Aos olhos de Nina
O Alex sabia exatamente como levar uma mulher a loucura. Não me refiro apenas a forma com a que ele trabalha com a língua - maravilhosa, por sinal-, também tem todos aqueles presentes que eu jamais teria condições de comprar.
Eu estava deitada de barriga para baixo na cama, ele subia com a boca deixando beijos pelas panturrilhas, coxas, pelas curvas da minha b*unda, até chegar nas costas.
Passava as mãos por minha pele macia como se apreciasse a textura delas, da mesma forma que eu passava a mão pela gargantilha de diamantes que adornava o meu pescoço.
Ele se deitou sobre mim, sem jogar totalmente o seu peso.
— Você tá feliz?
— Aqui com você, como poderia ser diferente?— Virei o corpo na direção dele, mantendo-o em cima.
Ele passou os dedos por meu rosto e desceu para o meio dos meus s*eios, passeando em movimentos circulares.
— Eu não sei a chave que virou desde aquele dia na casa de campo, mas eu não paro de pensar em você.
— É justo. Há muitos anos você não sai da minha mente.
Ele suspirou enquanto analisava o meu rosto, seus dedos pareciam desenhar os traços do meu queixo.
— Sabe que todo meio de ano eu viajo para a Europa com a Nina, não sabe? Tenho alguns negócios por lá e sempre aproveito para resolver minhas coisas e aproveitar um pouco.
— É o meu sonho, sabia? Conhecer Veneza, Paris, Genebra…
— Quem sabe eu não consigo realizar o seu sonho?
— Jura?— Meus olhos brilharam.
— Aguarde. Eu te disse que vou realizar os seus sonhos, não disse?
Eu o puxei para um abraço, empolgada.
Pouco a pouco conseguiria tudo o que eu sempre sonhei. De algo me servia ser tão bonita e tão esperta.
Claro, também sei como agradar um homem, ainda mais um homem como o Alex.
Pouco tempo após a nossa conversa, eu já estava sobre ele.
Montei nele, fazendo com que me penetrasse. Subia e descia o corpo, Alex intensificava as estocadas ao mover o quadril. Alternei o ritmo, algumas vezes indo para frente e para trás.
Joguei a cabeça para trás enquanto sentia o m****o dele me rasgar fundo. Meus s*eios pulavam na sua direção e ele não se conteve em chupá-los e lambê-los desde as curvas até o pequeno botão dos m*amilos.
Eu o levaria ao orgasmo outra vez, enquanto pensava na viagem que estava prestes a fazer.
Cheguei em casa depois do habitual, aceitei o convite do Alex para jantar fora e acabei perdendo totalmente a noção do tempo.
Minha mãe andava de um lado para o outro na sala, quando eu abri a porta.
— Onde você estava?— Ela perguntou, irritada.
— Eu saí com a Gabi e umas outras estagiárias, fomos jantar fora.
— E por que não avisou nada? Ficou maluca? Você não mora sozinha não, dona Marina.
— Perdão, mãe. Eu prometo que não faço de novo.
— Ah, mas não vai fazer mesmo.— Ela pressionou as têmporas enquanto tentava se acalmar.— Eu sei que você não é mais uma criança, já é maior de idade, começou a trabalhar… mas ainda mora comigo. Eu posso te colocar de castigo.
— Não será necessário, eu prometo.
Minha mãe estava prestes a falar alguma coisa, quando reparou na minha orelha.
— Você não estava usando esse brinco de fio de manhã. Nina, quem te deu essa jóia de presente? Não estou gostando nada disso.
— É um brinco de prata com zircônias, foi a Gabi quem me deu.— Menti.
— Eu acho muito estranho a Gabi te dar coisas o tempo inteiro.
— A Gabi é milionária, isso para ela não faz nem cócegas. Mas se você dúvida, pode perguntar a ela.
— Não. A Gabi é muito leal a você, sei que te protegeria. Mas tudo bem, prefiro acreditar em você.
