Júlia havia percebido a própria ansiedade devido ao som alto que ecoava do salto de seu sapato ao encontrar o chão de madeira. Ela estava em um anexo da sala de descanso que praticamente ninguém sabia da existência, além das pessoas de sua casa. Voltou para casa pelo mesmo caminho em que veio, pelos fundos do jardim, não estava com ânimo para topar com ninguém. Estava aflita por notícias da Soraia. Quando Soraia finalmente cruzou a porta, Júlia levantou-se da poltrona com um pulo. — Por que demorou tanto? — Perguntou a jovem, impaciente. — Consegui negociar com o Francisco. — disse Soraia, iluminada de alegria. — Enquanto ele estiver no comando, ninguém vai tentar te machucar. — O que você ofereceu em troca? — Júlia estreitou os olhos. Soraia deu um sorrisinho sem graça, mas não con

