CAPÍTULO CINCO

2052 Palavras
Aquilo nunca havia acontecido à Lila antes, ela se sentia entorpecida, sabia que estavam no estacionamento da melhor amiga, que haviam centenas de moradores que poderiam estar chegando, talvez até tivesse algum dentro de algum carro ali, mas era mais forte que ela, não conseguia pôr fim àquilo. Precisava de Kemar dentro dela, estava quente e úmida, sentia-se pulsar. Suas mãos também não paravam, enquanto o beijava com paixão, suas mãos passeavam pelo corpo escultural dele, seus cabelos, ela os puxava, os dedos entremeados pelos cachos. Passava as mãos por suas costas largas, desceu as mãos e conferiu a ereção dele com um suspiro de surpresa ao notar que, mesmo o uniforme sendo de tecido grosso, dava para perceber como ele era avantajado, mesmo através da roupa, ela sentia seu p*u latejar e pulsar. Kemar gemeu alto dentro da boca dela, quando ela apertou seu pau Em um segundo ela estava virada de costas para ele, ele era rápido. Colocou-a com as mãos sobre o teto do carro – ainda com as portas abertas – , e com uma rapidez que ela não sabia existir, libertou-se da calça, Lila ouviu o zíper de sua calça sendo descido e em um milésimo de segundo, a calça dele estava a seus pés e ele a segurou pela cintura, de forma que arrebitou mais a b***a e, pelos deuses, ele estava milagrosamente dentro dela. A primeira estocada, fez com que ela segurasse um grito. Foi preenchida de forma deliciosa e completa e, sim, ele era bem dotado. Kemar enfiou o rosto no pescoço dela para abafar os gemidos, ainda segurando-a pela cintura, passou a enfiar e tirar devagar e cada polegada que saía e entrava, deixava os dois com vontade de gritar a plenos pulmões. Não existia mais estacionamento, moradores, nada. Só existiam os os dois no universo, e o desejo que precisava ser saciado. — Você é quente e apertada. Que b****a deliciosa. c*****o! Ele falava baixo no ouvido dela, a voz gutural. E foi quando ele passou a dar estocadas mais fundas, segurar mais forte sua cintura e puxá-la de encontro a ele, Lila passou a rebolar no ritmo, quando estavam em uma coreografia cadenciada, que ele a mordeu no pescoço e ela não aguentou mais. Kemar percebeu que ela estava para atingir o clímax, prevendo que ela gritaria, ele tapou sua boca. O g**o a fez estremecer e deixou-a de pernas bambas. Kemar a seguiu segundos depois, com os dentes cravados em seu pescoço, ele estremeceu, explodindo dentro dela com um g**o quente. O grito abafado no pescoço dela, que sentia ondas de arrepios a lhe percorrer o corpo todo. Lila pegou seu baby doll no chão, mesmo achando que suas pernas não a obedeceriam e se enfiou no banco de trás do carro de gatinhas. Kemar a seguiu, entrou no carro e fechou a porta. — Minha nossa – foi só o que ele falou, após uns dois minutos. A respiração voltando ao ritmo normal. Lila estava sentada com os joelhos dobrados de encontro ao peito, no banco. Kemar havia vestido a calça, mas não subiu o zíper. Ficaram ali os dois calados por uns minutos, uma moça de baby doll e um Socorrista de farda, sentados no carro de Sandal, em um estacionamento deserto tarde da noite. — Você deve estar atrasado para seu trabalho, não? – Ela quebrou o silêncio. — Na verdade, estou adiantado. Ainda mais que vou de moto, é bem mais rápido. — Por que sai tão mais cedo? – Falavam, mas sem se olharem. — Não tirei você da minha cabeça um minuto, precisava vê-la novamente. Agora Lila o olhava. — Oi? — Esqueci os biscoitos de propósito no carro, era a única forma que pensei de revê-la. Estava temeroso de que Sandal ou Greg fosse ao meu apartamento levar e estou felicíssimo de que não tenham ido. Lila o encarava de boca aberta. — Sério? Você não é tão esquecido assim, então. — Não quando é algo muito interessante, sou