Aos olhos de Nina
— Você me bateu?— Perguntei, ainda em choque.— Eu não acredito… você me bateu.
Lágrimas começaram a brilhar nos meus olhos, ameaçando cair.
— Está surpresa, não é? Nunca encostei a mão em você.— Os olhos da minha mãe também brilharam.— Sempre te respeitei, minha filha. Sempre respeitei suas escolhas, nunca fui esse tipo de mãe intolerante e não admito que você haja dessa forma comigo.
— Ultimamente você anda invadindo demais o meu espaço.
— Você se tornou uma pessoa muito mentirosa, muito manipuladora. Eu não tenho provas, mas aqui, no coração…— Ísis, minha mãe, levou a mão ao p*eito em um gesto teatral.— sinto que está mentindo.
— Não pode me acusar apenas por sua intuição.
— Todos esses presentes que você ganha, são mesmo da Gabi?
— De novo isso.— Fechei os olhos e respirei fundo.— Eu já disse que são.
— Ela é muito generosa, mas te dá peças tão caras de grife, brincos de ouro e prata… o seu guarda roupa inteiro foi feito por ela.
Isso é porque não viu as joias caríssimas que o pai dela me deu.
— A Gabi tem muito dinheiro, isso para ela não é nada. Simplesmente enjoa, compra novos e precisa se desfazer dos mais velhos. Não entende isso porque não é o seu mundo.
— E nem o seu! Para de agir assim, para de agir como se você fizesse parte do mundo da Gabi. Acorda para a realidade.
— Se conformou a vida inteira em ser funcionária pública, não é? Em ter essa vida mediana, em contar centavos para comprar algo melhor. Já disse que não quero isso para mim.
— Eu estudei muito para ter esse meu cargo no banco, e foi com ele que eu, junto com seu pai, comprei esse apartamento bom e paguei os seus estudos nas melhores escolhas até hoje. Paguei seu plano de saúde também, paguei as roupas que você gosta…
— Pagou metade, não é? Sempre tive que queimar minhas pestanas de tanto estudar para garantir uma bolsa de cinquenta por cento.
— É o mínimo que você faz, dona Marina. Sua única obrigação é estudar, agora que você está estagiando porque já está na idade.
— Essa conversa não vai a lugar nenhum.
— Pensa que vai continuar me enganando? Está muito enganada. Eu vou descobrir a verdade e queira Deus que não esteja fazendo nada de errado, porque não vou te perdoar.
— Eu é quem não vou te perdoar nunca por esse tapa que você me deu.— Disse, antes de subir as escadas de volta para o meu quarto.
Agora, mais do que nunca, juntaria cada centavo que ganhasse do Alex.
Cada vez mais escolheria jóias mais caras.
Garantiria o meu futuro sem confiar nele ou em ninguém.
Todas aquelas roupas e jóias que ganhei por caridade da Gabi, pouco a pouco davam lugar para jóias ainda mais caras que ganhava do Alex, e em breve, teria condições de comprar com o meu próprio dinheiro.
O outro dia era sábado e eu teria um encontro especial.
Aproveitaria a briga com a minha mãe para sair sem dar satisfações e se precisasse a Gabi seria o meu álibi.
Acordei bem cedo e organizei uma mochila, passaria o final de semana com o Alex em um hotel fazenda.
Ele me buscou na rua de trás e fomos direto ao local combinado.
Assim que cheguei fui surpreendida pela grandiosidade do lugar. A suíte que o Alex alugou era mais do que de luxo.
Os lençóis eram de seda chinesa, o lustre de cristais, os tapetes das mais finas tapeçarias…
A varanda era enorme, de frente para uma vasta área verde. Tinha uma jacuzzi com água já aquecida e uma bandeja de mesa lateral servida com queijos e vinho branco.
O banheiro então, digno de uma rainha.
Uma banheira enorme, recheada de produtos.
— Vamos inaugurar cada um desses lugares, te prometo.— Ele sussurrou no meu ouvido, logo atrás de mim.
— E qual será a nossa fantasia de hoje?— Perguntei, virando de frente para ele.
