29° Episodio

1068 Words
Narrado por Luara. Entramos no carro e o pesadelo não trocou nenhuma palavra comigo. E sério isso? a gente acabou de passar o dia juntos! transam0s como louc0s e antes de eu entrar na comunidade nois tava tranquilo. Esse homem é maluco demais cara. Seguimos caminho para a nossa favela e eu contei tudo que aconteceu e o canivete ficou me babando lá. No caminho ligamos pra Helena e para a Bryanna. Elas estavam bem nervosas também, mais logo se acalmaram. Depois que eu expliquei tudo e falei com a galera eu simplesmente me deitei no banco de trás e fechei meus olhos. - Tá tudo bem Luara?- escuto a voz do canivete perguntar. - Tô cansada.- falei - já estamos chegando no morro. Vou levar ela no postinho pra eles vê os cortes com cuidado.- pesadelo fala pela primeira vez dês de que entramos no carro. - Não precisa! Eu não quero dá trabalho a ninguém. Eu consigo fazer os curativos em casa. Até por que não é nada demais. - falei simples. - Luara tu tá toda cortada aí. Mesmo que não seja cortes profundos, continua sendo um corte. E eles ficaram expostos lá. Então é melhor ir pra tratar direitinho e não dá m***a depois. E nem vem falar que não vai por que tu vai e ponto final. - pesadelo fala e eu fico quieta ali, deitada no bando de trás. Não sei quantos minutos passaram, só senti o carro parando e logo a porta da parte de trás e aberta. Eu me levanto e vejo o Pesadelo com a mão esticada para mim. Eu pego na mão dele, e entramos no posto. - Quero alguém pra atender minha mulher, agora.- pesadelo fala sério e logo eu vejo uma moça andar as pressas. Pera! minha mulher? eu perdi alguma coisa Brasil? Logo a moça da recepção vem com uma enfermeira e ela nos leva para uma sala. Lá ela começa a vê os meus ferimentos mais não parava de se amostrar pro pesadelo. Por que essas mulheres são assim em? nossa! isso é muito ridículo. - cadê o canivete?- perguntei olhando pro pesadelo. - Ele foi pra casa vê se a Nossa mãe estava bem.- ele fala e joga a cabeça para trás. - pesadelo, você pode ir. Eu já conheço o morro. Sei chegar em casa. Não precisa ficar aqui comigo. Não quero dá trabalho.- falei e ele me olha, se levanta e anda até mim. Ele toca no meu rosto e me dá um selinho demorado. - Só saio daqui com tu guria. - ele fala e se afasta sentando novamente. A moça passou remédio lá que ardeu pra caralh0 e fez os curativos. No tempo em que ela tava fazendo isso, eu lembrei no que eu fiz lá na outra comunidade. Eu ajudei muito, mais muitos de lá. E espero que Deus esteja orgulhoso de sua filha. - Já está prontinho, moça. - a enfermeira fala e eu sorrio simpáticamente para ela. - muito obrigada.- falei. - vamos.- o pesadelo me chama e eu desço da cama que eu estava sentada. Saímos do posto e eu vi como as pessoas tinham medo do pesadelo. Ela não falavam, não olhavam, faziam de tudo para fingirem que não estavam ali. Queria que eles conhecesse o pesadelo que eu conheço. - A gente vai pra casa, aí você toma um banho e eu peço comida pra gente tá.- ele fala e eu assinto. Pesadelo começa a dirigir e coloca uma de suas mãos em minha coxa e faz massagem ali. Chegamos em casa e o segurança da me olha com alívio no olhar. - Que bom que tu tá bem.- ela fala sorrindo. - tu não vai se livrar de mim tão cedo pow.- falei as gargalhadas e ele n**a sorrindo. Entrei dentro de casa e já subi as escadas indo pro quarto. Eu pego a toalha e vou para o banheiro. Tirei minha roupa e a primeira coisa que eu fiz foi escovar meus dentes. Entrei no box e deixei a água escorrer pela minha costa. Tomei um banho com muito cuidado para não molhar os curativos que a enfermeira havia feito, e fiquei lá. só sentia a água bater em meu corpo. - Tá tudo bem Lua? precisa de algo?- pesadelo pergunta. - Não, não. Tá tranquilo. - Tá bom então. Daqui a pouco a comida chega. Eu não pedi lanche não, pois você precisa comer coisa forte. Pedi arroz feijão, macarrão, salada e carninha assada. Essa vai ser tua janta. - ele fala e eu começo a rir. - Obrigada por isso tá. Eu estou com tanta fome que eu acho que lanche não me sustentaria não.- falei me enrrolando na toalha e abrindo a porta dando de cara com ele. - Quero tu forte. - ele fala me olhando e me dá um selinho. - vesti uma calcinha aí que eu trouxe uma camisa.- ele fala e estende a mão me dando a mesma. Peguei e andei até meu guarda roupa. Vesti a calsinha e em seguida a camisa. Passei um perfume e penteei o cabelo com o olhar do pesadelo sobre mim. Quando terminei me virei e o encarei. e anda até mim e pega no meu rosto com delicadeza. - Fiquei mó preocupado com tu guria. Achei que meu coração ia sair do peito quando vi os cana entrando atirando pra tu que era lugar. Eu, tava nervoso, teu irmão tava nervoso. Tinha dois cara surtando dentro do carro por causa de uma baixinha que chegou e mudou tudo.- ele fala me fazendo sorrir. - sorri não otária. Tô falando é sério. Eu não conseguia pensar em nada por um bom tempo. Até que lembrei da Annayelly. - Quem é Annayelly?- perguntei. - A maior traficante do Rio. Ela é parceira minha e da minha mãe. Sabe a Bruna que tu conheceu no Chapadão?- eu acento que sim.- a Bruna é filha dela. - Nossa, bagui doidão.- eu falei rindo.- agradece ela por mim. Ou me leva pra agradecer pessoalmente.- eu falei e ele assentiu. - Fiquei com medo de te perder. - ele fala e apoia sua cabeça no meu ombro próximo ao meu pescoço. - Acho que eu tô gostando de tu guria.- ele fala me encarando e eu sinto um arrepio por todo o meu corpo. eu também acho que estou gostando de você gato.
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