Completamente apaixonado por você.

2681 Words
- Não sou i.d.i.o.t.a, Rebecca. Acha que não percebi a minha irmã conversando com um homem?- Khalil arqueou uma das sobrancelhas ao falar, caminhando logo atrás da garota, que se locomovia com pressa pelo corredor. Ela olhou brevemente para trás, encarando-o como se fosse o mais esquisito das criaturas. - Ah, por favor. Agora não se pode mais conversar? Claramente estavam falando sobre um livro. A Layla devia estar com dúvidas.- - Aham. E eu sou o sultão das arábias.- Falou o homem, com sarcasmo. Rebecca bufou, seria mais difícil cumprir a sua missão do que ela imaginava. De repente, parou de caminhar na entrada do banheiro masculino, voltando-se para o rapaz. - Quer parar com essa brincadeira? Diga logo o que quer. Vim aqui para vigiar a minha irmã, e sei muito bem que está inventando essa história de precisar conversar algo sério comigo, apenas para tirar a minha atenção. Qual a jogada? A Layla está namorando aquele cara loiro?- Ele parou bem de frente para ela, apenas meio metro separando os dois. - Por Deus, você fala demais.- Prontamente, Rebecca o agarrou pelo colarinho da camisa social. Khalil franziu o cenho, sem entender a atitude da mulher. - Rebecca, eu realmente estou preocupado com você. Tem certeza que está bem?- - Me diga você mesmo, com a sua própria opinião .- Rebateu a garota, deixando Khalil intrigado e confuso com a sua resposta. Sem mais delongas, ela exterminou os poucos centímetros de distância que ainda existiam entre os dois rostos. O beijou com vontade, se deixando perder no gosto doce da boca do homem. Surpreendentemente ele a retribuiu, como se por uma fração de minutos, tivesse esquecido que não a suportava. Suas línguas se tocaram provocativamente, uma explorando a boca do outro com afinco. Com uma das mãos, ele segurou a cintura de Rebecca com força, e com a livre, ele segurou firmemente os cabelos loiros da nuca da moça. Puxou-a abruptamente contra si, pressionando-a contra a rigidez de seu corpo. Khalil era alto, forte e quente, levando Rebecca a mergulhar em uma frenesi sem volta. Ela queria mais, e involuntariamente procurava por esse mais. Sentiu o m.e.m.b.r.o duro do rapaz apertar a sua i.n.t.i.m.i.d.a.d.e através do vestido azul-claro e de alças finas. Ele a desejava tanto quanto ela o desejava. Por mais que Rebecca atuasse como se tudo aquilo fosse apenas parte de um plano, inconscientemente ela sabia que o seu corpo ardia por ele. Khalil desceu a boca para o traço fino do pescoço da jovem, beijando e mordiscando a pele salgada. Rebecca fechou os olhos, seus s.e.i.o.s medios subindo e descendo devido a respiração irregular. Jogou a cabeça para trás, encostando-se na parede. Khalil tentava respirar fundo para controlar os próprios impulsos e.r.ó.t.i.c.o.s, mas já não era capaz de se conter. Ele queria devorá-la, queria sentir todas as suas curvas contra o seu corpo, e queria estar dentro dela. Apertou a cintura esguia dela com mais força, o vestido delineando os contornos delicados das laterais abaixo das costelas. A boca ágil do homem desceu para as clavículas, mordicando-as, e em seguida continuou para o meio do tórax. Afundou o rosto na curva em " v" que desenhava os s.e.i.o.s médios, seus dedos subindo pelas costelas da jovem, até os seus polegares chegarem no início das curvas dos p.e.i.t.o.s. Ele empurrou Rebecca para dentro do banheiro, conduzindo-a até uma das cabines - por sorte, o ambiente estava vazio-. Puxou a peça para baixo, revelando a n.u.d.e.z do tórax da jovem. Khalil levou a boca para um dos p.e.i.t.o.s, envolvendo-o por completo. Ele chupou vagarosamente, e lambeu toda a curva, arrancando gemidos discretos da garota. Repetiu o movimento do outro lado, usando uma das mãos para acariciar o s.e.i.o que sobrou. Ele estimulava o botão cor-de-rosa do m.a.m.i.l.o, e descia o vestido de Rebecca, a medida que sua boca também descia, alcançando até logo abaixo da barriga. - Interessante a nossa conversa, não é?- Murmurou Rebecca, ainda muito ofegante. - Não comece com seus comentários.- Ordenou Khalil, terminando de passar o vestido da garota por entre as pernas dela. - Não comece você a querer me dar ordens.- Rebateu Rebecca. Khalil se ergueu de supetão, a assustando um pouco. Tinha medo de que a qualquer momento o rapaz desistisse do rendez-vous, mas não foi o que aconteceu. Ele agarrou o pescoço dela, apertando de leve, seus lábios roçando sensualmente por cima dos lábios da garota. - Se ainda está falando, é porque algo está faltando.- Murmurou Khalil. O rapaz mordiscou de leve o lábio inferior dela, descendo as mordidas para o queixo e pescoço. Uma de suas mãos tocou a f.e.n.d.a coberta pela c.a.l.c.i.n.h.a, apertando o lugar. Rebecca arquejou, já não lembrava do que estava falando. - Gosta?- Perguntou Khalil, esfregando os dedos em movimentos de vai e vem, pelo lugar. Rebecca apenas aquiesceu, mordendo os próprios lábios para abafar sua ofegação. Ela precisou tapar a boca literalmente, quando os dedos do homem escorregaram para dentro de sua peça í.n.t.i.m.a. Ele executou massagens internas em contato direto com a c.a.r.n.e macia da garota, seus dedos executando movimentos circulares por dentro de Rebecca. Ela novamente mordeu os lábios, já era inútil tentar abafar os gemidos. Khalil continuava tocando-a i.n.t.i.m.a.m.e.n.t.e, seus dedos deslizando pela cavidade lubrificada. Com o dedo médio, ele a introduziu, m.a.s.t.u.r.b.a.n.d.o-a aceleradamente. - Agora sim, consegui achar a maneira de te fazer calar a boca.- Murmurou Khalil, antes de capturar os lábios dela em um beijo profundo, mais uma vez. A boca de Khalil abafava os sons de prazer que insistiam em fugir da dela. Ela agarrou os cabelos dele, apoiando seus braços pelos ombros largos do rapaz. Rebecca também queria que Khalil calasse a boca de uma vez. Por mais que tudo se tratasse de um plano, ela nunca imaginou o quão se sentiria mulher ao ser tocada pelo irmão de sua melhor amiga. Rebecca o queria como jamais quis ninguém na vida. ... No final da noite, Layla já estava ansiosa para o próximo encontro. Ela comprou outros livros - com a influência de Breno para ajudá-la a escolher-, mas nenhum tão especial quanto o que ele a deu. Ela colocou o objeto em sua mesa de cabeceira, acariciando a capa dura enquanto suspirava. Mordeu os próprios lábios, em expectativa para o domingo. Já havia arquitetado todo um plano para conseguir sair sem o seu cão de guarda. Ela se espreguiçou na cama, pronta para se envolver com as cobertas e tentar dormir, quando batidas na porta de seu quarto a impediram. Ela bufou, em seguida, chutando as cobertas. Ao girar a maçaneta se deparou com Khalil, que adentrou o seu quarto sem sequer esperar um convite. Durante todo o caminho de volta para casa, o rapaz ficou quieto, não fez sequer um comentário, como tinha a mania de fazer a respeito de tudo. Agora, dentro de seu quarto, Khalil a encarava com seriedade, e ao mesmo tempo, inexpressivo. - Muito bem, Layla, já pode me falar a verdade. Aquele homem que passou a feira inteira procurando livros com você, é o tal brasileiro de quem você está apaixonada?- A garota engoliu em seco, nervosa. Khalil era mais esperto do que ela imaginava. Ela franziu o cenho, fingindo não entender do que o seu irmão mais velho falava. - Ah, não faça essa cara de desentendida.- Falou o rapaz, com um tom de voz malicioso.- Sei muito bem que Rebecca foi a feira com o único intuito de me distrair. Acha que não desconfiei? Ela chegou lá no banheiro praticamente se jogando para cima de mim, sendo que nunca gostamos um do outro.- Ele refletiu mais um pouco, tornando a falar:- Bom, claro que tirei proveito da situação. Aquela insuportável não é de se jogar fora.- - Por favor, sem detalhes, não estou pronta para ouvir isso.- Layla fez uma careta, não querendo saber sequer o que aconteceu. - Agora volte a me contar sobre o brasileiro e você. Se for sincera, eu prometo que mantenho segredo, não conto nada para o nosso pai.