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Giovanna - A Garota Que Ninguém Viu

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Blurb

Após terminar com seu antigo namorado Miguel, Giovanna é aconselhada por seus pais a se mudar para Portugal. Eles acreditam que vivendo em um novo país, sua querida filha poderá finalmente se encontrar e descobrir o que realmente lhe falta.

Da mesma criadora de "Ser Cristão Não É Chato Não". Este livro conta a história de Giovanna, uma das amigas de Sophia Castilho. Espero que gostem!

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Capítulo 1
Me encontro sentada sobre uma macieira. E pensar que há algum tempo atrás se me apoiasse neste galho ele se quebraria ao meio. O jovem gentil e ansioso esperava no altar, com o sorriso mais bonito e olhos distantes. Seus parentes e meus amigos, tanto velhos quanto novos ali se encontravam. Também sorriam e flutuavam com seus olhos pela extensão do enorme celeiro da Fazenda "Os Pereiras". Meu vestido branco voava junto ao véu saltitante que desejava pular de minha cabeça, havia chegado o momento pelo qual tanto busquei, era o dia do "casamento" e todo meu estômago revirava. Seria ansiedade ou medo por tamanha decisão que estaria prestes a tomar, viver para sempre com outra pessoa que não fosse você...Ahh que triste sina, por que a princesa não pode ser seu próprio príncipe? Mudei tanto que acabei me esquecendo de quem um dia realmente fui, se puder afastar de mim este cálice permita-me um súbito infarto, pois cair daqui viva não é algo satisfatório. Ele parece nervoso, seus dedos posso vê-lo estalar e forçar sorrisos, fingindo calmaria aos convidados desesperados por respostas. "Ei, é normal a noiva se atrasar"...O senhor de cabelos grisalhos, vulgo avô sibila olhando para minha direção. Tudo bem, garota você precisa tomar uma decisão. Ir ou ficar, eis suas escolhas postas em sua frente como duas faces da mesma moeda, viver sozinha de sua forma ou fundir-se a outro alguém que viajou até aqui na tentativa de lhe arrancar um simples "SIM" Presente Confesso que tenho me encontrado na inexistente crise dos vinte, onde tudo em sua mente é confuso e apesar de ser obrigatório você ainda não fora capaz de responder a tão temida pergunta "O que será quando crescer" Aqui estou eu dentro de um enorme avião, seguindo para Portugal em uma pequena cidade chamada Montemor, junto ás minhas incógnitas e extensas questões matemáticas mal explicadas pela péssima professora chamada "Vida". Joseph, meu Padrasto descobrira recentemente graus de parentesco com um casal de velhinhos portugueses, dona Conceição e senhor Antônio (Fico Feliz de que o nome do mesmo não seja Manoel, pois as piadas sobre portugueses queimam em minha mente) Sei que é preciso crescer, que já se passou da hora. Aos Vinte e quatro anos é preciso se casar para algumas, estar cursando uma faculdade para outras... mas, tudo bem, sempre senti que meu relógio fosse mais atrasado do que das outras pessoas. Joseph uma vez me disse que cada ser humano tem sua própria ampulheta e nossas decisões são as mãos que a balançam, penso que devem ter cortado a mão que balança a minha. O avião finalmente pousa revelando montanhas que pareciam abraçar o pequeno aeroporto. Um senhor sorri com uma placa escrita meu nome, aceno com a mão esquerda, puxando a mala de forma desengonçada com a direita... sou canhota, mas, tenho me obrigado a se tornar destra por hobby, mamãe diz que existem duas opções para estas minhas repentinas mudanças de interesses. 