Capitulo 3: Desentendimento

3774 Words
As leves batidas na porta fizeram Saito despertar, ele se moveu contra a sua vontade sentando-se na beira da cama, ele olhou o relógio na mesa do canto, “05H03M”. Saori dormia virada para o outro lado dando a visão de sua b***a carnuda e redonda, as pequenas linhas que marcavam o natural corpo da mulher, se disse que era homem que se importava com isso seria mentira. Preferia as mulheres mais naturais, ele tinha um fraco por mulheres como ela.  Novamente as batidas roubaram sua atenção, ele a contragosto levantou, pegou sua calça jogada no chão, vestiu com pressa, seus passos curtos até a porta, ele abriu vendo nada menos que seu irmão parado ali com uma cara de mau humor. — Sabe que ainda são cinco horas da manhã? Nosaka olhou por cima do ombro quase enfiando a cabeça dentro do quarto, Saito puxou a porta para evitar a visão da mulher nua em sua cama, recebeu um olhar reprovador do irmão mais velho. — O que você acha que está fazendo?  Saito o encarou com um sorriso irônico, porém, antes que soltasse uma piada foi impedido pelo seu irmão. — Sabe que estavam seguindo você ontem?  Saito assentiu com a cabeça, descrição não era o forte daqueles idiotas, ele pensou enquanto fechava a porta. Caso acordasse Saori, ela não podia ouvir o teor da conversa dos dois. — Sabe que pode ter colocado essa garota no meio da sua vida sem querer?   Nosaka era um homem que temia que inocentes se envolvesse no meio dos negócios da família, era perigoso demais, quem não sabia no que estava se metendo morria sem nem saber o porque, eles aprenderam que nunca deveria trazer uma mulher para sua casa, o que para ele poderia ser apenas mais uma transa, para o inimigo poderia ser a chance de se vingar dos Yoshida, uma morte que não iria lhe abalar  em nada se acontecesse, mas a família que perdeu seu ente querido sim. — Foi só sexo e não vai acontecer de novo, eu acho? Ele lembrou da noite, ela era uma mulher que poderia curtir por toda a noite e dia, mas sabia que seu irmão estava certo, isso havia sido um erro, que ele iria tentar corrigir. — Saito, você vai se responsabilizar pela vida dessa mulher?   Saito olhou em seus olhos, ponderou alguns segundos, nunca havia tido qualquer problema quanto a isso, porque logo agora teria, porque justo com Saori? — O que você veio fazer aqui? Não veio aqui para vigiar minha transa.  Nosakai revirou os olhos, ele encarou o irmão mais novo, a verdade que haviam tido problemas em um dos seus muitos negócios, teria que avisá-lo de qualquer modo, ele era o líder daquela casa. — Houve problemas com os carregamentos nas docas. Saito achou melhor não discutir tal assunto naquele corredor, havia notado que a jovem mulher que estava em seu quarto era um tanto curiosa, ele entrou no quarto apenas para pegar uma camiseta,ele andou silenciosamente até o closet, pegou a camiseta. mas antes de sair, Saito andou ate a cama, seu quarto era extremamente gelado, ele gostava dessa maneira, mas podia ver que ela não era da mesma maneira, já que seu corpo estava encolhido e tremulo, ele puxou a edredom que ficava ao pé da cama, ele colocou sobre a mulher nua, esperava que pudessem repetir o sexo assim que terminasse de se resolver os assuntos com Nosaka, ate porque depois que ela fosse embora nunca mais a veria. Ele seguiu para fora do quarto, indo para o escritório no primeiro andar, seu irmão o seguia de perto, as escadas pareciam mais longas do que realmente eram, o cansaço por passar a madrugada transando se fez presente, não poderia negar Saori havia acabado com ele, talvez por isso quisesse ainda mais.   Eles seguiram o longo corredor ao lado da escadaria, pararam na porta de madeira esculpida a mão que ficava no final do corredor, clima ali dentro era totalmente diferente do resto da casa,  era tão frio e escuro que às vezes nem parecia que era dia, as paredes eram feitas pedras, colocadas de maneiras alinhadas e organizadas, as estantes de livros enfeitava aquele local, entre as estantes havia uma grande lareira onde o fogo crepitava.  