A Plebeia

358 Words
                                                                                                 *─━━━━━⊱Sn on⊰━━━━━─*                                                                                                                *━━━⊱♡⊰━━━* Ouço o cacarejar do galo, abro meus olhos e observo o teto por um tempo convencendo meu corpo a ideia de que teríamos que nos levantar. Me desperto e arrasto minha carcaça até o pequeno e único banheiro da casa, o piso rangia a cada passo que eu dava com meus pés descalços, enxaguo meu rosto, na intenção de me despertar, com a água do balde, estava fria demais para um dia de baixa temperatura como hoje, escovo meus dentes e retiro minha vestimenta. Apanho um outro pequeno pote, com isso recolhia a água e jogava em meu corpo, me fazendo estremecer por completa. Ao terminar me cubro com uma toalha, recolho meu vestido largado ao chão e volto para meu quarto. Abro meu baú escolhendo qual iria vestir, no caso um que fosse quente o suficiente. Sabia que esquentaria pela tarde, porém já estaria de volta para me trocar. Já vestida e com os cabelos presos, vou até a cozinha, preparo o café já moído, o cheiro exalava aquele ambiente, fragrância de paz e manhã. Enquanto coava organizo a mesa, comíamos o que sobrava da padaria, meus pais nunca gostaram de vender pães feito de um dia para o outro, mas também não desperdiçávamos e com isso consumíamos de café da manhã. O leite era deixado em nossa porta ao terceiro badalar do sino da capela, insinuando oito horas. Termino a mesa, passo o café para um pequeno bule, suspiro fundo tendo certeza que estava tudo organizado e assim podendo me retirar de casa. Separo em uma pequena cesta o que iria consumir, para que não trabalhasse de estomago vazio, junto continha um livro. A vila estava calma, como todo alvorecer, abro a padaria e limpo as mesas de madeira clara, ajeito as flores nos vasos, arreganho as janelas que rangiam, deixando a luz do Sol invadir tal ambiente. Tudo em seu devido lugar, me sento com um livro em minhas mãos, o qual havia pego na biblioteca alguns dias atrás, era uma de minhas histórias favoritas, sobre um príncipe disfarçado onde que sua amada só o descobre quem realmente és no fim.
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