1. QUERO ME TORNAR 100% EM TUDO 2. NÃO FAÇO IDEIA DO QUE FAZER DA VIDA Adivinhe qual destas duas opções eu acredito me encaixar mais? Se você respondeu a número 1, você não leu direito o prólogo desta história. — Buenos días, Chica! — Fala com seu sotaque português, que me faz sentir cheiro de pão assado na hora. O olho um tanto indignada por saber que meu nome de batismo com toda certeza não é este, mas se na placa de madeira está certo não devo temer mal algum, para mim o que se está escrito é LEI. — Buenos días, sênior Gennaro. — Digo olhando ao lado de seu terno uma inscrição com o nome do mesmo. — É... Hum, tu...Que...Mi...Levarias... Sorry. — Falo tentando me lembrar das palavras que Joseph havia me feito decorar antes de chegar aqui. — Señorita está en problemas? — Me questiona. Se acalme garota, português de portugal é como português brasileiro só que enrola a língua um pouco mais e se parece com estar dançando tango a todo momento. — Caso ache melhor, podemos falar em português do Brasil. Diz e sorrio o agradecendo, enquanto o anjinho mal se encontra dentro de mim querendo agredir aquele senhor gentil. *⚡Back* Ao chegar da aula de música sigo até a cozinha, deixando a bolsa sobre a mesa e bebendo um iogurte que parecia perdido e solitário dentro da geladeira com a seguinte frase "Não beba, é do papai" — Filha, já chegou? Venha até a sala por favor. — Mamãe fala e sigo assim como foi pedido, me deparando com a mesma sentada ao lado de Joseph sobre um sofá cinza escondido por cobertores coloridos e encostado na parede laranja que insistem em decorar com fotos de família. — Ok... o que está acontecendo aqui? — Pergunto sem entender, pondo as mãos dentro dos enormes bolsos do meu jeans surrado. — Flor de loto necesitamos hablar de lo queha estado pasando contigo. — Joseph fala em espanhol e minhas sobrancelhas arqueiam formando um sinal de questionamento. Ele tem sérios problemas de nervosismo, não queira vê-lo discutindo com mamãe, acredito que ela sempre fica em silêncio por não entender o que o mesmo diz. — O que Joseph quer dizer, é que... bom querida temos percebido que anda um pouco só. Desde quando terminou com o rapaz com braços largos, parece não viver mais. — Não acredito nisso, vocês realmente estão fazendo uma intervenção com minha pessoa?! — Grito para que meu cérebro seja capaz de ouvir e acreditar. — Flor de loto, tenho alguns avós em Portugal, não seria bom conhecer novos ares? Outras pessoas e costumes distintos? — Joseph e mamãe, eu estou bem. Vocês não viram que até fui para a aula de música hoje? — Indago sem entender porque estão fazendo isso, sou uma pessoa que participa da sociedade. — Querida, o professor de música disse que você está querendo tocar um pandeiro quando as aulas são para instrumentos de cordas. — Qual o Problema dessa sociedade? Devemos seguir seus padrões até mesmo na música? Onde devíamos ser livres e expressarmos nossa arte? — milito me apoiando com um pé e levantando a mão, como se fosse Don Pedro dizendo as frases da Proclamação da República "Independência ou Morte!" — Filha, você precisa ir. Só nesta semana já mudou de Hobbies sete vezes, não come mais e vive naquele banheiro usando este dedo como endoscopia na garganta. Não vamos admitir perder nossa filha. — Chica, faça o que eu e sua mãe estamos lhe dizendo. Quem sabe não arruma até um novo namorado, emprego, amigos e tantas outras coisas que jovens podem encontrar. — Não desejo namorar, emprego não é necessário quando seu sonho é vender sua arte, e... bom, eu tenho amigos. — Falo desacreditada de mim mesma. Meus pais se entreolham e parecem também não acreditar. Olhamos todos para Harry Potter, meu gato preto que se limpa com a língua. — O Harry não vale! — Joseph e mamãe dizem em uníssono. Odeio intervenções, sempre dão errado como aconteceu em "Se beber não case", só me falta agora