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Casamento por contrato: O testamento

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Após um testamento deixado por seu falecido pai, Luisa é obrigada a se casar com Daniel pelo prazo de um ano. O problema é que os dois não se suportam desde crianças, mas com a convivência, um passa a perceber que é possível odiar e desejar a mesma pessoa. Depois de umas taças de vinho, o casal se permite entregar a forte atração que estão sentindo e depois dessa noite, eles descobrem que não se detestam tanto quanto imaginavam. A relação entre Luisa e Daniel pode voltar a estaca zero quando ela descobre que por trás daquele testamento macabro de seu pai existe um grande mistério. A partir daí, ela começa a questionar se Daniel realmente se apaixonou por ela, ou se esteve de olho na sua fortuna durante todo esse tempo.

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Os mistérios do testamento
Quando as portas do elevador se fecharam, um sorriso malicioso formou-se nos lindos lábios rosados de Luísa. Ao lado dela estava Daniel, seu então marido. Eles estavam devidamente vestidos como executivos. O homem usava terno e jaqueta, a mulher, uma saia de couro p.reta que media nos joelhos, uma camisa branca e social feminina, saltos também p.retos e levava em um de seus braços sua maleta. — Ao menos para algo o nosso casamento valeu a pena , e não estou me referindo ao seu sorriso bonito. — disse o homem. Luísa o lançou um olhar enviesado, antes de chasquear os lábios. — O maldito testamento do papai. Eu ainda não entendo o porquê de ele fazer tanta questão que eu me casasse, ainda mais com você.— ela bufou com impaciência. — Obviamente, você não arriscaria perder toda essa fortuna, embora eu não seja de se jogar fora. Luísa riu com desprezo. — Sorte que só estamos presos um ao outro por um ano, pilantra. Depois disso, te dou um bom dinheiro para que recomeces a tua vida bem longe de mim.— Luísa piscou para o homem. As portas do elevador abriram e os dois saíram. Enquanto caminhavam para o estacionamento do empresarial que agora era oficialmente de Luisa, Daniel acelerou os passos e se colocou na frente dela. Eles estavam a poucos passos do veículo, qualquer movimento abrupto e Luísa teria acesso ao seu carro. — Admita, você precisa de mim. Você pode ser muito boa com números, mas eu sou a parte criativa da empresa.— Os olhos azuis de Daniel brilhavam enquanto ele falava. Mais uma vez, Luísa riu sarcasticamente. — Oh, Daniel, por favor. O meu pai só te aturava porque tu eras o afilhado dele. Tudo bem, admito, você é muito criativo e concordo que é inteligente… — Não acredito que recebi um elogio da minha esposa! Acho que ganhei o dia. — disse o rapaz com ironia. — A verdade é que você é irresponsável. Você não tem hora para chegar ou sair e quer faltar o trabalho quando quiser. Eu não vou admitir esse tipo de comportamento na minha empresa. Levo o negócio da família muito a sério, então tente manter-se na linha enquanto estiver aqui. Daqui a um ano, quando você for para longe, o que fizer com a sua vida será seu problema. — Engraçado, desde que você era uma garotinha mostrava antipatia por mim. Sempre pensei que era porque você não podia lidar com sua atração reprimida.— Daniel inclinou a coluna para a frente, o suficiente para que seu rosto estivesse perto do rosto de Luísa. Ela posicionou uma de suas mãos no peito do rapaz e o empurrou para trás, fazendo com que as costas dele batessem na porta do carro. — Eu estou falando sério, porcaria. Ou você se comporta, ou eu te demito. Eu não vou deixar você fazer uma bagunça na minha revista, eu pretendo superar meu pai no sucesso do Bom dia, América. Você sabe que meu principal objetivo é expandir minha revista para um canal na internet. — Eu poderia te ajudar se você não fizesse questão de me afastar quando nos divorciarmos. Luísa