Liz Narrando,
Minha história não é muito legal, eu queria viver a minha adolescência e curti os bailes da comunidade próxima de onde eu morava, e era incrivel subir o morro e dançar até de manhã, tudo ia bem até a minha vó falecer eu com 16 anos na época sem familia próxima precisava arrumar um jeito ou iria para um orfanato, então com um poco de dinheiro que tinha eu subi o morro com as minhas coisas após o enterro da vó na qual um tio distante preparou tudo mas deixou claro que não poderia me criar, subi o morro e aluguel um kitnet que parecia uma casa de boneca, mas eu estava segura bom era o que eu pensava, começei ajudar a mulher do salão e com isso eu conseguia comer e pagar o aluguel, o dono da comunidade logo se interessou me queria no porte dele, eu nova e iludida acreditei que todas as suas palavras eram verdades, eu não tinha ninguém por mim, e ele naquele momento se tornou meu tudo, quanto ingenuidade, hoje eu percebo como fui burra, mas não n**o que ele foi bom e me tratava como alguém importante na sua vida, pelo menos era assim que eu pensava, a pouca idade naquela época me fez ter apego por pessoas erradas e amizades erradas, essas que queriam apenas estar no meu lugar e não ao meu lado, com isso a minha tal melhor amiga ficou com o meu até então marido, mesmo nunca tendo assinado nenhum papel ele me denominava como a sua esposa, ou a fiel do dono do morro, um título ridículo que muitas querem sustentar e não vale de nada.
Quando fiz 18 anos ele me deu um carro e me fez tirar a carteira, e eu fiquei tão feliz quando passei, mas quando cheguei em casa para contar a novidade a minha tal melhor amiga estava lá, em uma atitude suspeita, porém mais uma vez a minha ingenuidade me deixou cega, mas o baque fatal foi na véspera do ano novo quando a polícia subiu o morro, ele não estava em casa e sim na casa da minha tal melhor amiga, e lá não tinha nenhum fragrante, porém na minha casa aonde eu morava atualmente com ele, em uma porta falsa debaixo da escada havia um grande arsenal de armas e com isso eu fui presa em flagrante, e ele bom nunca me mandou uma carta ou ao menos um recado dizendo que faria o possível para me tirar daqui, pelo menos um advogado ele mandou, esse que não faz nada, eu disse em juízo toda a verdade já estava na merda mesmo, não ia passar pano pra ele, contei tudo também fui bem uma x9 e entrei cada ponto do morro, ele não me deixou levar a culpa agora aguenta, tudo que eu sabia ou que já havia escutado dele eu contei, o advogado ficou puto e largou o caso, por cooperar com as investigações eu tive redução da pena 5 anos, uma merda mas eu ia sair daqui, o sub tem vindo me visitar, ele não tem passagem e já até fez faculdade, ele não é de falar muito mas toda visita ta aqui, trazendo as coisas e comida, eu vejo como ele me olha e para ele estar aqui precisamos assinar um termo de união estável, eu queria saber se meu até então ex marido ta sabendo desse babado, eu ainda não tive a oportunidade de perguntar ao sub sobre isso e porque ele tem vindo me visitar e porque aceitou ser meu marido de papel passado, eu não sei oque mas algo me diz que há algo por trás disso.
Meu aniversário de 19 anos está chegando quase um ano nesse lugar, já sou conhecida, sou na minha mas mantenho respeito, mas confesso que em alguns momentos eu tenho muito medo, algumas detentas são muitos duronas e eu não tenho experiência alguma, algumas delas me chamam de cartinha branca da cela, já conhecem a minha história e já até me defenderam, mesmo com medo eu sou grata, não sei o que me reserva ainda falta longos anos, porém eu não posso saber o que me resta quando for ALÉM DA LIBERDADE.
Liz