Aimee Hutton

1513 Words
Sua voz saiu num sussurro, ela me olhou ainda vermelha, Aimée segurou meu braço com força, era óbvio que aquela garota estava em total pânico, ela deveria estar se perguntando se poderia confiar em mim.  — Nick não conta para ninguém, por favor. Ela falou rapidamente, quase tropeçando nas palavras, eu entendia o motivo de estar em pânico, o fato de estar escondida aqui, mesmo sendo uma péssima ideia, ela queria manter tudo sob segredo absoluto. — Nunca faria isso com você, Aimée. Ela suspirou pesadamente, eu sabia que ela estava aflita agora, mas não tinha qualquer motivo para prejudicá-la, ela se apoiou nos braços levando o rosto para trás, pegando o sol do fim de tarde.  — Isso explica o motivo de você querer um namorado falso!  Eu falei, vendo ela me olhar brevemente, ela virou o rosto em minha direção e como se ela pedisse uma explicação com os olhos. — O quê? Ela perguntou com indignação, ela se ajeitou ao meu lado, trazendo sua bolsa para o colo, ela remexeu dentro da bolsa vermelha, pegando o celular, conferindo algo em suas mensagens, ela suspirou levemente devolvendo o celular para a bolsa, antes de olhar para mim novamente, ela sorriu, quando nossos olhos se encontram. — Você queria esconder ser lésbica? — Não sou lesbica. Eu olhei para Aimée, como ela não era lésbica? Aimée tirou a bolsa de seu colo colocando um pouco mais a frente na grama, ela usou de travesseiro, deitado ali mesmo. — Eu sou bissexual, Nicholas. — Certo, mas, porque essa ideia de ficar com outra garota logo aqui? Sabe que as pessoas aqui, não vão te deixar em paz, se rolar um vídeo seu desse jeito. — Eu sei que isso foi estupido demais! Mas não estávamos conseguindo nos encontrar como havia combinado a semanas. Ela suspirou pesadamente, olhando para nuvens que passavam de forma vagarosa pelo céu, eu aproveitei o seu momento de distração para deitar ao seu lado. — Ela mandou mensagem para mim, na aula, aquela confusão foi porque eu pulei de alegria, ela disse estar aqui, visitando alguém, por isso eu a chamei, mas era apenas termos uma conversa, porém, você notou que foi, além disso. — Da próxima vez tenha mais cuidado. — Eu vou ter mais cuidado. Ela suspirou antes de levantar subitamente e se sentar, ela olhou para mim, os olhos castanhos pareciam com um brilho divertido. — E a primeira vez que realmente conversamos de verdade! Não podia deixar de concordar com ela, não conseguia lembrar de uma vez havíamos conversado de verdade, Aimée sorriu olhando para direção da escola, eu apenas observava, ela merecia de fato o título de mais bonita da escola, seus cabelos sempre viviam curtos, mas cor poderia mudar da noite para o dia, agora ponderava o castanho em seus fios, acentuando a sua pele morena clara, os olhos verdes deixavam ainda mais bonita, a sua beleza era incomparável. — Eu vou indo, acabei de ser dispensada, vou me afogar em sorvete! — Como assim? — A garota que estava comigo, mandou mensagem um tempo atrás, devido às "circunstâncias" não vamos mais nos ver. Eu passei a mão no rosto, sabia que aquilo era culpa minha, mas não havia motivo de alarde, não iria divulgar o vídeo, muito pelo contrário, iria apagar quando chegasse em casa. — Não se preocupe, Nick! Eu e ela não temos nada realmente sério. — Sabe que isso foi um acidente, eu pensei que fosse uma das santinhas da escola. Ela me olhou de esguelha, pode ver uma dúvida surgir em seu rosto, ela obviamente havia interpretado errado ou não, eu não sou tão hipócrita, se fosse necessário eu usaria o vídeo para chantagem. — O que você faria se fosse uma santinha? — Não publicaria por nada, mas tem muita gente lixo aqui, Aimée. Mas eu não vejo o motivo para não usar como chantagem. Ela me olhou com um sorriso cínico, eu o devolvi no mesmo tom, vendo ela sorrir de repente. — Nunca disse que não era lixo de pessoa. Eu falei vendo ela me olhar com receio, a verdade era essa ninguém presta 100%, eu não era santo e muito menos justo, até porque para mim, eu era justo com quem era igualmente justo com os outros. — Eu tenho que ir, nós nos vemos amanhã. Ela suspirou profundamente, antes de se levantar, pode ver ela deslizar a mão sobre a saia tirando a sujeira, Aimée sorriu para mim, colocando sobre os ombros a bolsa preta. — Quer uma carona, eu vi que você chegou a pé hoje. Ela