Prólogo
E novamente ali estava ele, parado enquanto Lumière ajeitava o seu mais novo terno para anunciar a sua proclamação, com o seu olhar fixo pelo horizonte onde mostraram a Ilha dos Perdidos e se lembrava de tudo. Tudo.
Algumas vezes sendo guiado na compostura por Lumière.
- Ah, cabeça - Lumière o ajeitou e logo seus pais entraram juntos.
Ben sorriu, era agora, ameaçando dar um passo à frente foi impedido por Lumiére.
- Ah, não.
- Mãe, pai - Ben os anunciou - Eu já decidi minha primeira proclamação - seu pai se entre olharam sorrindo. - Decidi que os adolescentes da Ilha devem ter a chance de viverem em Auradon - Sua mãe não parecia nem um pouco surpresa, por outro lado o seu pai... Benjamin previa o mesmo discurso que tiveram antes de Ben ir para a Ilha. - Toda as vezes que olho para eles - ele apontou para a janela. - Sinto que foram abandonados!
- Os filhos dos nossos inimigos? Vivendo aqui? - No fundo, Adam sabia que a viagem anterior feita pelo filho tinha a ver isso.
- Começaremos com alguns deles, aqueles que mais precisarem - ele sorriu. - Eu já os escolhi.
- Escolheu? - Adam deu um passo para a frente, e quando Ben fixou o olhar no dele, Adam viu a mentira ali. O medo do filho ter ficado entre os maiores malfeitores da Ilha em sua viagem.
Sua mãe interrompeu a Fera que habitava em seu pai, que estava preste a sair.
- Quem são os pais? - o olhar de Bela indicou a Ben que no fundo ela sabia.
- Cruela De Vil, Jafar, a Rainha Má e... - Ben arrumou a postura e segurou o ar por um momento. Ele não tinha notado que travou levemente, até que sua mãe reforçou o E - Malévola - disse rápido.
- MALÉVOLA?! - Seu pai gritou.
- Pai, me escute até o fim.
- ELES SÃO CULPADOS POR UM MONTE DE CRIMES! - Adam gritou.
- Mas os filhos são inocentes! Não merecem uma chance de uma vida melhor? Pai...
Adam sentiu um aperto no braço dado por Bela, engoliu em seco.
- Acredito que sejam inocentes - soltou seu braço do de Bela e saiu.
Bela sorriu e andou até Ben.
- Olha - sorriu - Tá bom - Bem retribuiu o sorriso.
Ben andou até a janela, respirou fundo e desejou por pensamentos que m*l não tivesse desistido deles.
A manhã se iniciou fria, como toda a Ilha e seus cidadãos, e novamente, a herdeira de Malévola estava com o humor a flor da pele como nos últimos dias, semanas, ou deveríamos dizer meses?
Ela não estava mais na casa de sua mãe, o que de princípio já deveria ser relaxante, mas dividia algo que podia chamar de uma espécie de apartamento com os amigos.
As coisas não estavam sendo fáceis, já fazia um tempo que não ouviam falar de Allison, depois da última interrogação e briga envolvendo o pedido de sua ida até Auradon para ver o príncipe.
Harry, por sua vez, estava bem distante, cada dia mais e agora se podia considerar parte da tripulação de Uma, o que deixou m*l ainda mais irritada, mas um acordo antes foi selado entre os dois a respeito de segredos e assuntos confidencial.
E certamente as duas garotas não gostaram nenhum pouco quando Jay e Carlos bateram em sua porta, pálidos como cera e transparentes com verniz.
Seus pais queriam vê-los.
Então, os quatro descendentes dos maiores vilões do mundo puseram-se a correr pelas ruas abarrotadas da Ilha dos Perdidos, causando confusão, roubando e saqueando juntos enquanto os cidadãos da Ilha tentavam se manter longe do g***o. Eles realmente eram podres até o caroço, ruins por dentro.
Mal começou a se sentir melhor naquele dia. Sentia como se a origem daquela Ilha, circulava pelo seu sangue. m*l pertenceria e governaria aquela maldita Ilha, independe de qualquer coisa que acontecesse.
Independentemente do que sua mãe tinha a dizer, ela não iria brilhar tão pouco quando o cetro brilhou um dia, ela iria radiar como uma temporada de ** da lua no Reino das fadas.
Então, os quatro descendentes dos maiores vilões do mundo puseram-se a correr pelas ruas abarrotadas da Ilha dos Perdidos, causando confusão, roubando e saqueando juntos enquanto os cidadãos da Ilha tentavam se manter longe do g***o. Eles realmente eram podres até o caroço, ruins por dentro.
Mal começou a se sentir melhor.
E de fato, enquanto riam e cantavam o seu hino, Rotten to the core, m*l se perguntou se aquilo é o que os Auradonianos chamavam de família.
Porque, apesar de os quatro jovens não serem exatamente parentes, eles eram o mais próximo que havia disso.
Quando a rua inteira ficou vazia, m*l teve a noção que não eram sobre eles. O grunhido de Diablo indicou que a Senhora da Trevas estava ali, e quando a adolescente se virou, o sorriso diabólico de sua mãe a encontrou.
A mão se esticou a na ponta dos dedos pálidos uma carta.
Não.
Não
Isso não.