Saito se sentou na poltrona atrás da grande mesa, ele pegou o controle dentro da gaveta ligando as luzes, Nosaka se sentou à sua frente, o homem de cabelos negros suspirou antes de falar, ele passou os dedos pelo cabelo arrumando para trás, com certeza seu irmão mais novo ficaria irritado, ele teria que aguentar seu mau humor irônico. — Houve um problema nas docas. Nosaka falou manso, vendo o olhar irritado do seu irmão, ele sabia que Saito não gostava de enrolações, ele era um homem direto. — Que problema?   Saito falou direto como sempre, odiava rodeios, se algo aconteceu que falasse logo para resolver sem demoras, mas todos gostavam de pisar em ovos antes de falar com ele, isso o irritava profundamente. — Creio que alguém está nos traindo, ele está entregando a localização da sua mercadoria para o Hebi. Hebi era o principal inimigo territorial de Saito, A família Yoshida era quem comandava o tráfico, o contrabando, entre outras atividades criminosas em quase todo o Japão, eles eram seguidos por outras casas ou máfias se preferir, menos o Hebi que lutava com frequência para conseguir a liderança do país, estava começando a ficar irritante para Saito. — Eu realmente queria que você me contasse uma novidade. Saito revirou os olhos irritados, ele melhor do que ninguém sabia que alguém estava o traindo, logo saberia quem era i****a o suficiente para fazer isso. Enquanto sua mente maquinava sobre quem poderia estar o traindo, podia ouvir as fracas batidas na porta. — Entre. Ele falou, vendo a porta ser aberta pela sua empregada, a mulher de cabelos pretos adentrou o local, as xícaras sobre a bandeja de prata, grudadas sobre os s***s, Saito suspirou entediado, mas sua mente lhe traiu, levando até a mulher em sua cama. — Bom dia senhores... Trouxe o café. A voz saiu melodiosa, tudo o que ela queria era impressionar Saito, ela havia se apaixonado por ele assim que o viu a mais de 6 anos atrás, no seu primeiro dia ali, desde então já tentou de tudo para chamar atenção dele, mas não parece adiantar. — Bom dia, Mirai. Saito respondeu um tanto sem ânimo, levando um olhar de repreensão de seu irmão mais velho, Mirai era uma boa funcionária não tinha como negar, mas suas investidas contra o Yoshida enchiam a sua curta paciência, não tinha haver com ela ser sua empregada, tinha haver com ela estar apaixonada, ficar com ela, só alimentaria uma história que não existe.  Ela entregou a xícara para Saito com um enorme sorriso, ele revirou os olhos sem notar, deixando a garota um tanto sem jeito, ela entregou a xícara para Nosaka com um sorriso sem graça. Ela se dirigiu para a porta, porém, a voz de Saito a parou, ela virou com alguma esperança de ser um pedido de desculpas, pela grosseria dele. — Mirai, leve o café da manhã para minha… amiga, em meu quarto, por favor. Mirai suspirou antes de dizer um "sim" fraco, ela caminhou de maneira automática para a cozinha, sentindo o peito dolorido, ele estava com alguém? Quando ele começou a sair apenas como uma? E o mais importante: quem era ela? Sempre soube o porquê dele não trazer ninguém para cá, mas porque ele traria logo agora? Ela verificou a geladeira. Aquela era a primeira vez que Saito trazia uma mulher para sua casa, Seria mais uma transa ou seria algo sério? A tristeza se tornou raiva, era ela que deveria estar na cama dele, sendo servida com as comidas mais caras e de melhor qualidade do mundo, ela quem deveria estar com ele, pelo menos era o que se passava pela cabeça dela. — Tudo bem, Mirai? Sua companheira de trabalho perguntou, vendo que Mirai passou muito tempo encarando o pobre do mamão que havia colocado sobre o balcão, ela fechou as mãos em punhos, pela cara que sua amiga fazia, ela estava prestes a fazer uma merda. — Sim. Ela guardou tudo novamente na grande geladeira que estava atrás de si, com passos rápidos deixou o local, Kyo a encarou um tanto confusa a atitude da companheira de trabalho, ela foi até a porta da cozinha vendo a Mirai marchar para o rumo da escadaria. Mirai subia as escadas de forma rápida,seguindo para o quarto de Saito, ela parou na frente da porta n***a, ela alisou os cabelos negros, abriu os primeiros botoes do uniformo deixando os s***s quase a mostra, ela virou a maçaneta, entrando no quarto do seu patrão de uma maneira ríspida, ela encarou a mulher de cabelos azuis usando a camiseta que ele havia saído ontem, ela odiava essa mulher por ter lhe roubado Saito. Saori a encarou de maneira surpresa, os olhos dela deslizou por toda a figura a sua frente, ela olhou para a mulher de cabelos