Capitulo 9: Covarde?

1222 Words
Talvez eu estivesse me comportando como uma covarde, me escondendo dentro do meu quarto, implorando para que Sasuke não viesse até aqui, mas ainda sim, minha mente fantasiosa me pregava peças, porque eu imaginava ele vindo ali, na porta, batendo e falando coisas que nunca ouviria dele. Mas não importava porque faltava pouco tempo para que eu saísse dali, eu tinha certeza que seria uma noite tão agradável, que esqueceria tudo em que estava relacionado a Sasuke. Pelo menos umas sem pensar nele, eu agradeceria por isso. Durante a tarde eu recebi o bilhete de Iwadate, ele pediu para que a gente se encontrasse no restaurante, já que o turno dele acabaria em cima do jantar não daria para ele vir me acompanhar. Para mim assim seria melhor, às vezes Sasuke tinha reações inesperadas, tão inesperadas que poderiam assustar qualquer um. Até mesmo hoje sua reação foi inesperada, as coisas que havia falado para mim, eu sei que não sou uma pessoa fraca, não sou mais! Porém, ouvir da boca dele, do meu companheiro de time que eu havia me tornado uma kunoichi forte, e que estava ao lado deles agora me deixou orgulhosa. Pobre coração meu, que está nesse mundo pra sofrer, mas eu estava decidida a seguir em frente e achar felicidade e paz para o meu pobre coração machucado. Por isso, estava ali revirando meu pequeno armário, procurando um vestido para sair, mas honestamente eu só tinha dois tipos de roupas, para missões e para os plantões.  Mas me lembrava de uma peça, a qual havia ganhado de presente, depois de tempos enfim achei a peça totalmente fora dos padrões normais das minhas roupas. Eu coloquei sobre a cama o vestido azul de mangas curtas, e os pequenos galhos de cerejeira adornavam o vestido, lembrava que Ino havia me dado de presente de aniversário. Nem sequer lembro de tê-lo usado, mas essa era uma boa ocasião. Peguei a toalha indo em direção ao banheiro, porém, eu parei quando as batidas na porta soaram pelo ambiente, eu movi contra minha vontade até a porta, sabendo de quem se tratava. Quando abri, não deixei a surpresa se transparecer, o Sasuke mais novo estava parado ali, apoiado no batente da porta. — O que você quer? Eu perguntei diretamente, não querendo ser grossa, mas só vendo que se caso ele me prendesse ali, eu me atrasaria. — Quero tomar um banho.  Sua voz saiu desdenhosa, eu revirei os olhos, talvez eu fosse completamente louca de ser apaixonada por esse cara, mas eu não podia negar que sua versão mais velha havia chegado  ao ápice, nem sequer estou falando de sua aparência. — Vai ter que esperar, tenho que sair. Quase que automaticamente eu fechei a porta, dessa vez não esquecendo de fechá-la devidamente.  O banho foi tranquilo, enquanto lavava meus longos cabelos curtos, Ino odiava essa piada, por já ter ouvido inúmeras vezes, além de que meu forte definitivamente não era humor. Quando enfim terminei, sentia o leve frio no estômago, eu sei que era apenas o Iwadate, mas se eu fosse pensar direito, aquele era o meu primeiro encontro. E quando falo primeiro encontro, significa que é a primeira vez que eu saio com um cara envolvendo qualquer interesse romântico, então sim, eu estou nervosa, mas não imagino que nada venha dar errado. Afinal, Iwadate se declarou para mim, faria o que fosse possível para me conquistar. Quando saí do quarto estava pronta para ir até o local em que ele havia marcado, eu tentei ser o mais silenciosa possível, porém, ao chegar na sala, não havia como evitar, ambos os Sasukes me veriam sair pela porta, já que para minha surpresa, eles estavam sentados na sala, lendo algum pergaminho qual no momento era a última coisa que me interessava. Senti o metal gélido em minha mão, não pude evitar o som da maçaneta sendo aberta, evitei olhar para trás, sabia que ambos me encaravam agora. — Você vai mesmo? Aquela voz sempre me fazia tremer, e eu odiava, porque fraqueza não fazia mais parte de mim, mas lá estava Sasuke, mostrando que não importa quantas coisas eu ultrapasse, eu nunca vou esquecer esse sentimento. Mas eu sei que eu sentir isso, não o obriga a sentir o mesmo, e jamais aceitaria qualquer sentimento falso ou forçado dele, porque a dor de não sentir amada é r**m, mas a dor de ter falsas esperanças e muito. — Sim, eu vou avisar por educação, vou chegar tarde, então não se incomodem com o barulho de madrugada. Quando cruzei a porta, fechei tão rapidamente quanto abri, Aquela era minha liberdade, eu estava pronta para me emancipar dos sentimentos que tinha por Sasuke. Sentia o vento soprar levemente pelas ruas, a brisa fresca me fazia sentir animada, o restaurante estava um pouco afastado da minha casa, mas eu não importava em andar um pouco. Mas o que me deixou intrigada era com o fato de ter a leve sensação de estar sendo seguida, mas por ser completamente paranóica eu ignorei essa sensação crescente. Quando enfim cheguei ao restaurante, procurei por Iwadate, porém, ainda não havia chegado. Por isso me sentei logo na entrada, para quando ele chegasse me visse.  Só tinha um problema, ele nunca chegava, já fazia um bom tempo que estava sentada ali, para aplacar a ansiedade, cada vez que o garçom se aproximava, eu tomava um copo de Saquê, a demora de Iwate logo se tornou certeza que ele não viria. Sabe quando você sente que sua vida não podia piorar, aí vem uma coisa e deixa muito pior? Eu não podia sentir um sentimento profundo por Iwadate, mas por esse motivo eu deixei ele se aproximar de mim, deixei uma brecha para que nós nos aproximamos. Quando saí do restaurante, eu definitivamente não queria voltar para casa, olhar para ambos Sasuke me deixariam pior. Por isso eu me arrastei para o lado contrário, seguindo para um bar qual tinha o melhor saque de Konoha, era costume passar por ali depois dos longos plantões.  E não era difícil encontrar com Kakashi também, principalmente nas madrugadas. Quando me sentei na cadeira quase no fundo, eu notei que estava completamente fodida se tratando de amor, certo? Talvez  eu pudesse pensar que ele teve algum problema e não pode aparecer, mas se esse fosse o caso ele pediria para alguém me avisar. Eu dei uma chance para ele e agora bem, não terá outra.  Quando o garçom trouxe a garrafa de saquê, eu nem sequer fiz questão de pedir qualquer aperitivo, apenas bebi para me sentir mais quente e feliz. A sensação que aquele pouco líquido me dava, podia ser diferente dos demais, por que, eu não esquecia qualquer que fosse meu problema, eu só o via com menos seriedade, então, pensar sobre Iwadate e Sasuke apenas me fazia rir. Nem um deles de fato me merecia, eu sou boa demais para dois idiotas como eles. — Sakura? A voz me fez perder a linha do pensamento, eu parei de rir, olhando para a figura para atrás de mim, os olhos castanhos escuros quase negros me encarava, Kakashi sorriu levemente por baixo da máscara. Ele se moveu para a cadeira à minha frente, podia notar o cansaço em seu corpo, porém, a noite que havia começado errado poderia com ele, terminar da maneira certa.
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