acordar em um hotel sem lembrar de nada... Não acredito que seja difícil acontecer. O carro passeia por aquela pequena cidadezinha com lindos monumentos e paisagens exóticas. O motorista ouve uma batida dançante e mexe a cabeça enquanto solta pequenas palavras da música — "Quando eu vi olhos de ameixa e a boca de amora silvestre. Tanto mel... nessa tua madeixa, perfil sumarento e agreste... que eras tu, o meu doce de uva. E noz sobre a mesa..." — Cantava desafinado e ouvia-se como um cantor de ópera. — Dina, Amor d' água fresca. — Diz se referindo ao nome da cantora e a música que ouvia. — Ahh... muito boa por sinal, digo, caliente. — Falo desajeitada e o mesmo sorri achando graça. — O senhor vive aqui há muito tempo? — Pergunto. O mesmo me olha pelo retrovisor e volta a sua atenção para a estrada. — Tempo o bastante para saber que não dizemos "caliente" em todos os momentos. — Brinca e Sorrimos juntos. O mesmo achando graça e eu procurando por um buraco onde enfiar meu rosto. — Aqui me parece uma cidade do interior, meus avós moram em alguma fazenda? — Questiono esperando que a resposta seja diferente do que acabo ouvindo. Não sou boa com funções rurais, como tirar leites da teta de uma vaca, espero que isto não seja um palavrão, pretendo continuar com meu livro em classificatória de idade LIVRE. — Ora Pois, é claro que é! Estamos no interior de Portugal, aqui é lugar de acordar com os galos a cantar e as vacas a mujir. — Se expressa enquanto olha ao longe, como se uma alegria indecifrável invadisse teu ser. Poderia não saber muito o que eu fazia naquele lugar, mas compreendia que nada seria tão fácil como imaginei ao sair de casa. Nos aproximamos de um enorme pasto e o motorista desce rapidamente com minhas malas às carregando para dentro de uma grande casa enquanto um casal de idosos descem pela pequena escada de barro sorridentes ao abrir os braços. — Bienvenida a mi joven, eres muy bela!! — O Senhor de sorriso amarelo esbraveja, enquanto aperta meus recentes ossos em teus braços flácidos. — Giovannaaa!! Que prazer tê-la conosco. — A senhora de cabelos grisalhos, óculos arredondado e vestido azul com listras brancas, diz enquanto beija-me na bochecha. — Gracias. - Respondo, me sentindo bilíngue. Os mesmos me puxam para dentro da casa e sou jogada no meio de uma sala com chão de madeira, sofás de couro e vitrola a cantarolar algo em espanhol. — Nossa, é tudo tão diferente aqui... peculiar. — Digo impressionada com a simplicidade e ao mesmo tempo particularidade daquele lugar. — Já pousamos nesta casa a mais de quarenta anos, criamos nossos filhos e agora nossos netos. Essa casa é parte de nós e de cada um que aqui entra. — Vovô diz com seu forte sotaque português, que faz cócegas em nossos ouvidos. — Coma, é pastelzinho de bacalhau... você é muito magrinha. Joseph disse que tinha problemas com peso, não entendo o porquê. — Joseph as vezes não diz "coisa com coisa". — Falo pegando um pastelzinho e me obrigando a comer. desde a bulimia nervosa, tem sido extremamente difícil me tornar amiga da comida novamente. — Abuella llegué!! — Ouço uma voz estridente vir da porta principal com batidas de botas logo em seguida. — Catarina saque las botas fuera de casa!! — A "Abuella" responde a garota que adentra a casa com os pés descalços e os cabelos loiros desgrenhados. — Diga Oi para tua parente. — Vovó aponta para mim, enquanto a garota lhe beija a bochecha. — Olá parente. — Fala sorrindo e também beijando minha face. — Sou Catarina, você deve ser Giiovana, com ênfase no "Gii" — Bom, acredito que sim... se não me falha a memória. — Tento uma demonstração de humor, mas não alcançada por meus novos familiares. — Catarina, por que não leva