- Khalil se jogou no confortável sofá do quarto de Layla, esticando os braços e as pernas.- Não poupe os detalhes, quero estar a par de tudo.- Layla suspirou, vendo que Khalil não a deixaria em paz enquanto ela não contasse toda a estória. Talvez, se fosse honesta com seu irmão, poderia ter um aliado. A garota se sentou ao lado dele, cruzando os dedos das mãos uns nos outros, postura que adquiria quando estava nervosa. - Conheci o Breno em uma festa na casa do Hugo, um colega da faculdade. Estávamos jogando verdade ou desafio, quando a Rebecca me desafiou beijá-lo. Eu nunca tinha beijado homem nenhum.- - Breno…- Khalil refletiu mais um pouco, tentando juntar os pontos. Tinha a impressão que conhecia o sujeito de algum lugar, mas não lembrava de onde. Desde que o viu de longe, acreditou se tratar de um conhecido, e agora, ao ouvir aquele nome, tinha quase certeza. - Nos beijamos, apenas isso, eu prometo!- Acrescentou a moça, assim que recebeu o olhar fuzilante do irmão.- Encontrei com o Breno no hospital em que ele trabalha, no dia em que fui fazer o tal exame de virgindade. Depois, ele foi atrás de mim na biblioteca, já que tínhamos amigos em comum, não foi difícil descobrir…- - Resumindo tudo… Vocês começaram com os encontros depois da visita dele a biblioteca?- Perguntou Khalil, com impaciência. - Sim. Até agora só fomos a feira de livros.- - Vou fazer vista grossa, não vou contar para o papai que você se encontrou com esse homem…- - Não fizemos nada demais. Apenas conversamos e compramos livros.- -… Mas não serei seu cúmplice. Não quero saber de mais das suas empreitadas amorosas, ou terei que impedir.- Khalil suspirou, frustrado ao ver a expressão de decepção de sua caçula.- Só espero que tenha consciência o bastante para não fazer nenhuma besteira.- Ele levou uma de suas mãos á tocar carinhosamente o rosto da moça, pousando um beijo em sua testa antes de ficar de pé. Layla continuou sentada, apenas esperando Khalil sair de seu quarto para que ele pudesse se jogar novamente em sua cama, e chorar. Não importava que todo o mundo fosse contra. Antes de se casar com Samuel Abdel, ela experimentaria estar apaixonada de verdade. A semana acabou passando mais rápido do que ela imaginava. Durante todos os dias, Layla foi a faculdade, assistiu as aulas, foi para a biblioteca estudar, e depois, fingia que estava estudando mais um pouco, apenas para poder conversar com Breno. Eles começaram a ler juntos o romance escolhido pelo rapaz, e já haviam avançado muito. Durante a noite, Breno sempre ligava para Layla para eles conversarem mais um pouco, e também para continuarem com a leitura. Ela sempre se escondia no banheiro de sua suíte, ligando o chuveiro para que ninguém a escutasse no telefone. Chegado o tão esperado domingo, a garota precisou esperar o cair da noite para sair de casa. Ela inventou uma dor de cabeça para se deitar mais cedo, trancou a porta de seu quarto, e pulou a alta janela. Não propriamente pular, já que, na verdade, ela escalou a árvore que ficava bem na frente. Costumava fazer aquilo quando pequena, o que deixava sua mãe louca. Layla alcançou o outro lado da propriedade, precisando apenas passar pelos cães de guarda, que não foi dificuldade alguma, já que todos eram familiarizados com os moradores da casa. Conseguiu chegar ao centro da cidade quase no horário marcado, apenas uns dez ou quinze minutos atrasada. O carro de aplicativo havia parado justo na rua do Bom Jesus, no qual Breno já a esperava, de frente para uma barraca de cocadas. - Nem acredito que consegui escapar.- Falou Layla, efusiva, o envolvendo em um abraço forte assim que se aproximou. - Pulou mesmo a janela?- Perguntou Breno, admirado, retribuindo ao abraço.- Confesso que já estava esperando ter que arranjar uma forma de fugirmos do seu cão de guarda.- - Tenho muitas habilidades, doutor Breno.