Capítulo 02 - Encontro

1067 Words
Hanna / Smile Acordei animada para mais um dia. Levanto apressada já que tinha planejado passar no shopping comprar alguns utensílios que faltavam na cozinha. Me mudei faz três semanas aqui para Amarillo, saindo da cidade pequena e indo direto para a cidade grande. Estava procurando por empregos pela internet nessa cidade, sempre foi meu sonho vir para cá desde que uma amiga minha do ensino fundamental me falou coisas maravilhosas sobre suas férias aqui na casa de usa família, coisa boba? Eu sei, mas eu sempre fui uma eterna criança iludida. Liguei, mandei e-mail, escrevi mensagens e enfim tive a oportunidade de fazer um teste há alguns dias na lanchonete e quando ela disse que o emprego era meu, apenas juntei as malas e vim deixando todo o meu passado para trás. Minha vida em Gunnes era complicada. Onde a cidade é pequena, a fofoca é grande. Sem contar todas as lembranças ruins que eu tinha naquela cidade. Sem dúvida as lembranças eram as piores. Eu não tinha muita coisa que fosse minha naquele lugar, então sair de lá não foi uma escolha muito difícil de se fazer. Saio de casa depois de me arrumar e de tomar o café da manhã. Eu tinha apenas uma hora antes de ter que entrar para a lanchonete. Fazia três semanas que eu via os motoqueiros dos Bulls quase todo dia lá na Lana. Ora estavam todos, ora estavam um ou dois e era assim. Eles eram divertidos e eu adorava conversar com eles, tinham sempre uma boa história para contar ou estavam brigando por algo bobo, era engraçado. Eu trabalhava junto com Esther e Lindsay na lanchonete, elas não tinham tanta amizade com os Bulls mesmo morando aqui há anos. Esther e Lindsay comentaram que tinham medo deles, mas cara, eles não pareciam ser do tipo que mexiam com pessoas "inocentes", então é simples: não me meto nos assuntos deles quando estão cochichando coisas e nem pergunto coisas que não são do meu interesse. Esses dias têm sido bem legais. Tenho novos amigos, tenho um emprego que eu gosto, tenho pintado em casa quando tenho tempo. Na realidade eu passo boa parte das minhas noites pintando meus quadros e é como se eu estivesse tendo um descanso delicioso de tudo o que um dia me machucou. O dia passa tranquilo e sendo totalmente sincera, a parte que mais tem me deixado ansiosa era encontrar aquele motoqueiro Holmes. Ele é divertido, inteligente e bonito demais. Conversamos sobre várias coisas quando tenho um tempinho livre entre um pedido e outro. Lana não reclama, na real ela diz que os motoqueiros estão indo mais para a lanchonete por causa de Sniper que por sua vez vem à lanchonete por minha causa, mas eu sei que é apenas uma brincadeira dela. Estava passeando pela praça observando a natureza e as pessoas brincando no parque. Sinto o vento mexer meu cabelo e fecho os olhos feliz. Amigos, emprego, sonhos e segurança, tenho quatro das cinco coisas que acreditam que faz uma pessoa feliz e isso me deixa satisfeita. - No que está pensando? – Uma voz ao meu ouvido me assusta e eu pulo para frente. – Desculpe. – A voz de Sinper soa suave e eu me viro o cara mais bonito que meus olhos já viram. - Eu estava longe. – Brinco e ele assente. - Percebi, lil smile. – Sorri apontando para o meu lado no banco. – Posso me sentar? - Claro. – Digo dando mais espaço e ele se senta ao meu lado. - Não imagino um motoqueiro mau vindo aqui. – Brinco e Sniper ri jogando a cabeça para trás. - Estou de folga. – Diz apontando para a seu corpo e percebo a falta do colete e da jaqueta. - Então um motoqueiro de folga é só um mero mortal? – Pergunto divertida. – Acabou com todas as minhas expectativas. - E que expectativas eram essas? – Pergunta com uma sobrancelha levantada. - Que aquele colete era costurado em sua pele. – Aponto e Sniper esboça um sorriso de lado. – Mas eu sei lá. Pensei que vocês não tiravam folga. – Dou de ombros. - Tiramos sim. Imagine trabalhar com a sua família, é quase isso. – Diz ele e eu fico imaginando trabalhar com... Arght, essa ideia me dá náuseas. Chacoalho a cabeça afastando maus pensamentos e logo Sniper coloca a mão no meu ombro de forma como que se soubesse algo profundo da minha vida. Ele tinha essa mania de me olhar nos olhos como se pudesse ler minha alma e ao mesmo tempo que isso é bom, é também assustador. - Sniper, o que você está vendo em minha alma? – Pergunto sorrindo e ele vira a cabeça ainda me analisando. - Gosto do seu sorriso, lil smile. – Declara ele me deixando ansiosa. - Brigada. – Digo e ele sorri fazendo carinho no meu rosto. - Você fica linda corada assim. – Diz e eu me afasto devagar. Eu gosto do toque de Sniper, mas ainda era muito cedo depois de tudo o que aconteceu. Já faz dez anos, mas parece que nunca vai ter passado tempo o suficiente... - Desculpe, my lil smile. – Pede ele abaixando a mão e eu dou de ombros. - Eu preciso ir, tenho que comprar comida ou vou passar o resto da semana pedindo pizza. – Digo me levantando. – É... O que você vai fazer agora? – Pergunto um pouco desconcertada. - Estou de folga, lil smile. – Sniper me lembra e eu sorrio. - Me acompanha em um passeio ao supermercado? – Pergunto ele assente. Seguimos até meu carro e ele acena indo até sua moto. – Nos encontramos no estacionamento. – Aceno e vejo Sniper colocar seu capacete. Eu gosto da companhia dele, não é à toa que conversamos sempre e às vezes nos encontramos fora da lanchonete. Tem dias que apenas ficamos conversando nessa mesma praça e outros que vamos assistir filme ou qualquer outra coisa. Ele parou suas investidas já que provavelmente seu sensor Holmes o alertou de que algo está errado com essa área da minha vida. Claroque Sniper às vezes soltava alguns elogios ou fazia carinho em meu rosto emãos, mas nada muito invasivo e eu gosto disso em Sniper. Ele é calmo e nãoapressa nada. Deliciosamente lindo e inteligente. Acho que estou me apaixonandopelo motoqueiro Holmes.
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