negros a sua frente, Saori reparou nas roupas que ela usava, deveria ser a empregada. — Bom dia. Saori falou educadamente, recebendo apenas um olhar grosseiro da mulher a frente, Saori encarou a mulher a poucos passos de si, ela não fez questão de responder. — O senhor Yoshida, mandou que eu lhe desse um recado. Saori encarou a mulher que agora esboçava um sorriso venenoso em seu rosto, ela mexeu a mão sinalizando para a mulher continuar, Mirai não havia pensado nas consequências de tudo aquilo, ela colocou as mãos na cintura. — Ele está em uma reunião de negócios, por isso pediu para que eu viesse aqui. Ele pediu para que você se retirasse antes que ele voltasse para o quarto. Ele não quer mais perder tempo com você, entende. Saori encarou Mirai com certa incerteza, Saito falaria isso? Ele não parecia um homem tão grosseiro, ele parecia mais do tipo que ofereceria uma carona, mas ela acabou lembrando de um ponto importante, Sexo de uma noite, apenas, isso. Ela lamentou achou que poderia ter mais algum proveito do homem que se saiu muito bem, lhe dando prazer, gostaria ter aproveitando a amanha com ele, ela queria saber sexo matinal realmente fazia bem como falavam. — Diga para ele que a noite foi ótima. Saori deu uma piscadela para Mirai que saiu do quarto mais irritada do que nunca, Saori ficou sozinha, ela desabotoou a camiseta que usava, ela se sentiu desapontada queria repetir o sexo com aquele homem que levou a loucura hora atrás, o corpo esquentou lembrando da língua dele acariciando regiões impróprias do seu corpo. Saori afastou os pensamentos pecaminosos, ele queria que ela saísse ela sairia, mas não sem provocá-lo, ela tirou a calcinha que havia colocado não fazia muito tempo, deixou sobre a cama dele. Ela foi procurar seu vestido, ela o pegou sobre o divã, o vestido deslizou pelo corpo encaixando perfeitamente, mas ela sentiu algo errado, ela lembrou do r***o, ela sussurrou um “merda”, ela olhou o r***o na lateral do vestido, um suspiro deixou seus lábios, Saori abaixou pegando a camiseta que havia acabado de tirar, para sua sorte a camiseta dele havia ficado um vestido nela, ela pegou os sapatos, colocando os saltos. Saori pegou sua bolsa, ela revirou o pequeno compartimento, mas não encontrou o celular, havia deixado em casa, ela soltou um suspiro irritado, Saori mordeu o lábio sua casa ficava longe demais para ir a pé, ela viu o celular de Saito estava entre as dobras do divã, ela pegou pedindo aos céus que não tivesse senha. Ela destravou o aparelho, quem em sã consciência não coloca senha no celular? Ela procurou por qualquer aplicativo de transporte, encontrou o Uber. Pediu um carro para sua casa, qual a possibilidade dele descobrir que aquele era o endereço dela? Afinal ele sequer parecia que usava aquilo para alguma coisa. Quando o motorista aceitou a corrida, ela limpou as notificações. Ela saiu do quarto silenciosamente, tinha deixando o celular onde havia pego , Saori desceu a escadaria vendo que Mirai esperava na porta, Ela parou no meio do hall, de frente para o longo corredor, ela viu o homem cabelo negros deixar a última sala, por mais parecido que fossem aquele não era Saito, Saito saiu fechando a porta atrás de si, Saori e o encarou por míseros segundos antes de voltar a andar para a porta, ela havia demorado demais. Em passos rápidos deixou a mansão do Saito, deixaria para conversar com ele outra hora se é que iriam, a verdade era que não iria, mas era por isso que havia se inscrito em um site como aquele, então porque ela se sentia levemente desapontada? estava tão carente a esse ponto? Ela pensou consigo mesmo, Saori andou até o carro que estava do lado de fora, entrou sem muita demora. Observou pela janela do carro quando o homem que compartilhou a noite saiu pela longa entrada da mansão, seu rosto parecia confuso, eles se encararam por um breve segundo, pode ouvir a voz dele, “ espere” ele falou vendo o carro sair. Ela não podia negar a atração que sentia pelo homem que m*l conhecia, era estranho sentir isso depois de tanto tempo de apenas desinteresse de sua parte, em sua mente ela repetia que estava louca, que a carência estava presa em seu subconsciente, passou meses sem sexo, agora que conseguiu, deveria estar satisfeita, ir para o próximo que achasse no site, mas se ela não