— O que acha de ser uma odalisca por uma noite?— Ele passou os dedos por algumas mechas dos meus cabelos escuros.
— Sempre achei as odaliscas lindas. Aquelas roupas de dança do ventre, as jóias…
— Ao lado da cama tem um baú com todo o figurino pronto para você.
Mordi os lábios, empolgada.
Fui até o lugar indicado e abri o baú sem suspense.
Tinha mesmo uma linda fantasia de odalisca, sendo que o mais importante eram as caixinhas de uma joalheria famosa que estavam logo no fundo.
— Eu não acredito…
— Já percebi que gosta muito de jóias, e eu gosto de te ver vestida só com elas.
A voz do Alex foi ficando distante quando eu abri a primeira caixa.
Brincos ear cuff de ouro amarelo 18k, revestidos de diamantes e com uma grande esmeralda central cada um.
A segunda caixa, uma gargantilha de ouro amarelo revestida de diamantes e pedras de esmeralda esculpidas em formato de folhas.
A terceira caixa era maior, dois braceletes grossos de ouro amarelo, um revestido de esmeraldas, outro com a pedra central e alguns diamantes em volta.
Ainda tinha mais duas caixas, uma com uma tornozeleira composta pelos mesmos materiais das joias anteriores, e uma menor com um solitário feito de mesmo material.
— Alex… Eu nunca vou conseguir te agradecer por isso.
— Vai sim. Troca de roupa, coloca as jóias e dança para mim. Dança, até ficar apenas com os diamantes e as esmeraldas.
O Alex me dava o que eu queria, e eu também dava a ele o que queria.
Não sabia do que gostava mais, se era dos presentes ou do próprio Alex, meus sentimentos estavam confusos demais.
Decidi não pensar sobre isso naquele momento. Coloquei a roupa de odalisca, as jóias e fui dançar.
Não conhecia muito bem a dança do ventre, fiz movimentos restritos.
Ele estava deitado sobre a cama, e eu subi, me mantendo de pé e colocando cada perna ao lado do corpo dele.
Rebolei devagar e fiz alguns movimentos sutis com as mãos e com o quadril. Os enfeites da roupa balançavam, chamando a atenção do Alex para a minha barriga magra.
Ele levou a mão na direção dos penduricalhos e eu a encostei na minha barriga.
— Vontade de beijar você inteira de novo. Será que eu posso?
Fiquei de joelhos para permanecermos na mesma altura.
— Pode fazer o que quiser. Eu sou sua, esqueceu?
Ele levantou o tronco, ficando cara a cara comigo. Levou uma das mãos para o meu pescoço e apertou devagar.
— Então repete.
— Eu sou sua.
Ele me puxou para um beijo intenso. Pressionei o meu corpo no dele, contorcendo-me ao sentir o calor e as curvas deles sobre as minhas.
Alex desceu as mãos para a minha cintura e depois para as minhas costas.
Beijou meu pescoço, meus ombros e foi até minhas clavículas.
Mordeu e beijou minhas clavículas.
O ajudei a soltar o “ top” que compunha o figurino, revelando os meus s*eios médios.
Alex chupou cada um deles, brincando com a língua pelos meus m*amilos.
— Abre as pernas para mim.— Ele murmurou, com a cabeça enfiada nos meus p*eitos.
Afastei os joelhos e cedo espaço para a mão dele.
Antes, ele enfiou dois dos seus dedos na minha boca, me fazendo chupá-los.
— Isso, molha direitinho, lembra que eles vão entrar lá na sua b*uceta.
Sorri diante do comentário m*****o.
— Então coloca. Quero sentir você dentro de mim, agora.— Provoquei.
Alex introduziu o dedo do meio em mim, fazendo movimentos suaves. Ele me massageou intimamente, provocando o meu p*****g.
Joguei o meu corpo para trás, me deitando na cama. Fechei os olhos e acariciei os meus próprios s*eios, apenas me preocupei em sentir os dedos habilidosos do Alex.
O dia estava apenas começando e as nossas brincadeiras também.