- Falou a garota, com um sorriso atrevido. - Espero que entre essas muitas habilidades, envolva as habilidades de reconhecer uma boa culinária. Porque olhe só o que comprei para você.- Ele puxou uma sacola que escondia em suas costas, a balançando no ar.- - Comprou cocada?- Os olhos de Layla brilharam com um entusiasmo quase infantil.- Nunca provei as daqui.- - Vai provar agora.- Ele tirou uma delas de dentro da sacola, segurando-a com uma de suas mãos, enquanto a posicionava de frente para o rosto da moça, aguardando que a mesma experimentasse. Layla mordiscou um pedaço, suspirando de prazer devido ao sabor doce e delicioso, que se desmanchava em sua boca a medida que ela mastigava. - Incrível. A melhor que já comi.- Ela analisou o ambiente ao redor, enquanto mordia mais um pedaço.- Eu gostei demais daqui. A estrutura, as pessoas… Até consigo imaginar a população aqui nos anos 30 ou 40.- - Tem algo que vai gostar ainda mais. O que acha de andarmos de barco?- Sugeriu o rapaz. - Acho que devemos ir agora mesmo.- Concordou a garota, deixando-se ser conduzida, quando Breno segurou a sua mão para guiá-la até o outro lado da rua, onde ficava o Marco zero da cidade, também conhecido como praça do Rio Branco. O lugar ficava ao lado do Cais do Porto, onde os barcos navegavam. O rapaz pagou uma generosa quantia para que o barqueiro alugasse um de seus barcos temporariamente, no qual, ele poderia ficar a sós com Layla, como tanto desejava. Em breve, teria uma apresentação de fogos de artifício, em comemoração ao aniversário da cidade. Breno remou devagar, analisando a empolgação de Layla ao observar o ambiente em que estava. Ela levou as pontas dos dedos ao rio Capibaribe, conferindo a temperatura da água gelada. Devido a ventania, ali fazia frio à noite. - Dentro de alguns minutos, vai acontecer algo especial, e quero que estejamos aqui quando aconteça.- - É mesmo? E o que é?- Perguntou Layla, surpresa. - Ah, você não sabe mesmo esperar, sabe?- Perguntou o rapaz, o tom de voz com um misto de condescendência e sarcasmo. Layla apenas arqueou uma de suas sobrancelhas. Ultimamente, adquiriu a habilidade especial de ter paciência. O seu futuro era incerto, e tudo o que ela precisava fazer era esperar para ver qual o destino que sua vida seguiria. - Não acredito que vai fazer esse suspense comigo.- Layla inclinou o corpo para a frente, aproximando-se um pouco mais do rapaz.- Isso é tortura.- Breno também inclinou o seu corpo para a frente, em cumplicidade a ela. - Conte comigo, senhorita Abdallah.- Murmurou o homem, seus olhos azuis e fervorosos concentrando-se na boca da garota, enquanto se mexia. - Contar o que?- Layla seguiu o movimento dos olhos dele. - Dez, nove, oito…- Começou o rapaz, esperando que ela continuasse. - Sete, seis, cinco…- Os dois prosseguiram juntos. - Quatro, três…- Falou Layla. - Dois…- Disse Breno. - Um.- Novamente, ambos falaram em uníssono. Eles continuaram se encarando, em silêncio, por um breve momento, até os fogos começarem a estourar no céu. Layla prontamente olhou para o alto, abrindo um sorriso cativante. Tornou a fitar Breno, que a observava com admiração. Os dois rostos estavam tão próximos, que apenas poucos centímetros separavam as duas bocas. Os lábios de Layla instintivamente tremeram com a cercania. O coração dela bateu mais forte, como se fosse explodir da caixa torácica, e um calor corrosivo se dissipou por suas entranhas, exatamente como na primeira vez que o jovem médico a beijou. Sem perder mais tempo, Breno minou a distância que existia entre os dois, capturando os lábios mornos de Layla em um beijo delicado e ao mesmo tempo profundo. Ela o retribuiu, continuando com o beijo. Ele se afastou brevemente, levando suas mãos á segurarem o rosto de Layla, enquanto ainda mantinha o contato visual entre os dois. - Eu estou completamente apaixonado por você.- Murmurou Breno, acariciando as bochechas da jovem com o polegar.- Vamos ficar juntos, Layla. Eu quero falar com a sua família para namorarmos.-
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