O próprio prazer.

1703 Words
Betina estava sentada de frente para o grande espelho de seu quarto, assistindo pelo reflexo o homem mover os lábios pela curva delicada de seu pescoço. Ele deslizou os dedos longos pelo colo feminino bem desenhado, adentrando a abertura do hobby de seda vermelha. Simon Beaufort era um homem de quarenta e cinco anos, e embora os traços da idade já marcassem o seu rosto, a beleza do homem só havia amadurecido. Betina fechou os olhos e jogou a cabeça para trás ao arquear o corpo, permitindo que Simon tirasse o seu hobby vagarosamente, em um jogo torturante de sedução. Quando a peça de roupa caiu no chão, o corpo n.u e afrodisíaco de Betina foi revelado, reluzente a luz natural do dia. Ele envolveu os s.e.i.o.s da garota com as mãos, roçando com sutileza as pontas de seus dedos por cima dos m.a.m.i.l.o.s rosados. Subiu a boca para o lóbulo da orelha dela, deixando mordidas suaves. A palma grande da mão masculina conhecida escorregou pelo meio do tórax de Betina, até encontrar a barriga reta e macia. “ Meu amigo diário, Simon Beaufort sempre foi um cavalheiro. Lembro do meu primeiro programa como se tivesse sido há cinco minutos. Não era só a minha primeira vez como prostituta, era também a minha primeira vez como mulher. Ele foi gentil, amistoso, e graças á aquele homem, nasceu a minha nova identidade, ou como costumava a dizer a minha cafetina Vera Lúcia Gaião, o meu nome de guerra. Estava assustada, não sabia quem eu ia encontrar na cama, deitado por cima dos meus lençóis. Eu tinha 17 anos, e Simon 41. Comecei á noite como mandou Vera Lúcia. Um vestido de seda vermelha, um colar de ouro e rubi, sapatos de camurça… As mais caras peças para serem tiradas por um milionário”. - Lembro quando te conheci.- Simon ficou de joelhos, de frente para Betina, bem acomodado por entre as pernas da mulher.- Jovem, assustada… Não parecia a mulher segura que é hoje.- Ele segurou o colar de rubi com a ponta dos dedos, exatamente o mesmo que Betina levava no pescoço em sua primeira noite. Roupa vermelha e aquela jóia específica eram a marca registrada de Betina. - Você é o único que me conhece de verdade.- Betina enfiou os dedos longos por entre os cabelos loiros cobreados, já com algumas poucas mechas brancas. - Aceita uma bebida, Rubi? Pode ser um suco se preferir.- Murmurou Simon, com os lábios próximos aos lábios de Betina. “ “ Aceita uma bebida, Rubi? Pode ser um suco se preferir”. Foi o que disse o milionário francês para quebrar o silêncio. Ele mesmo me serviu um copo de suco de morango, e se sentou ao meu lado. Franzi a testa, não percebi que tinha acabado de ganhar um novo nome.” - Nunca quis saber o meu nome, não é?- Betina deslizou o seu nariz por cima do de Simon, com os olhos fechados. - O seu nome é Rubi, prefiro que seja assim. Nunca diga o seu verdadeiro nome a ninguém, pode ser mais perigoso do que imagina.- - Não direi. Desde aquela noite que eu me sentei com você nessa cama, eu virei Rubi.- Betina reduziu os poucos centímetros que sobravam entre as duas bocas, a nada. Capturou os lábios de Simon em um beijo intenso, sentindo sua pele incendiar quando ele tocou suas coxas n.u.a.s, subindo as mãos até o seu quadril. Ela segurou a gravata de Simon com afinco, erguendo-se da cama aos poucos ao mesmo tempo que o puxava para frente. Empurrou o homem sobre a cama, colocando-se por cima dele. Sentou-se no colo de Simon, em completa n.u.d.e.z, abrindo as roupas do francês com agilidade. Ele apertou as n.á.d.e.g.a.s volumosas femininas e as puxou para cima, esboçando com o contorno bem desenhado de sua boca, um sorriso malicioso. “ Eu virei Rubi 100% do meu dia, e aos poucos, fui deixando Betina para trás. As vezes chegava a esquecer o meu nome, como se o tivessem roubado de mim.” Betina deixou um rastro de beijos pelo abdômen rígido de Simon, deslizando a língua ao redor do umbigo masculino. Desceu a boca para as coxas bem torneadas, mordiscando a parte interna. Conhecia os pontos sensíveis do corpo do homem, e não hesitava em explorá-los. Envolveu o m.e.m.b.r.o de Simon com toda a boca, chupando devagar o centímetro de pele que rodeava a glande. Sua língua deslizou por toda a extensão do s.e.x.o de seu cliente, e ela insistiu nos mesmos movimentos prazerosos, até que Simon explodisse ao ultrapassar o seu ápice. Ele jorrou sua semente, com Betina o m.a.s.t.u.r.b.a.n.d.o em seus últimos momentos. Simon deixou escapar gemidos roucos, contorcendo o seu corpo a medida que seus músculos entravam em espasmos. Precisou de um minuto inteiro para retomar o fôlego, e empurrou Betina, que estava ao seu lado, sobre quatro apoios, em cima da cama. Ele abriu as n.