do elevador, e a porta se abriu. Saí primeiro, muito envergonhada e irritada para sequer estar em sua companhia. Fiquei paralisada ao ver tantas pessoas ali dentro, desenhando, digitando e se movimentando. Era uma bagunça literal com tantos papéis voando e tantas pessoas ali, todos trabalhando e ficando loucos. Ninguém pareceu notar minha presença, mesmo que eu visse seus olhos passarem por mim