desse sorte como agora? Mas sua mente ela se obrigou a pensar que aquilo era apenas carência, quero dizer que talvez pela carência e falta de sexo por tanto tempo, ela poderia pensar que ele não fode tão bem assim, o único jeito de descobrir seria t*****r com esse homem de novo. Ele a agradava em muito aspectos, era bonito, inteligente, com um p… Ela balançou a cabeça, não ia começar pensar logo nisso, ela mordeu a unha do polegar sentindo a incerteza sondar seus pensamentos, nem pensar iria t*****r com ele de novo, mas talvez devesse apenas para saber se Saito era realmente bom? Afinal, 5 meses sem sexo, pode estar fazendo um julgamento muito precipitado do rapaz. Ela encarou a janela, os prédios coloridos refletiam no vidro, as lembranças do sexo com o Saito rondavam sua mente, perturbando seus pensamentos, ela não queria pensar nisso novamente. Saori encarou as mãos unidas sobre seu colo, porque elas pareciam tão vazias? Ela deslizou os olhos pelo local, agora havia se dado conta de uma coisa muito importante, onde estava sua bolsa? Ela suspirou frustrada, havia esquecido sua bolsa na casa do Saito, ela revirou os olhos com tamanha idiotice, porque logo lá? Ela se recusava a voltar até lá, ainda mais agora que Saito havia deixado claro que havia sido apenas por uma noite. — Por favor, altere o destino. O motorista olhou pelo espelho vendo a bagunça que estava sua passageira, Saori notou um olhar estranho para si, mas ela estava cansada para retrucar qualquer coisa, por isso os olhos dela desviaram, ela suspirou olhando pela janela. — Qual o endereço? Saori passou o endereço de sua melhor amiga Isoko, torceu para ainda estar em casa, afinal ambas trabalhavam no mesmo hospital, mas a diferença era que ela estava de férias enquanto Isoko ainda estava longe das férias dela, Saori se pegou pensando novamente no Saito, ela precisava parar com isso, ela mordeu o lábio, sentindo que essa história ainda acabaria mau para ela. O carro parou em frente a casa da Tanaka, ela desceu do carro, verificou se a camiseta do Saito não estava torta, ela seguiu para a porta, passando pelo pequeno Jardim da casa da sua amiga, as margaridas coloridas enfeitavam o local. Ela tocou na companhia, esperou um pouco podendo ouvir o barulho dentro da casa, alguém mexeu na maçaneta, quem abriu foi Haroshi marido de Isoko. — Saori? Você levou uma surra antes de chegar aqui? Saori arqueou a sobrancelha, não havia entendido o comentário de Haroshi? Ela suspirou pesadamente, vendo os olhos castanhos dele em seu pescoço, Haroshi não era do tipo m*l educado por isso, ela pode ter certeza que algo não estava certo. — Eu perdi minha bolsa! Não tenho como pagar o motorista, nem como entrar em casa, por que a p***a da chave estava na minha bolsa. Haroshi riu vendo a desgraça da amiga da sua mulher, não tinha nada contra a garota de cabelos azuis mas tinha que admitir que a situação era cômica, Saori tinha semanas que era inacreditável o tanto de azar que ela tinha. — Entra aí, mas Isoko ainda está no hospital. — Obrigada. Ela disse aliviada, Haroshi saiu indo para o carro que esperava em frente a sua casa, Saori foi para a cozinha onde seu afilhado tomava café. — Madrinha? O menino gritou em pura alegria, ele levantou rápido vindo abraçar a sua madrinha, um abraço prolongado foi dado, ela sorriu para o menino sorridente e banguela. — Saori. Haroshi entrou chamando, ele caminhou para a cozinha onde os dois estavam, ele colocou a chave colorida sobre a mesa, ela reconheceu aquela pequena chave, era que havia dado para Isoko para entrar em sua casa sem problemas. — O Ichiro tem aula agora, eu estou indo para a delegacia, qualquer coisa liga para mim ou a Isoko, a sua chave reserva está em cima da mesa. Saori sorriu concordando com a cabeça, ela colocou um pouco de café no copo, sentou na cadeira enquanto olhava o Ichiro colocar um grande pedaço de bolo em sua boca. — Menino, tu vai se engasgar. Ichiro riu enquanto saia da cozinha correndo, Haroshi parou alguns metros da mulher, os olhos dele em seu pescoço de novo, como ela não havia notado? ele perguntou enquanto a encarava de maneira nada discreta. — O que foi Haroshi? Ela falou de maneira irritada, Haroshi olhou para o pescoço dela, apontando para o seu próprio, ela olhou para baixo mas não conseguia ver, ela