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4213 Words
Babi Tomei meu banho, passo creme no corpo e escolho a roupa que eu vou usar. Pego u m shortinho jeans escuro, junto com cropped preto de renda transparente e meu tênis branco da Fila. Por ser baile de rua meu tênis vai voltar um nojo mais eu vou com ele mesmo o meu preto eu uso pro trabalho e esse faz tempo que eu uso. Com meus cabelos úmidos passo creme fazendo fitagem nele todo e finalizo com olhinho nas pontas. Passo uma maquiagem sem base passando dois tipos de rímel pra dar volume e alongamento nos cílios, faço delineado grosso e passo batom rose com gloss por cima. Coloco meus brincos de argola prata e correntinha de estrelinhas e pulseiras de pedrinhas coloridas bem delicadinhas como eu gosto. Peço meu perfume olhando no espelho me sentindo bem com o que vejo. Olho no relógio faltam cinco minutos pra Karen chegar. Pego meu dinheiro e celular e já saio esperando ela no portão e não demorou muito ela chegou usando um vestido bem piriguete que é a cara dela cor de rosa e salto preto Karen- nossa toda produzida, vai arrasar com os boy hoje em? _ me olhando de cima a baixo sorrindo - obrigada, você também ta linda com esse vestido de piriguete, bem a sua cara _ digo sorrindo ela retribui olhando pras suas pernas Karen- seria uma boa Kevinho nos deixar entrar no camarote, beber todas e pega os gatinhos que ficam lá. Fiquei sabendo que o lobão dono da Rocinha vai ta ai ele é tesão de homem _ ela entrelaça seu braço no meu animada enquanto caminhamos - eu prefiro a pista, pagando minha própria bebida sem depender de ninguém. Hoje eu só quero curti e dançar não quero nem saber de homem na minha cola Karen- tu fala isso sóbria, duvido quando estiver no terceiro copo se cê vai negar os gatinho que vão lá _ diz maliciosa nego olhando pra rua -eu não. Deixo eles todos pra você. To indo só pra distrair mesmo _ ela não diz mais nada e seguimos até o baile com ela contando dos carinhas que ela fica A rua já está lotada e o som nas alturas. Só vim aqui uma vez a uns três anos atrás com a Taynara que insistiu muito e eu acabei aceitando, mas fui embora logo depois que ela encontrou um grupinho de amigas dela que eu não gostei e resolvi voltar pra casa. Karen segura na minha mão e me puxa no meio do povão até uma barraca de bebida e pedimos uma latinha de cerveja pra cada Karen- vamos dança ali no meio vai da mais visão quando o Poze entra _ balanço a cabeça concordando e sigo com ela até onde ela falou Tocou várias músicas de funk e nós duas dançamos todas até o Poze chegar cantando a música vida louca e todos cantaram uníssono e os bandidos fizeram barulho de tiro com fuzil pra cima eu tomei maior susto. Olhei pra tenda elevada um pouco mais a frente vendo cheio deles com várias mulheres dançando, bebendo usando droga como de costume. Karen não tirava os olhos de lá, encarando suas amigas abraçadas com uns cara enquanto eu dançava sem me importar. Sinto minha boca sede e o calor com tanta gente envolta ta me sufocando. Paro de dançar sempre que uns engraçadinhos passam roçando na minha bunda, o que me deixa puta e desvio toda hora xingando - Eu quero comprar mais uma bebida a pra mim. To morta de calor e sede _ levanto meus cachos da nuca, abano com a mão direita sentindo meu suor molhar meu rosto Karen- vai lá gata te espero aqui _ saio em direção a barraca que ela me levou e peço uma garrafinha de água e bebo enquanto homem prepara uma caipirinha Taynara- Babi?_ olho pra trás ela sorri _ tá fazendo o que perdida ai mulher? Nem sabia que tu vinha? _ abraço ela sorrindo que me aperta em seus braços sorrindo também - a Karen que me chamou pra vir com ela, eu acabei aceitando _ justifico soltando os braços dela Taynara- quando eu te chamo tu não vem neh, piranha?