á.d.e.g.a.s da mulher, mantendo apenas uma mão segurando o local, ao usar a outra para deslizar o polegar pelo reto, até a c.a.r.n.e macia que ficava localizada no meio das pernas da mesma. Promoveu massagens sutis e intensas por sua f.e.n.d.a, fazendo Betina contorcer todo o corpo para trás. Mergulhou o dedo do meio na i.n.t.i.m.i.d.a.d.e da mulher, executando movimentos curtos e intensos, acelerando o ato a medida que enrolava os cabelos escuros da garota em sua mão. Betina se olhava através do espelho, os cabelos desgrenhados, a pele suada, os lábios rosados. Simon prontamente substituiu o dedo médio pelo m.e.m.b.r.o que latejava. A ponta de seu s.e.x.o já tocava o final das n.á.d.e.g.a.s da prostituta, e quando a introduziu, logo após aplicar o preservativo, Betina sentiu o corpo explodir em mil sensações diferentes. Ele sabia mover o quadril com habilidade, aumentando a lubrificação natural da c.a.v.i.d.a.d.e de Betina. Bastaram alguns minutos para novamente Simon jorrar a sua semente. “ Era sempre assim, desde a primeira noite. Por mais educado e cordial que fosse Simon, ele só usava o meu corpo para o próprio prazer. Depois de conseguir o que queria muitas e muitas vezes, ele tomava um drinque, me pagava, e ia embora. Nunca soube o que era um orgasmo, e acredito que nunca saberei.” … Betina mal teve tempo de ficar a sós em seu próprio quarto, quando a própria Vera Lúcia,em pessoa, adentrou o cômodo. Os lençóis haviam sido trocados, e após um banho quente, a garota estava esparramada na cama, prestes a dormir, quando foi interrompida pela chegada brusca da cafetina. Betina bufou ao ouvir o barulho estrondoso da porta se abrindo, se esforçando para não demonstrar a sua impaciência, a patroa. Sempre que Vera Lúcia tratava diretamente com as suas meninas, era porque algo importante ou sério demais estava para acontecer. A mulher mais velha se aproximou devagar, com um sorriso discreto para demonstrar o seu raro carisma. Vera Lúcia deveria ter os seus sessenta e poucos anos, e talvez até lhe sobrava algo de sua beleza da juventude. O rosto esbranquiçado era bem marcado pelo tempo, assim como os cabelos castanho-acobreados que a mulher não fazia a mínima questão de tingir. Roupas de grife cobriam o corpo avantajado, e sapatos de camurça, os seus pés meio inchados. A cafetina corpulenta se acomodou na poltrona que ficava de frente para a cama de Betina, cruzando as pernas em um gesto forçado de elegância. - Posso saber o porquê de ter se recolhido tão cedo? P.u.t.a trabalha deitada, mas é com os olhos bem abertos.- Vera Lúcia imitou um círculo com o indicador e o polegar, pousando-o em seus olhos arregalados para enfatizar suas palavras. Betina precisou se esforçar para não responder à altura. Agarrou as cobertas com os nós de seus dedos até as pontas ficarem bem vermelhas. Odiava Vera Lúcia Gaião desde o primeiro dia em que a conheceu, e jurou para si mesma que um dia a faria pagar caro por aquilo. - Vanda me disse para descansar pelo resto da noite. Não entendi muito bem o porquê, mas apenas obedeci.- Respondeu secamente. - Hum…- Refletiu Vera Lúcia, no final das contas, acatando a decisão da irmã.- Acho que pela primeira vez na vida, aquela inútil fez algo que preste. Até mesmo porque preciso da minha p.u.t.i.n.h.a favorita bem descansada.- Mais uma vez, Betina precisou morder a língua. Não suportava quando aquela mulher se referia a ela daquela forma. Foi graças a Vera Lúcia que Betina foi reduzida a uma p.u.t.a. Uma p.u.t.a bem cara, mas ainda assim, uma p.u.t.a. - E posso saber o motivo da minha presença ser tão solicitada?-Perguntou a garota, sarcasticamente. - Ah, Rubi. Sabe muito bem que quando fazemos festinhas em minha casa, você é a número um entre as recrutadas. Os clientes concorrem por você, as vezes chega até a lotar todos os horários. Ganha mais do que a maioria das garotas, menina.- Vera Lúcia abanou o indicador na direção dela, erguendo o canto da boca em um sorriso malicioso.- Isso sim é uma ascensão profissional.- - Então teremos uma festa.- - Mas não uma festa qualquer.- Ressaltou Vera Lúcia, ficando de pé antes mesmo de completar sua frase.- É a despedida de solteiro do filho de um herdeiro milionário. Acredita que o homem pagou uma fortuna para alugar a minha casa? Com certeza pretende se refestelar com as p.u.t.a.s antes de colocar o anel no dedo da filhinha de papai que não sabe f.o.d.e.r.- Betina se limitou a assentir, não pretendendo prolongar aquela conversa desagradável. - Já sabe, não é? Vestido vermelho, colar de rubi… Lembre-se que é a sua marca registrada que te faz tão memorável. Claro, você deve ter os seus segredinhos entre quatro paredes.- Vera Lúcia deu meia volta, virando-se novamente para frente ao lembrar que ainda não tinha terminado.- O que é que eu sempre te digo sobre se vestir bem?- - Não importa se eu vou terminar sem roupa no final das noites. Tenho que apresentar bem o produto se quero vender.- - Aprendeu direitinho. Continue assim, menina. Quem escuta os conselhos de Vera Lúcia Gaião, vai longe na vida.- Após sua frase de efeito, Vera Lúcia caminhou para fora do quarto, deixando Betina a sós com seus pensamentos.
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