pareceu pensar, pode ver ela concordar com a cabeça, geralmente eu sempre a deixo em casa, mas essa era a primeira vez que eu pedia sua companhia de verdade. Nós saímos dali seguindo para o estacionamento, que não demorou a  chegar. Podemos notar estar lotado de alunos, Aimée segurou na minha mão, como sempre fazíamos nessas horas, eu olhei para ela sua expressão era calma e doce, não era nem de longe olhar que ela tinha enquanto àquela garota chupava ela. Não consigo agarrar na cintura dela, trazendo para mim. — Algum motivo especial para fazer isso? Ela sussurrou para mim, os olhos verdes atentando ao nosso redor, não pode conter a vontade de provocá-la ali no meio de todos. Eu me aproximei de seu ouvido, sentindo o cheiro doce de seu perfume, pude sentir sua pele arrepiar quando respirei ali. — Você não tinha esse olhar doce quando sua amiga estava te chupando. Pode ver ela sorrir minimamente, Aimée me olhou de esguelha, os dedos dela levaram o cabelo para atrás da orelha, fazendo nossos olhos se encontrarem, pela primeira vez, eu senti vontade de realmente beijá-la, por conta disso eu me afastei. — Você não vai esquecer disso, né? Ela me olhou, eu não podia simplesmente esquecer,  não fazia muito do meu estilo deixar para lá, ficar quieto, Aimée apenas assentiu com a cabeça com um sorriso sarcástico nos lábios.  — Fica esperto, viu! Ela falou desviando o seu olhar do meu, eu quis rir, pela sua falha ameaça, mas a vontade passou quando eu notei quem nos olhava, a garota sorriu sem notar, me fazendo desviar o olhar dela rapidamente, aquela que eu acidentalmente cruzei olhar era Lívia, uma garota qual poderia me tirar facilmente do sério, devido a sua personalidade perseguidora.  — Vamos embora! Eu falei quando chegamos ao meu carro, Aimée entrou no carro sem muita ressalva, eu fechei a porta, vendo agradecer com um gesto sutil, após encontrar os olhos de Lívia na multidão agora parecia mais que certo sair dali. — Ela ainda fica atrás de você? Meus olhos que estavam fixos no retrovisor mudaram rapidamente para ela, suas sobrancelhas arqueadas mostravam quem ela estava falando. — Conhece a Lívia? — Sim, ela veio falar comigo. Eu a olhei, vendo seu rosto ficar sério, Lívia poderia ser extremamente volátil, às vezes poderia se tornar violenta com facilidade. — Ela me afirmou que vocês estavam tendo um caso, que você não iria assumir ela, enquanto estivéssemos juntos, eu disse que isso parecia uma mentira, ela odiou, me ameaçou e tudo. — Ela ameaçou você!? — Sim. Ela sorriu como se lembrasse da cena, olhei para frente me perguntando o que Lívia tinha na cabeça, mas minha linha de raciocínio foi interrompido,  Aimée começou a rir repentinamente. — Não se preocupa Nick, não sou o tipo de pessoa que leva a ameaça na brincadeira, Lívia está avisada que eu não deixo as coisas passarem. — Tudo bem, qualquer coisa me avisa. Ela assentiu com a cabeça, Aimée virou o rosto encarando a janela do carro, vendo as coisas passarem ali. — O que você está pensando? — no fato de nós sermos oficialmente namorados de mentira, e nunca havíamos conversado mais do que três palavras. Ela não estava errada, agora ao menos eu a via sentido ela pediu um namoro falso, o fato dela precisar esconder sua verdadeira sexualidade. — Eu tenho uma pergunta para você? — Fala. — Porque chama você de playboy gênio. Eu ri, me chamam de quê? Olhei para Aimée que parecia esperar uma resposta, eu jurava que ela estava querendo me zoar agora. — Eu fiz o teste de admissão e passei com 100% de acertos, além de aprender com facilidade, eu sou o quarto melhor da escola, mas devido ao meu constante mau comportamento, eu sou facilmente retirado dessas listas escolares. — entendi. — Acredito que daí vem esse apelido, que eu nunca ouvi falar. — Quem seria louco de te chamar assim na sua frente! Ela sorriu, era uma verdade inegável, ninguém teria a coragem de referir a mim desse jeito na minha frente, porque acham sempre que eu vou explodir.          Aimée sorriu para mim, eu não poderia imaginar como poderia construir uma breve amizade com um acontecimento tão bizarro, eu podia ver sua casa já estava perto, eu parei logo a frente, vendo ela saltar para fora do carro, antes de mim para-lo. — Eu tenho que ir, nós se vê amanhã!
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