_ do risada e o homem me entrega a caipirinha eu pago o mesmo - claro que não gata, hoje eu só vim porque tava precisando relaxar um pouco senão, nem ia vir _ ela faz cara deboche e eu sorrio negando _ ta com quem aqui?_ chupo o canudinho, sentindo o liquido ardente entrando Taynara- vim sozinha. Não tava afim de ficar em casa me arrumei e vim sozinha mesmo - então vem comigo, karen tá mais na frente esperando _ ela assente. Seguro sua mão entrando no meio do povo e tomando um gole da minha caipirinha que desse queimando minha garganta _ quer caipirinha?_ paro oferecendo o copo Taynara- é de vodka? _ concordo sorrindo _ então eu quero _ entrego o copo pra ela e continuo seguindo onde eu estava com a karen mais não encontro - ué. Cade ela? _ Taynara dá de ombros e nos olhamos por todos os lados Taynara- olha ela lá em cima _ ela aponta pra cima _ tá lá no camarote com as amigas falsas dela _ vejo ela sorrindo conversando com elas. Ela olha pra cá e eu aceno, ela que vira de costa fingindo que não viu _ olha que vacilona, fingiu que não te viu _ nego indignada - ridícula. Deixa ela vim de simpatia pro meu lado na rua que eu vou vou meter o esculacho. Insistiu tanto pra que eu viesse e da uma dessa? Vontade de subi lá e falar umas boas pra ela. Ridícula _ indago irritada Tay concorda com a cabeça Taynara- vacilona. Te chamou aqui e agora te despreza por causa de piranha. Por isso não banco ela, mina mó falsa do caralho . - vagabunda isso sim. Mas deixa ela, deve ter brigado com elas e pra não ficar sozinha me chamou. Agora que conseguiu volta a lamber elas que não tão nem ai pra ela _ tomo um gole da minha bebida encarando ela toda sorridente lá em cima Taynara- ela é cobra que nem as amiga dela bem. Ali uma come a outra. Conheço e já fui amigas delas, são tudo interesseira louca pra ter atenção dos de frente principalmente Kevinho. Por isso ficam com a buceta piscando. Não podem ver uma oportunidade que vão logo correndo, não tão nem ai pra ninguém _ faço careta com tédio - que saber? Deixa elas pra lá. Eu vim aqui pra curtir e relaxar a cabeça, não vou ficar batendo cabeça com quem não vale a pena _ ela concorda sorrindo e o DJ toca senta concentrado Sento e faço quadradinho com meu copo na mão e desço rebolando até o chão com a Tay que sorri e canta comigo curtindo. Jogo meu cabelo pro lado e subo empinando minha bunda quando outra bunda bate de encontro com a minha e o baque me faz desequilibrar, derrubando minha bebida na minha perna e no braço de quem me segura pra não cair de cara no chão. Pelo cheiro de perfume amadeirado, braços peludo e tatuado, relógio e dedeira de ouro já imagino que seja homem possível um dos bandidos - meu deus me desculpa, foi sem querer. _ olho pra quem me segura e quase perco o fôlego vendo Kevinho me olhando sério enquanto me mantém segura em seus braços fortes Kevinho- presta atenção caralho, molhou todo meu braço _ seu tom de voz grossa e rude faz meu coração estremecer acelerando, e eu me afasto de suas mãos na mesma hora - não foi por querer, alguém esbarrou em mim e eu me desequilibrei em cima de você. Não tive culpa nenhuma… _ justifico nervosa, com medo do seu olhar frio sobre mim. Ele não diz nada e continua me encarando sério, esquadrinhando meu rosto, me deixando mais nervosa ainda _ desculpa mesmo, eu juro que não foi por querer. Nem te vi passar e mesmo se visse jamais ia dá uma dessa. A bebida tá cara não ia desperdiçar derrubando em você a toa, se é isso que você está pensando. Não tive intenção _ sorrio sem graça, sentindo meu rosto esquentar, aperto meus dedos