respirou fundo. — Bem, quem sabe, Daniel. Se daqui a um ano, quando nos divorciarmos, você mostrar que criou mais responsabilidade, te deixo ficar na revista e no canal. — Luísa desenhou um sorriso forçado, antes de empurrar Daniel de lado e assumir o volante. O homem entrou no veículo pela outra porta da frente. — Você não é tão perfeita como gosta de aparentar. Não se esqueça que eu conheço você desde que usava fraldas. Se meu padrinho colocou no testamento que a condição de você herdar toda a fortuna era se você tivesse um marido, foi porque sua vida irresponsável não o agradava. — Vida irresponsável? — Luísa franziu a testa, antes de ligar o carro. — Mudar de namorado toda semana, se envolver com homens casados… — Isso é um absurdo, eu não mudo tanto assim de namorado. Eu comecei a namorar quando tinha 15 anos, agora tenho 25. — E nesses dez anos, quantos namorados você teve?— Daniel levantou uma das sobrancelhas. Obviamente ele estava tentando provocá-la com aquela pergunta. Luísa não podia negar que tinha muitos namorados e até dificuldades em manter a fidelidade nos seus relacionamentos. — Alguns.— ela fez um breve suspense, antes de contar mentalmente.— Cinco." — Cinco mil?—Provocou Daniel. A moça o lançou um olhar fulminante. — Tudo bem, sete. — Eu parei de contar no quinquagésimo e olha que você ainda não tinha dezoito anos. — Trinta e cinco. — Como?— Daniel novamente levantou a sobrancelha. — Trinta e cinco namorados. O último foi o muçulmano, eu terminei o namoro com ele porque ele queria me obrigar a fazer o jejum de Ramadã. — Eu lembro dele, tinha até um nome estranho. Você terminou o namoro poucos anos antes do meu padrinho falecer. — Eu até me espantei do meu pai não ter deixado nada para você. Ele te amava como um filho.— disse Luísa, de repente ficando séria e pensativa. Se ela não estivesse tão perdida em pensamentos, teria percebido o semblante de Daniel mudar com velocidade. Ele parecia tenso, exatamente como quem esconde algum segredo. — Você não leu o contrato de casamento que assinamos?— Perguntou Daniel. O contrato de casamento havia sido elaborado pelo advogado de confiança de Augusto Bolena, o pai de Luísa, com o mesmo ainda vivo. Cada pauta do contrato foi exigida por Augusto e o documento beneficiava ambas as partes. Daniel estava por dentro do ocorrido, mas Luísa, não. Ele havia lido cada linha. Mas Luísa, não. Ele sabia que era dono de uma pequena parte do empresarial e que tinha direito a uma boa parte do dinheiro. Luísa, que não fazia ideia de nada, achava que o advogado tinha elaborado o contrato de casamento de acordo com as exigências dela. Ela precisava de um marido e a pessoa mais próxima era Daniel, foi o próprio advogado da família que sugeriu. Ele soube usar os argumentos de forma que coincidisse perfeitamente com tudo o que Augusto havia planejado. Luísa, assim como Daniel, nunca entenderam os planos do Augusto. Luísa ficaria furiosa quando soubesse de toda a verdade. — Eu li algumas partes, mas confio no doutor Garcia, ele é o melhor amigo de infância do meu pai. Eu sei que ele fez exatamente como eu pedi. Nosso casamento durará um ano, eu te darei uma boa quantia em dinheiro e tudo certo. — Não sei como uma mulher de negócios faz isso. Não se deve assinar nada sem ler. — Era só o que me faltava. Receber uma lição de moral justamente de você.— Luísa revirou os olhos enquanto começava a dirigir.— Você herdou o mesmo dom do seu pai para gastar dinheiro. Por sorte, da herança da família de vocês, ainda sobraram os apartamentos, ou você estaria na rua da amargura. — Pelo menos eu não troco de namorada como quem troca de roupa. — Você nunca namorou. Vive com uma e outra mulher. E pode parar com essa história de dizer que eu me envolvi com homem casado. Eu não fazia ideia de que o Roberto tinha mulher, além do mais ele estava se divorciando. — Isso é o que todo homem fala para levar uma mulher para a cama. Luísa freou o carro abruptamente quando o sinal ficou vermelho. O solavanco lançaria Daniel para frente se ele não estivesse usando cinto de segurança. — É melhor que tenha mais cuidado com as suas palavras, Daniel. Da próxima vez, você pode machucar o seu bonito nariz. —Você é muito enfática nas suas palavras. — Ah, você não imagina o quanto.