Um movimento lento indicou que eram quatro cartas ali.
Os adolescentes ficaram pálidos e gelados, e não foi por causa da temperatura da Ilha.
Num movimento brusco tentaram fugir, mas foram bloqueados pelos capangas de Malévola.
Mal suspirou forte, seus olhos tremeluziram ao notar o símbolo da carta.
- Vocês quatro foram escolhidos para entrar em uma escola diferente! - Malévola atuou em deboche como se estivesse feliz. Os quatros seguraram a respiração.
- Vamos! - ordenou para os quatro a seguirem.
Eles se entre olharam antes de a seguir.
Antes do meio-dia, os quatro descendentes estavam em frente ao castelo de Malévola. Aquela brisa, aquelas cores, aquele lugar... tudo parecia trazer o pior de m*l.
Antes de algum deles tomar alguma atitude para entrar primeiro, nenhuma vista de alguém, como se tudo ainda fosse magia, como se o cetro de Malévola ainda reluzisse como magia.
Eles entraram, juntos.
No salão principal encontraram seus pais, fazendo suas bizarrices como sempre.
Rainha Má se olhando no espelho incontáveis vezes. Jafar, analisando o que conseguia roubar do salão, e Cruela, simplesmente delirando, encarando os adolescentes. E Malévola... Para ela, era como se eles não tivessem chegados, como se nem existissem.
Mesmo assim, a Senhora das Trevas foi a primeira a falar.
Um sorriso de canto diabólico e uma jogada de papéis na mesa central.
Parabéns. Ela pronunciou e ficou seus olhos verdes intensos no quatro.
Evie foi a única que se aproximou da mesa e pegou uma das cartas após analisar. A mesma continha seu nome. O papel tinha o símbolo real de Auradon. Mas a carta havia sido aberta, por sua mãe, ela imaginou.
Ela leu, lia se engasgando com as palavras, sua mão tremeu enquanto segurava o papel.
- É um convite real - ela se virou para os amigos.
Mal ainda encarava sua mãe.
Mal deu um passo à frente, pegou o convite com o seu nome e leu, em voz alta.
Antes que Evie pudesse dizer algo, m*l finalizou tudo aquilo.
- Nós não vamos.
E com isso, Malévola a chamou, guiando até a sacada, onde podia ter uma visão perfeita da Ilha.
- Conseguiu finalmente algo que honrasse a mim. Agora, vê se não pisa na bola - Uma mistura de ameaça e orgulho, talvez. - Venha comigo - sua mãe chamou indo até a sacada onde podia se ver toda a Ilha e seus cidadãos, os casebres velhos construídos com materiais descartáveis e reciclados de Auradon e lá no horizonte e o grandioso castelo da Bela e da Fera.
- Certamente algo como seduzir um príncipe herdeiro poderia vir da filha da Rainha Má. Mas o que você conseguiu foi realmente grandioso, um golpe fácil, vê se não estraga tudo - m*l sentiu as unhas cravaram em seus ombros.
Não pisa na bola.
Mal arrumava suas malas em silêncio, Evie estava parada sentada em sua cama, as mãos suavam pelo nervosismo, e m*l não sabia como acalmar a garota.
- E - m*l a chamou. Evie apenas levantou o olhar baixo. - Vai dar tudo certo, independente do que nossos pais queiram ‐ m*l deu um sorriso fraco e Evie a acompanhou.
Evie se levantou indo até m*l, que se levantou, elas deram as mãos e um suspiro juntas.
Podre até a alma.
O bordão da g****e gritava em sua mente.
Os quatros estavam novamente no salão principal do castelo de Malévola, cada um com seus pais, os olhos muitas vezes se encontravam e m*l tratava de relembrar cada um.
Nós somos ruins, por dentro...
Quando o som da buzina real ecoou pelo salão, foi como se a festa tivesse começado.
Os quatros caminharam até a porta, mas foram puxados novamente por seus pais.
Jafar teve uma conversa descontraída com Jay, nada que o garoto já não tivesse ouvido.
Rainha Má entregou o espelho mágico para Evie, afirmando que iria funcionar em Auradon, já que não haveria barreira e reforçou os mandamentos da família.
Malévola estava novamente na sacada com m*l.
- Sabe m*l, houve uma razão por seu nome ser esse, um acordo pela sua existência. Quando você pisar do lado de fora dessa ilha, a magia de seu pai vai reinar como nunca em você, não somente a dele, a minha também. Você tem o poder suficiente para ser mais forte que aquela velha da Fada Madrinha. Faça as coisas que lhe foi ensinada naquela maldita escola daqui, faça o que eu sempre lhe ensinei. E aprenda o mais rápido possível a magia - Malévola lhe entregou um livro, um caderno, a capa era em couro e tinha um símbolo de dragão duplo.
Mal desceu quando a buzina tocou novamente.
Evie já estava entrando no carro, Jay rodeava o veículo, m*l ofereceu calmamente a sua mochila ao motorista guardar no porta-malas quando Carlos passou correndo jogando um saco preto dentro e entrando no carro antes que sua mãe lhe alcançasse.
Mal tocou a porta antes de entrar, olhou para o céu, para a sacada onde sua mãe estava.
Ela confirmou com a cabeça e sua mãe também.
Não pisa na bola.
Forte e poderosa rainha.