acanhada, sem saber o que dizer. Tay aperta os lábios pra não ri e eu percebo mais pessoas nos encarando. Ele não diz nada, da as costa e segue entre as pessoas sem que abrem espaço pra ele passa. Como eu queria enterrar minha cabeça no buraco de tanta vergonha e esse povo não para de me olhar cochichando Xx- desculpa moça, foi sem querer. Eu não te vi atrás de mim _ uma loira com cabelo chanel me olha envergonhada - tudo bem já passou. Eu também não te vi_ digo sorrindo ela assente e vira conversando com suas amigas Taynara - ai Babi você é foda. Dizer que a bebida tá cara pra se livra do esculacho foi demais _ ela dá risada e eu junto - mais é verdade. Tenho certeza que foi isso que ele pensou. Paguei vinte conto nessa bagaça, acha mesmo que eu ia desperdiçar só pra chamar atenção dele? Taynara- é que você é boba. Eu me jogaria ainda mais pra cima dele e que se foda bebida _ do risada negando, ela entrelaça seu braço no meu olhando por onde ele passou_ O homem é um filho da puta de gostoso e ainda usa perfume Polo Black acaba com a sanidade mental de qualquer uma _ ela abana seu rosto suado e rosado, virando os olhos com drama -menos gata, ele é bonito mais não é pra tanto Taynara- só você que é boba e pensa assim. Qualquer outra no seu lugar teria aproveitado e passado a mão naquele tanquinho dos deuses que ele tem _ dou risada tirando meu braço do seu - e corre o risco de tomar um tiro por ser abusada? Jamais. _ passo a mão na minha perna molhada tirando excesso do líquido melado Taynara- ia nada. Do jeito que ele encarou você, era capaz dele gosta e te arrasta pro barraco dele facinho isso sim _ nego sorrindo olhando pro camarote pensando _ como uma boa amiga jamais diria pra você investir nele, por mais que ele seja um puta gostoso é um grande filho da puta também. Não vale nada. Mas se for só uma sentadinha de quebrada não dá em nada também. Dizem que ele tem uma pica maravilhosa é fode bem pra caralho, só não vale se apaixonar, porque o que o filho da puta tem de gostoso tem de escroto, senhor… _ mordo canudinho antes de engolir o ratinho do líquido ardente adocicado - não quero saber de homem nenhum, tô bem demais solteira. O que eu quero hoje é curtir dança sem pensar em macho, pior ainda escroto. Bora dançar que a gente ganha mais.._ ergo as mãos pro alto remexendo a cintura no clima Taynara- E a tua bebida? - perdi até a vontade, agora eu só quero dança _ coloco as mão no joelho e faço quadradinho sensualizando, ela dá risada e me acompanha dançando a música da gaiola... Já tá quase amanhecendo e minhas pernas estão só o pó. Taynara ficou do meu lado a noite todo mesmo depois de fica com alguns garotos na minha frente ela não me abandonou. Já a Karen continuou lá no camarote com as amigas dela e nem thum pra mim, desgraçada. Não que ela me fez falta, com a tay a vibe é bem melhor, só fico puta por ela ter me taxado de otária. Me chama aqui e me abandona por piranha que tá se fudendo pra ela. Minha sorte é ter a Tay aqui senão talvez já tivesse voltado pra casa ou curtiria sozinha mesmo. - to cansada. Acho que vou embora!_ olho pra ela manhosa ela sorri concordando Taynara- dorme lá em casa hoje? Meus pais foram viajar eu to sozinha lá. _ ela faz beicinho - ta bom vou mandar mensagem avisando minha mãe, e a gente vai._ ela sorri animada Pego meu celular e envio a mensagem pelo zap e fomos pra sua casa que fica três ruas próximas daqui. Chegando em sua casa ela me empresta uma roupa pra tomar banho antes de dormir. Minhas pernas estão pregando por conta da bebida que caiu. Acabo sorrindo de mim mesma por derrubar bebida justo nele só por Deus. Se ele resolvesse me cobrar ali eu tava fudida. Podia tá