Giiovana para o seu quarto, ela deve estar precisando descansar. — Diz e acabo concordando sem perceber, eu realmente precisava de um bom descanso. A mesma concorda e faz sinal com a mão para que eu a siga subindo as escadas de madeira apoiado de um corrimão que brilhava por ter sido recentemente pintado. — Quantos anos você tem? — Indaga quando paramos em frente a uma porta desgastada e sou apresentada a um quarto rústico como todo resto da casa, porém com um ar de adolescência impregnado nas paredes por cartazes de K-POP, como BTS e outros. — Acabei de fazer vinte e três anos. Você me parece nova ainda, quantos tem? — Pergunto me sentando a cama que não havia nenhum urso ou revistas, crendo que aquele era meu novo aconchego. — E você me parece velha, que carinha de morta em. — Fala sem tapas na língua. Na minha época não falávamos desta forma com os adultos. — Tenho dezessete, mas logo farei os meus dezoito e então serei finalmente independente e dona de mim mesma. Assim como a Camila Cabello. — Fala rodopiando pelo quarto e só penso comigo mesma "Camila o que?". — Mas, me conta mais sobre você... afinal por que está aqui neste fim de mundo? É verdade que bom, tu tens problemas com a comida? — Sabe Catarina, eu realmente estou muito cansada. Será que podemos continuar este Talk Show depois? Se possível... — Falo tirando meus tênis e deitando sobre a cama forrada por cobertas feitas a mão com pedaços de retalhos multicores. — Fixe! Hasta más tarde. — Fala batendo a porta fortemente atrás de si. "Fixe"? Essa garota está me xingando ou o que? {...} Acordo no outro dia com um galo que cantava sem parar, será que pensas que sou Pedro? Abro os olhos fazendo a maior força daquela manhã, estico minhas pernas e olho para os lados, a garota desgrenhada não se encontra mais em sua cama, acredito que deve estar pastoreando ovelhas ou algo do tipo. Sigo para o banheiro que existia ali, tomo um banho em água quente que começa a queimar minhas costas. — Ahhhhhh!!! — Grito de forma aterrorizante, recebendo a visita de minha Abuella assustada. — Essa água quer arrancar minha pele e destruir minha vida!!! — Se calma la querida. Precisa avisar quando for tomar banho, eu estava a lavar as louças. Quando for banho tomar, diga "Tomar banho" então deixaremos as torneiras desligadas. — Fala calmamente e ouço seus sapatos de bico grosso descerem as escadas novamente. Saio de dentro daquela sauna, visto meu inseparável jeans, camiseta qualquer e desço logo após. Precisava de água, era uma boa alimentação para aquele lindo dia. — Bom dia, me desculpe pelos gritos logo de manhã. — Falo envergonhada ao chegar em uma linda cozinha, que parecia abraçar a todos que ali entrasse. — Imagina, não precisa se preocupar tu abuelo foi para o campo e Catarina buscar aprender na escola. Sobramos apenas nós duas e... Miguel, falando nele, poderia buscar este jarro com leite. — Diz me entregando um jarro de alumínio e apenas concordo. — Miguel cuida das vacas, é fácil saber quem é. Tem cabelos escuros, pele morena e o sorriso faz a gente querer sorrir... — Diz e acabo me lembrando do meu antigo Miguel, ele também tinha um sorriso que nos fazia sorrir. Sigo em direção a porta da frente e avisto ao longe um homem que enchia baldes e baldes com leite tirado naquela mesma hora. — Con la licencia, señor Miguel. - Digo me lembrando que havia lido como dizer "Com licença senhor". O mesmo se vira dizendo: - Sí, lo que desea? - Fala e para a minha total aflição e tormenta vejo quem era o rapaz moreno, de cabelos escuros e sorriso contagiante. Não podia ser, era improvável eu estava sonhando, um sonho de mal gosto, mas, sonhando...

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