— Esse tipo de desconfiança chega a ser ofensivo.— Subi as escadas que dariam acesso a parte superior da casa, pisando duro.
Me tranquei no quarto, precisava guardar os novos presentes.
Tirei os brincos da orelha e os guardei na caixinha de jóias. Haviam outras peças lá, muitas de ouro 18k, algumas de prata 950.
A Gabi era mesmo muito generosa, e todos aqueles brincos foram presentes dela. Claro, nenhum se comparava ao valor exorbitante daquele conjunto que o Alex me deu.
Eu estava usando um apartamento de luxo nas orelhas e no pescoço.
Abri a bolsa para pegar a gargantilha na caixa. Se eu tivesse voltado para casa com uma sacola, minha mãe faria vários questionamentos.
O body maravilhoso eu ainda usava por dentro. Era como continuar sentindo o Alex tocar na minha pele.
— Uma viagem para a Europa…— Suspirei, empolgada.— Se eu conseguir ir com a família da Gabi na próxima viagem, estarei feita. Só quero ver como o Alex pretende fazer.
M*al terminei de falar e o meu celular tocou, era a Gabi.
Tomei um susto, claro.
Após a noite picante que tive com o pai dela, era no mínimo que ficasse desconfortável. Mas não podia deixar de atender a minha melhor amiga.
“— Amiga, você não vai acreditar!”— Ela disse empolgada, do outro lado da linha.
— O que houve? Deve ter acontecido algo muito bom a julgar por sua animação.
“— O meu pai quer fazer uma parte dois do meu aniversário na Europa, junto com a minha família…”
— Ah, que legal.— Forcei empolgação.— Você merece, amiga.
A verdade é que eu ficaria muito frustrada se ele não desse um jeito de me levar.
“— A melhor parte vem agora. O meu pai disse que eu posso levar você comigo.”
Nessa hora eu devo ter perdido a cor.
A alegria era tanta que eu não sabia como expressar.
— Eu não tô acreditando, Gabi. Amiga, você sabe que esse é o meu maior sonho.— Meus olhos se encheram de lágrimas.
“ — Não sabe como estou feliz em poder te ajudar a realizar esse sonho”.
— Você é a melhor amiga que poderia existir. Olha, eu tenho passaporte, só preciso falar com a minha mãe.
“ — Conversa com a sua mãe e amanhã mesmo já vemos sua passagem”.
— Eu m*al vou conseguir dormir.
Nos despedimos, e eu logo desliguei.
O primeiro que fiz foi ir até a sala, estava tão radiante que nada poderia me abalar.
Nada, a não ser uma reação negativa da minha mãe.
— Eu não acho certo o pai da Gabi pagar sua passagem.
— É um presente de aniversário para a Gabi. Ele sabe como somos amigas, quase irmãs…
— Eu sei da amizade de vocês, assim como sei que esse dinheiro não é nada para ele. Mas ainda assim, filha, estamos falando de muito dinheiro. Olha, eu não queria te dizer, mas estou juntando um dinheiro para conhecermos a Itália.
— Sim, daqui a dez anos, não é?— A cortei, impaciente.— Eu tenho a oportunidade de ir agora, daqui a poucos meses.
— Eu ganho bem. Sei que em no máximo cinco anos…
— Eu não vou perder essa chance!
— Você não vai fazer uma viagem cara dessas ás custas do pai da sua amiga!
— Eu já sou maior de idade e já trabalho. Você não vai me impedir de realizar o sonho da minha vida. Se me atrapalhar, juro que vou embora de casa.
— Está me chantageando?
— Estou te avisando. Eu vou viajar com a família da Gabi e você não vai me impedir.
— Está me enfrentando?
— Estou, mãe. Estou te enfrentando porque estou determinada.
— Você tem coragem de desrespeitar a sua própria mãe?
— Tenho coragem de qualquer coisa para conseguir o que eu quero. É melhor aceitar, porque minhas passagens já estão compradas.— disse, antes de me voltar para as escadas e subir até o meu quarto.