chorando sem meus lindos cachinhos agora. Justo ele não é possível devo está muito azarada, entre tantas pessoas que estavam ali fui tromba justo com ele, ta de brincadeira comigo o destino. Termino o banho, seco e visto o pijama que ela me deu e fomos dormir em sua cama de casal... Acordo e não vejo a Tay na cama, e me espreguiço com preguiça de levantar. Tomo coragem e saio da cama, indo direto pro banheiro fazer minhas necessidades matinais e achando estranho o silêncio da casa. Entro na cozinha, olho no relógio já passando das dez da manhã. Na geladeira tem um bilhete da Tay avisando que foi trabalhar, pedindo pra que eu fique a vontade para tomar café. Faço o que ela diz e preparo meu leite com achocolatado e pão de sal com margarina na assadeira. Como, lavo a louça que sujei e algumas que estavam na pia, e vou pro quarto dela trocar de roupa e volta pra casa. deixo meu cabelo solto, vendo que eles ainda estão definidos e soltos como eu gosto. Coloco a chave na planta que ela falou e saio em direção a minha casa, sentindo o vento balançando meus cabelos. Quando viro a esquina meu coração gela e o frio na barriga me faz querer dar a volta e sai correndo,mas infelizmente meu corpo não corresponde e eu travo no lugar. De todas as pessoas que eu podia imaginar ele é a última que eu queria encontrar tão cedo. Devo ter virado piada no céu, pra eles me deixarem passar por uma coisa desse tão cedo. Podia esperar um mês pelo menos, assim não seria tão constrangedor encará-lo tão cedo. Penso em volta e muda de rua mas ele já me viu e como eu não tenho nada a temer apesar da vergonha eu sigo em frente, fingindo que nada aconteceu. Sinto seus olhos em mim e busco não tropeçar nos meus próprios pés com o nervosismo. Isso só pode ser uma piada, Deus, na6brinca asim comigo... Baixo a cabeça, estalando meus dedos, fingindo está descontraída, quando me aproximo dele e seus homens e pro meu azar ele para mandando eles seguirem e vem em minha direção Kevin — Tu que é a mina que derrubou bebida no meu braço ontem não foi? _ Pergunta olhando dentro dos meus olhos e meu coração acelera ainda mais e eu apenas concordo com a cabeça... — Tu mora na onde? _ investiga mirando bem seus olhos em mim, manejando a cabeça de lado e na minha mente eu já imagino o pior. Ele vai querer se vingar de mim, matando eu e minha família... — Na rua do morrinho! _ respondo apreensiva e ele continua me encarando sério igual ontem, me deixando cada vez mais nervosa e sem jeito — Olha, me desculpa por ontem. Eu juro que foi sem querer. Aquela menina esbarrou em mim quando tava dançando eu nem te vi passar por isso aconteceu... _ Justifico com a voz estremecida e ele sorri puxando o canto da boca Kevin — Relaxa mina, tu já disse isso ontem. _ diz descontraído, cruzando os braços ainda me encarando — E o que você quer então? Vai me mata? _ digo com dúvida e insegura e ele ri pelo nariz negando Kevin — Vou te mata só por ter derrubado bebida em mim maluca? _ Diz irônico e passa a língua entre os lábios, contendo o sorriso e meu rosto esquenta e eu não respondo... — Eu sou um cara ruim, mas não pra tanto, gata! _ confirma com sarcasmo e pisca um olho para mim, girando um molho de chave no dedo com olhar sugestivo... — Então o que você quer de mim? _ Pergunto sem entender seu interesse e o vento sopra meu cabelo no rosto, jogo ele de lado, tirando do meu rosto e ele me encara vidrado e volta a passa a língua entre os lábios outra vez e aperta a boca antes de responder Kevinho — Vou fazer uma resenha com uns parceiros meu no meu barraco amanhã... _ diz enigmático e eu arqueio uma sobrancelha sem entender — Quero que tu apareça por lá pra nois troca uma ideia... _ franzo sobrancelha achando estranho — Eu? Pra quê? _ pergunto cruzando meus braços arqueando uma sobrancelha ... Kevinho— Como pra quê pô? Porque tô te chamando pra cola lá, fi... _ diz ignorante e eu encaro ele por um instante desconfiada — Obrigada, mas eu não tô afim! _ Digo fazendo cara de quem não gostou e ele arqueia a sobrancelha direita desafiando Kevinho — Por que não? — Eu não curto festa, ainda mais com quem eu não conheço! _ digo dando de ombros Kevin— E daí? _ ironiza — E daí que eu não vou... _ digo óbvio dando de ombros e ele cerra os olhos Kevin— Se eu quero que cê vai, cê vai sem caô, fi? Papo é esse... _ diz altivo arrogante, fazendo meus pelos do braço se arrepiam — Você nem me conhece cara, nem eu você! Por qual motivo cê vai me querer na sua casa? _ ironizo sem conter a insatisfação na minha voz Kevin — Foda-se. Eu te quero lá amanhã às quatro. Cê tu não aparece mando te busca na marra, pega visão... _ ameaça alinhando a aba do seu boné e passa por mim esbarrando no meu ombro, todo marrento sem me deixa dar uma resposta...Coloco minhas mãos na cintura, encarando ele pra protestar, mas resolvo me calar com receio do que dizer. Cara maluco! Como ele me obriga assim pra ir em sua casa sem nem saber quem eu siu e ainda contra minha vontade. Quando me disseram que ele era abusado, não imaginei que era tanto e ainda tira onda esbarrando em mim. Encaro ele entrando no meio da sua contenção e os vapor me olham de cima a baixo antes de dar as costa e segui com ele. Respiro fundo passando a mão no meu cabelo inconformada, dou as costa pra eles e sigo meu rumo pra casa pensando no que ele me disse. Que diabos eu vou fazer na casa dele se eu não conheço ninguém? Vo ficar que nem uma otária olhando pra cara de um monte de bandido sem saber o que fazer. Será que ele tá arrumando desculpas pra me atrair até lá, me mata e oferecer minha carne pros convidados? Ai meu Deus, o que eu fiz merecer esse castigo? Eu não o conheço pessoalmente, mais sei bem o wue dizem sobre ele ser frio e não ter compaixão por ninguém. E se ele quiser me machucar o que vai ser da minha vida depois? Só de pensar fico toda arrepiada. Dispenso os mal pensamentos e sigo meu caminho, com a mente longe até chegar no portão de casa. - oi meus gatinhos _ olho pros gêmeos brincando na terra de carrinho Rafael- onde você tava? Gabriel- complô chocolate pra mim?_ do risada negando - tava na casa de uma amiga. Não fui no supermercado Gabriel- aaaa poxa _ diz manhoso, aperto sua bochecha ele me olha _ vacilona _ mando beijo pra ele e entro na sala Cida- ainda bem que você chegou. To indo na Bete arruma o cabelo, olha os gêmeos pra mim - me espera tomar banho primeiro, daí você vai? Cida- então não demora. Ela detesta atraso _ vou rapidamente pro meu quarto, pego a toalha e corro pra tomo meu banho... Kevin Sou cria do Jacarezinho desde pivetinho. Meus pais me abandonaram, saíram pra curtir o mundão e me deixaram pra ser criado pelo meus avós, João e dona Raimunda, que morreram a cinco anos atrás.. Não conhecia eles até quatro anos atrás quando tentaram voltar pro morro dizendo que se arrependeram e não tinham onde morar. Mandei logo os dois pra casa do caralho e se piasse na minha frente outra vez, vão tomar rajadão sem dó. Me abandonaram quando eu não era ninguém agora que tenho tudo do bom e do melhor querem desfrutar dos meus bagulho com desculpinha que estão arrependido? Meu pau que eu aceito. Quero mais é que eles se fodam e vão pra puta que pariu, bem longe de mim. Tenho 29 anos, nunca precisei deles pra porra nenhuma. Meus pais sempre foram e serão seu João e dona Raimunda, o resto não existe pra mim. Enquanto eles estavam curtindo a