totalmente focado. Lila não soube o que dizer, optou por falar a verdade. — Bem, na verdade fiz questão de deixar a sacola aqui para que eles não quisessem entregá-la a você. Estava pensando em uma forma de vê-lo e ia arrumar um jeito. Kemar se aproximou e, com as duas mãos, segurou o rosto da jovem e ficou a olhá-la de perto. — Você é apaixonante, Lila Mintas. – Ele a beijou de forma diferente dessa vez. Não havia a luxúria desenfreada do desejo de antes, apenas um terno beijo e Lila se sentiu derreter em suas mãos, se entregando ao beijo com a mesma ternura. O cheiro delicioso dele, a barba recém aparada a lhe passar na pele, tudo era surreal. Quando ele interrompeu o beijo, olharam-se nos olhos, pupilas dilatadas, os olhos dele cor de mel, os dela, tão negros, que quase não se via as íris. — Preciso subir – ela interrompeu a magia. — Sim, mas me passe seu número antes, por favor. Não precisarei pegar com Sandal ou Greg. Ele retirou o celular de um bolso que tinha em sua farda na parte de cima e anotou o número dela, só depois abriu a porta e saiu. Deu uns passos, voltou e depositou mais um beijo nos lábios dela, pegou o capacete que ficara esquecido ao lado do carro e se foi. Lila ficou mais alguns minutos no carro, viu quando ele chegou a sua moto, cerca de quinze metros a frente, colocou o capacete e ligou a, também imensa moto Ducati. Ao passar perto dela acelerando, o barulho explodindo dentro do estacionamento silencioso, Lila se sentiu novamente excitada. Kemar fixava os olhos nos dela quando passou; o portão automático do condomínio sendo aberto, ele passou e só quando o portão terminou de fechar, foi que Lila saiu do estupor e resolveu sair do carro. A realidade por fim se instalou. Com a sacola contendo os biscoitos dele, ela se encaminhou para o elevador. Chegou ao andar rapidamente e entrou no apartamento. Não acendeu a luz da sala, resolveu ir para seu quarto e pensar no que tinha acontecido. Parecia ainda que nada tinha acontecido, de fato. Não fossem os sentimentos das mãos dele por seu corpo ainda, ela poderia achar que fora fruto de sua imaginação. Também o cheiro dele estava impregnado em cada poro de seu corpo. — Onde estava, e o que estava fazendo? Lila quase caiu de susto quando entrou em seu quarto e viu Sandal deitada em sua cama no escuro. — Meu Deus, Sand, quer me matar? — Estou há um tempão aqui esperando e você ainda volta com os malditos biscoitos? Não tinha ido pegar para ele os biscoitos? — Foi, mas… —- Mas? Estava metendo, não estava, sua safada? Sandal estava agora sentada, segurava um travesseiro e novamente parecia a garota que dividiu um quarto com Lila na faculdade, esperando a novidade do garoto que a amiga tinha saído. O sorriso arreganhado, dentes à mostra, ela batia na cama para a amiga se sentar e quando Lila o fez, ela chiou: — Ah não, você está cheirando a sexo. Vá tomar um banho antes. Lila sorriu e foi para o banheiro com a amiga em seu encalço. Jogando o baby doll no cesto, ela abriu a ducha e entrou na água quase escaldante. — Ai, Sand, por onde começo? – Suspirou Lila, a água caindo em seus cabelos e corpo, olhos fechados, mãos apoiadas na parede e um sorriso brincando nos lábios. — Pode começar dizendo o tamanho do p*u dele, o que acha? – Sandal estava sentada na tampa do vaso fechado e empolgada com o assunto. – Ele deve ser uma delícia, tenho certeza, coube todo dentro da sua boca? — Credo, Sand, calma. Nem o chupei. — E o que ficaram fazendo esse tempo todo?! – Sandal estava irritada. – Ficaram se beijando? Ah, me poupe, Li. — Ele é bem dotado. Ele cheira que é uma delícia, meu Deus, que homem. — Mas não transaram? — Sim! Amiga, você não tem noção da pegada dele e agora estou falando sério, foi a melhor transa de toda