— Luísa solta uma piscadela para ele, antes de voltar a se concentrar no volante.— Na guerra ou no amor, uma mulher é bem mais impiedosa do que um homem. — É mesmo? Como você é no amor, Luísa?— Daniel não perdeu a chance de provocar. Sem olhar para o homem, a moça deu partida no veículo quando o sinal ficou verde. — É melhor não querer travar uma guerra comigo, Daniel. ... — Para de insistir, Luisa, eu não vou fazer isso.— disse Daniel, parado de frente para a porta do banheiro que ficava no quarto que ele ocupava na mansão. Embora cada um tivesse o seu quarto, vez ou outra Luísa invadia o quarto dele quando queria testar a sua paciência. — Ah, vamos. Vai me dizer que você não tem curiosidade em saber quem é esse sócio minoritário que o papai arranjou para a revista. — Não sei o porquê de está se preocupando tanto. Você é dona da maior parte das ações, a última palavra é a sua.— Daniel pigarreou, olhando em direção a porta que dava para a saída. Embora não fizesse o perfil de rapaz tímido, era muito desconcertante estar apenas de toalha na frente de Luísa, que era praticamente uma irmã para ele. — Eu não quero esperar um ano para descobrir quem é esse homem. Olha, eu só queria entender o porquê do meu pai fazer essa palhaçada toda. Me impor um casamento com você para ter direito a minha herança, me arrumar um sócio.— Os olhos escuros de Luísa ficaram distantes enquanto ela pensava. Daniel teve uma rápida visão dinâmica dela. Luísa era especialmente linda e ficava ainda mais linda enquanto parecia maquinar algo. Ela mordia a boca carnuda e bem desenhada e torcia o nariz arrebitado de um jeito engraçado. Alguns fios castanhos dos cabelos curtos tocavam na boca dela. Daniel precisou controlar a vontade de afastá-los apenas para tocar nos lábios femininos. O rapaz apertou os olhos algumas vezes ao perceber que a olhava fixamente. Só podia estar louco, desde quando achava aquela magricela bonita? Daniel sempre preferiu mulheres bem fartas de carne. — Vamos dar um jeito de invadir o escritório do doutor Garcia.— Sugeriu Luísa. Daniel piscou os olhos algumas vezes, incrédulo. — Você ficou maluca? Não sabe que é crime fazer esse tipo de coisa? Depois eu sou o imprudente. Luísa levantou-se da cama dele e caminhou até Daniel. Ela segurou os cabelos loiros do homem enquanto o fazia encará-la. — Não esqueça que você tem muito a ganhar se ficar ao meu lado. Eu pretendo aumentar ainda mais o prestígio da Bom dia, América e um sócio desconhecido pode ser uma pedra no meu sapato. — Ele não vai ser, eu tenho certeza.— Daniel segurou as mãos dela, afastando-as de seus cabelos. — Como pode ter certeza de algo que você não sabe? — Intuição.— Respondeu o rapaz. Meio minuto de silêncio se deu entre os dois, um olhando para os olhos do outro. Luísa não deixou de perceber o quão era intenso e expressivo os olhos azuis-turquesa de Daniel. — O que foi?— Perguntou Luísa, quando o silêncio começou a se tornar desconfortável. — Não foi nada, eu só acho que nunca tivemos uma conversa tão franca.— Admitiu Daniel. — Somos adultos com interesses em comum, Daniel. Não tem como ser mais franco do que isso. Após um ano cada um seguirá a sua vida e não teremos mais nenhuma ligação. Daniel aquiesceu, parecendo refletir sobre as palavras dela. — Algo me diz que há muito mais por detrás dessa história, Luísa. Algumas coisas fogem totalmente do nosso controle. — Por que está me falando isso? — E se o seu sócio estiver mais próximo do que imaginar?

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