vida, eu tava sobrevivendo junto com meus avós. Entrei no crime com 12 anos, depois que meu avô quebrou a perna e não pode mais trabalhar, então tive que correr atrás do meu e ajudar os dois dentro de casa. Larguei os estudos e me envolvi de cabeça no crime e desde aí a maldade foi crescendo dentro de mim, me tornei um cara argiloso, sangue frio que não tem medo de nada nem ninguém. Vivo sozinho e conquistei tudo que tenho na raça até conquistar e chegar onde eu cheguei. Não sou mais que ninguém, mas sei do meu valor e não abro mão. Conheço a maldade e a malandragem da pessoa só no olhar. Nego pra bater de frente comigo tem que ser muito bom se não cai e eu estraçalho sem dó. Sou fechadão com os meus mais raça mas confiança mermo só em Deus. Ando sempre com olhos abertos até mesmo com quem está do meu lado. Nego pra te matar se torna até seu aliado, e o pai aqui não dorme nunca, sempre ligeiro. Mulher então nem se fala, só servem pra encher meu saco, querendo meu patrício mas eu me amarro comer. Comigo nenhuma se cria, tô ligado que são tudo mercenária, vivem atrás de mim pelo que tenho e por ser o mais gostoso ta ligado?! Me gabo mermo. O pai aqui além de chefe é gostoso pra caralho, mané! Onde passa as mina tudo cresce o zóio no bandidão postura, haha.. o pai tem talento. É só passar com a tropa que elas se joga tudo rendendo e eu só escolho as top ro nem vendo. Não acredito nada desses bagulho de amor tá ligado!? Pra mim é só um pente rala sem sentimento mermo, e que se foda o resto. Se ficar no meu pé eu mando logo e se fude pra bem longe, zero paciência pra mina emocionada, visão mermo. Vivo minha vida na maior tranquilidade, comandando meu morro, correndo atrás do meu sem por outros cantos estresse. Sou um cara frio, calculista. Gosto de andar pelo que eu acho certo tá ligado?! Não nasci pra agradar ninguém esse é o meu lema. Pra tá do meu lado tem que ser na transparência, porque se vacila é só rajada sem ressentimento. Sou destemido, bato de frente com quem for sem medo e não perdoou vacilão. Comigo é assim vacilou dançou, se tá no erro é cobrado e se quiser bater de frente e só chegar que bala pra troca seja com os vermes ou os alemão estou sempre a disposição tá ligado?! Bagulho com nois se resolve no aço e quem não gosta tem que me engolir no piano pra não me estressar, porque se aperta minha mente é bala na cabeça sem dó neguinho. Todo dia de manhã gosto de dar um pião no morro pra ver como ta o movimento, e verificar se os meus tão andando no certo. Gosto de ver como anda a rotina dos moradores e se tem um desconhecido na área rendendo. Nunca se sabe quando um inimigo vai atacar infiltrado x9 na quebrada, tenho que fica ligeiro. Aproveito pra cobrar os nóias filho da puta, que compram e não paga me dando mó prejuízo. Sou conhecido por vende a melhor cocaína do Rio de Janeiro, então vem neguinho de todo canto compra e sempre tem uns engraçadinhos que vem paga de maluco sem saber que eu sou mais ainda. Comigo é pouca idéia tá ligado?! Se não anda no certo é tiro de AK no peito, caixão lacrado sem ressentimento parceiro. Comando o Jacarezinho a seis anos, vários tentaram me tirar e não conseguiram. Os vermes já conseguiram pacificar uma vez, mas foi em vão. O pai voltou mais forte que antes e derrubou todos eles na maior curtição. Esse é meu caminho, quem curtir me segue quem não curte vai toma no cú pra lá, e não embaça minha briza que eu sou tranquilão. Gosto da minha paz e faço o possível pra não me estressar, porque se eu me estressar parceiro, não sobra nada e quando sobra não pode testemunha, até porque quando se vira pó ninguém fala neguinho…
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