a minha vida! Sandal estava em polvorosa, acelerada para saber os detalhes. — Mas como assim não o chupou? Ele te chupou, né? Porque sexo sem oral, para mim não existe. — Não tivemos muito tempo, na verdade. Foi tudo muito rápido, sabe. — Você saiu de pijamas? — Não chegamos a sair – Lila estava envergonhada de contar que transaram no carro da amiga. — Minha nossa, vocês transaram no elevador? No estacionamento? No meu carro?! Ela nem esperava a amiga responder e a bombardeava de perguntas. Quando Lila contou como foi, com detalhes, ela ficou ultrajada. — Misericórdia, vocês sabem que há câmeras espalhadas por todo o condomínio, não sabem? Terei que falar com Jona, antes que ele nos mande uma multa e pedir que apague as imagens, isso está tranquilo, mas você vai mandar lavar meu carro assim que o dia amanhecer, sua pervertida. Agora me dê mais detalhes para que minha raiva de ter usado meu carro se abrande um pouco. — Ele me pegou de quatro. — Jesus! Não estou mais brava, conte mais, por favor. Lila saía do box do banheiro e se enxugava, enquanto contava à amiga cada detalhe de sua experiência inusitada. Ao fechar a porta de seu quarto enrolada na toalha, com Sandal ainda ao seu lado, ela vestiu agora um pijama de calça e blusa flanelado e deitou-se debaixo do fino lençol. — O que foi? – Questionou a amiga, ao ver o semblante de repente da amiga ficar soturno e ela morder a unha. — Pareci uma v***a, não é? — Por que pensa assim? – Sandal puxou o lençol e deitou ao lado de Lila. — Conheci Kemar hoje. O vi apenas uma vez e horas depois estou engalfinhada com ele dentro de um elevador, semi nua, parecendo uma devassa. Transamos no estacionamento, Sand! Parecíamos dois animais selvagens, ele me pegou de quatro, de pé, ai meu Deus. Lila colocou as mãos no rosto, angustiada. — Ei, pare com isso agora! – Sandal puxou as mãos dela rosto. – Olhe para mim, Li. Primeiro, me deu um t***o da p***a o que você acabou de falar, segundo, que m*l tem? São dois adultos que tiveram uma química, que m*l há nisso? Por acaso ele te forçou? — Não! – Respondeu Lila, em voz alta. — Você o forçou? — Não. — Então, foi uma transa, garota, entre duas pessoas adultas e não prejudicou ninguém. Pode ser que o síndico reclame, ou algum morador, vamos torcer para que isso não aconteça. Mas, sério mesmo, Li, você não está com ataque de moralidade nem de machismo não, né? Porque a gente ouve homens se gabarem de terem traçado uma garota assim e assado, mas quando é o contrário é imoral, você sabe disso. — Sei lá, depois de passado, pensei, poxa vida, o que foi aquilo? Nunca havia me acontecido, e, antes de você me lembrar de minhas aventuras no colégio, já adianto que sempre, mesmo bêbada, tinha todo um diálogo antes, saber se a pessoa tem namorado e tals, antes de estar com a calça arriada, hoje não foi assim, entende? — Chega, você está me deixando excitada com essa história toda e Greg já está dormindo – as duas riram. – Mas será que ele tem alguém, uma namorada? — Nem pensei nisso na hora, que horror, só havia a boca dele, o cheiro, aquela farda. — Não te falei? Homens de farda são uma tentação. E terá que passar uma base nesse pescoço amanhã, por favor, ou Greg verá esse roxo aí no café da manhã. E sua b***a está com uma marca de dedos, a propósito, que mãos grandes ele tem, hein? Lila corou ao se lembrar de quando ele a mordeu e do tapa ardido que dera em sua b***a. O celular na mesa de cabeceira apitou, avisando que tinha chegado uma mensagem. Sandal que estava mais perto, alcançou-o e passou para a amiga, não sem antes ver no visor quem era. — Vou deixá-los conversar e acordar Greg, boa noite – Sandal saiu, fechando a porta e dando uma piscada para a amiga.
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