levantou com pressa, havia agarrado alguma coisa nela? Ela abriu a porta do banheiro, parou em frente ao espelho, ela olhou seu reflexo, entendendo as risadas de Haroshi, os roxos estampavam sua pele branca no pescoço, por Deus, parecia que havia sido espancada. — Eu vou matar aquele desgraçado. Ela falou enquanto sentia a raiva queimar dentro de si, iria espancar Saito quando o visse, Sua sorte era que estava de férias do seu trabalho tão respeitado, como não lembrou disso? Ele havia marcado  com essas chupões durante a madrugada, Saito era um desgraçado. Agora ela entendeu o olhar estranho do motorista do Uber. Ela se viu sozinha no local, Saori só queria descansar, então ela deitou no sofá para dormir ao menos um pouco, Saori havia perdido as contas de quantas chaves já tinha perdido por aí, Isoko sempre a acolhia quando isso acontecia, então já havia virado um certo hábito ficar ali. Saori tentava não lembrar dos acontecimentos na noite passada, ela não queria ficar mais interessada em Saito do que já estava, mas não houve muito tempo para pensar no assunto, ela não demorou a adormecer.  Ela despertou lentamente, ela acordou um pouco desorientada, Saori se sentou sentindo o pescoço dolorido, o local estava um pouco escuro, o sol já estava começando a se pôr. O que era para ser apenas um descanso rápido se estendeu por todo o dia. Ela levantou seguindo para a cozinha, pegou a chave, Saori foi até o balcão abrindo umas de suas gavetas, ela tirou a agenda à qual sua amiga, Isoko tinha vários números telefônicos, inclusive de alguns motoristas, ela pegou o telefone sobre o balcão, Saori ligou para o primeiro motorista que achou. O motorista não demorou a chegar, ela trancou a casa da amiga, escondendo a chave embaixo de uma estátua pavorosa de g**o que Isoko teimava em dizer que era bonita. Saori caminhou até o sedã preto, ela abriu a porta sentando no banco de couro marrom, ela se acomodou olhando para o motorista, o senhor de cabelos grisalhos sorriu para a mulher. — A tarde foi boa em… Ele falou rindo, Saori sorriu balançando a cabeça levemente, ela queria ter tido uma tarde animada, mas honestamente, dormir foi perfeito, ainda mais depois da madrugada agitada. — Bem que eu queria. Ela suspirou encarando o próprio reflexo na janela, o que não passou despercebido pelo motorista. — Brigou com o namorado? Ela olhou para o senhor que prestava atenção no trânsito, talvez fosse melhor mentir? Foi o que ela pensou, mas não seria preciso, afinal não veria mais aquele homem. — foi só uma transa. — Foi tão r**m assim? — essa é a questão! Eu não sei se foi bom, por que pode ter sido carência. Ela olhou para suas próprias coxas, Saori sabia que ele havia se saído bem até demais, mas queria alimentar qualquer coragem para mandar qualquer mensagem a ele, mas ele havia sido tão rude, que ela dificilmente mandaria qualquer coisa para ele. — Acho que você vai descobrir logo. O motorista falou, chamando atenção dela, Saori olhou para a frente da sua casa, o carro preto reluzia com os últimos raios de sol, ela notou a figura de cabelos negros sentado sobre o capô, sentiu o corpo esquentar apenas de olhar para o homem de cabelos negros, ele estava com uma jaqueta de couro preto que deixavam ainda mais sexy, o carro parou mais a frente, Saori mordeu o lábio em nervosismo quando o rapaz abriu a porta para que saísse. Saito ofereceu sua mão para ajudá-la deixar o automóvel, a mulher não podia acreditar que ele havia sido tão grosseiro pela manhã e agora agia como se nada tivesse acontecido, aquilo causou irritação na mulher, ele puxou o dinheiro do bolso entregando para o motorista. — Aqui tem dinheiro a mais, a corrida deu bem menos. — Não estou pagando pela corrida! Estou pagando para ir embora. O motorista não esperou para deixar os dois a sós, Saito virou para a mulher de cabelos azuis, ele notou que ela estava com a camiseta que ele usara ontem, havia ficado um vestido nela, não ficou menos atraente, a maquiagem estava borrada ou melhor já não havia maquiagem em seu rosto, ainda assim sentiu uma vontade atacá-la ali mesmo, Saori sentiu a calcinha molhar quando ele lançou um sorriso encantador, olhos dele ganharam um tom ainda mais escuro quando focou nos olhos claros dela.
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