02

1065 Words
Cap 02 Blake Santiago Mais uma madrugada em claro, na verdade está mais pra mais uma noite pois desde que eu me deito na cama cichilo por etapas, a cada hora eu acordo com pesadelos ,sempre o mesmo, o dia da morte de Alessandra até hoje não me conformo com sua partida repentina deixando não só a mim, mas também nossos filhos que sentem a falta da mãe. Tento dar o melhor de mim mas sei que a falta da mãe pode ser dolorosa, Ben sente a falta da mãe mais por ser menino e ser o mais velho consigo contornar a situação, agora com Bibi é diferente, ela tem apenas 3 anos e não sei como será quando chegar a hora de falar sobre menstruação, sexo e Deus me ajude a não enlouquecer antes do tempo quando minha princesinha começar a falar sobre garotos. Saio dos meus pensamentos com a chegada de dona Sônia, ela tem sido como uma mãe e me ajuda bastante aqui em casa , ela e Geraldo- quando vivo- ajudaram minha avó a me criar até ela descansar um ano antes do meu casamento com Alessandra, desde então ela tomou para si a "obrigação " de cuidar de mim e fez o mesmo com Alessandra ,depois Ben e agora Bibi ,ela cuida de nós três com tanto carinho e amor que parece ter nosso sangue. __ venha comer menino- ela me chama- seus pequenos ja comeram e a pequena Bibi até experimentou um suco de maracujá natural - ela diz toda carinhosa como uma verdadeira avó coruja __dona Sônia a senhora é um anjo em nossas vidas- digo e dou um beijo em sua testa- mas me diga uma coisa __diga menino- ela ja diz me interronpendo __ja fiz o convite mas porque a senhora nunca se mudou de vez pra cá? Sinto a senhora tão sozinha do seu lado da cerca ,sei que se algo acontecer serie rapido para ajudá-la mas queria a senhora aqui sob meu teto __ a menino agradeço o convite mas eu prefiro ficar no meu canto e outra sinto que muito em breve não estarei sozinha- fico momentaneamente confuso mas não tenho tempo pra perguntar nada porque a senhora ja está na porta esperando por mim para tomar café da manhã então me levando e seguimos para a sala de estar com a mesa posta com pães, frutas, bolos, frios café e suco, nos sentamos e eu começo a comer enquanto dona Sônia conta algumas travessuras dos meus pequenos. Já é tarde quando volto do pomar de maçãs ,meus filhos já estão de banho tomado e prontos para jantar então aqueço a comida que dona Sônia deixou pronta e comemos __ hora de escovar os dentes pequenos- digo olhando de Ben para Bibi __ eu vou primeiro- Ben diz e sai correndo enquanto eu ajudo Bibi a subir pelas escadas __papai- Bibi chama baixinho- quero conhecer a princesa- ela pede e respiro fundo pois ja faz uns dias que ela cismou que quer conhecer essa princesa, o detalhe é eu não faço ideia de quem é pois ela só falou que éuma princesa muito linda, eu tentei, juro que tentei mostrei todas as princesas para ela e ela negou não era nenhuma das princesas então eu disse que iria atrás dessa nova princesa só que com a correria do dia a dia me esqueci disso __papai vai trazer ela princesinha só preciso de um tempo para encontra-lá __tudo bem - ela responde ficando triste - vou esperar- ela diz toda compreensiva como se fosse uma adulta , a ajudo escovar os dentes e a coloco na sua cama e Ben ja está em seu lado do quarto __hora da história?- pergunto ja sabendo da nossa rotina da noite, sempre foi assim desde quando soube da gravidez de Ben conto histórias, cada dia uma diferente __sim - falam juntos e eu sorrio __era uma vez-começo e não demora muito para escutar a respiração regular deles e saber que já dormiram com cuidado saio do quarto deles e vou para o meu onde tomo um banho e me deito , desde a morte de Alessandra nunca mais fiquei com nenhuma mulher seja para beijo ou sexo , voltei a ser um maldito adolescente quando fico com t***o bato punheta, sei que poderia ir até um putero na cidade ou chamar alguma prostituta aqui porém não sinto essa vontade louca de precisar ir atrás de uma b****a . Acordo no meio da madrugada após um sonho estranho, me levanto e vou até a cozinha beber água, aproveito que já acordei e não vou conseguir voltar a dormir então vou até a varanda de casa observar ao redor... o sol ja apontando me mostra um carro diferente entrando na propriedade de dona Sônia e imediatamente fico alerta pois nunca vi esse carro por aqui mas como nem tudo é como eu quero ao invés de continuar aqui olhando quem vai sair do carro sou obrigado a entrar em casa com os gritos de Bibi, não é sempre que acontece mas as vezes ela tem pesadelos e acho que hoje não será um dia bom, pois toda vez que ela tem esses pesadelos ela se fecha dentro de si mesma,é difícil fazê-la fazer coisas simples como comer, tomar banho e até brincar, ela só quer ficar parada olhando para o nada, ela faz terapia porém sua terapeuta e psicólogo não conseguem encontrar um motivo plausível para isso então quando acontece me resta ficar o dia todo ao seu lado. Dona Sônia chega mais tarde que o normal e seu semblante é preocupado algo está acontecendo porém não da pra perguntar algo sem desviar a atenção de Bibi que está olhando para a varanda perdida nos seus pensamentos, tentei oferecer frutas que ela gosta mas nada. __vá comer algo menino eu olho a pequena- dona Sônia aparece atrás de mim e estou quase pra recusar quando ela continua- se você não comer vai passar m*l eu dou conta de carregar a menina caso ela desmai já você se cair no chão é onde ficará até acordar - ela diz me arrancando um pequeno sorriso __tudo bem eu ja voltou- digo e antes de sair para a sala de estar dou um beijo na testa de minha filha e outro em dona Sônia e me junto a Ben para tomar café.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD