LUIZA VERLY
- Estou tão cansada, Hayd. Graças a Deus eu tenho você para dirigir.
- Gostaria de alguma coisa, senhorita VERLY?
-Já estamos em casa, não precisa dessa formalidade, Hayd. Você sabe que não gosto.
- Desculpa, é o costume. Vou pedir seu jantar no restaurante tailandês, tudo bem?
- Pra mim está perfeito. Eu vou tomar um banho e sugiro que você faça o mesmo.
- por acaso estou fedendo? peço desculpas.
- Não,Hayd. O nosso dia hoje foi cansativo e o banho ajuda muito. Pede a comida por favor e vai descansar. Você é um ser humano, não uma máquina. - Falei e segui para o meu quarto. Eu não queria um banho demorado. Só queria tirar todo o peso do dia dos meus ombros e foi isso que fiz. Ao sair do banheiro, vesti um conjunto de dormir, passei um creme de pele e fui para a sala me jogar no sofá. Amanhã seria sábado e eu pretendo dormir até tarde, para dá um pouco de paz pro Hayd também.
Trinta minutos se passaram e a campainha toca e eu já me levanto feliz por que sei que é a minha janta. Pego o cartão e já vou para a porta. Depois que o homem vai embora, eu ando até a cozinha e chamo o Hayd que até agora ainda não desceu.
- Chegou rápido hoje.
- Acho que é por que tinha poucas encomendas. Levanta as mãos e agradeça. - Falei e compartilhamos risadas.
- Amanhã você vai sair com o Edward, certo?
- Sim! mais fica tranquilo que depois das dez horas você estará liberado.
- Não estou preocupado com isso. - Ele fala e posso perceber seu corpo rígido. Como eu acho ele lindo quando está desconfortável com algo.
- Vai correr tudo bem.- falei mais para mim do que para ele.
Quando terminamos de jantar, fomos para a sala e assistimos um show que estava passando ao vivo. Hayd as vezes olhava para mim e as malditas borboletas voavam pela a minha barriga. Eu gosto dele! No começo não, mais depois eu comecei a reparar nele com outros olhos e é por isso que quero renovar o contrato com ele. Não quero ter que me acostumar com uma pessoa nova e não quero ficar longe de Hayd. Ao menos que ele queria sair por conta própria.
Acabei dormindo no sofá mais senti quando Hayd me levou para a cama. Ele é acostumado a fazer isso e eu gosto de ter as mãos dele em mim. Passei o dia em casa, comendo besteira e assistindo. Mesmo sendo a manhã de folga do Hayd, ele não saiu do meu lado, mais isso não é novidade, por que mesmo nas folgas dele ele está comigo. Tentei perguntar sobre a família dele, mais ele sempre me corta. Eu queria saber mais sobre ele, mais pra ele somos apenas o contratado e patroa e isso me chateia.
Estou jantando com Edward e posso notar que ele está nervoso pelo o Hayd e isso me faz raiva. Depois de um tempo, aproveito que o meu acompanhante foi ao banheiro e ando até Hayd.
- Algum problema, senhorita?
- Da pra parar?
- Não entendi.- se faz de sonso
- Eu sei que você tava amostrando sua arma para o Edward. Para de querer assustar ele, por favor.
- Só estou fazendo o meu trabalho!
- o seu trabalho não é atrapalhar os meus encontros, Sr Hayd. - Sua mandíbula está travada, seus olhos estão fechados e posso notar que ele não está satisfeito com algo. Não dou chance dele falar mais nada e volto para a mesa.
Acabou que no final do jantar Edward, recebeu uma ligação de negócios e acabamos nos despedimos. No caminho até o carro o Hayd não disse uma única palavra e e então eu quebrei o silêncio.
- Você fica assim sempre. - Afirmei.- Toda vez que eu saio com alguém, você fica assustando eles e eu não sei do por que disso.
- Eles olham pra você de maneira inadequada.
- Será que é por que estão em um encontro e esperem que aconteça algo? pare com isso Hayd.
- É o meu trabalho, senhorita Verly.
- Como eu havia falado antes, o seu trabalho é me proteger, não colocar medo nas pessoas com quem quero sair.
- Se eles são tão medrosos, não merece ficar com a senhorita.
- Então com quem eu deveria ficar? - falei parando em sua frente.
- Com alguém mais corajoso, eu sugiro. - ele abre a porta do carro, assim que termina de falar. Eu entro sem reclamar, pois já está tarde e eu prefiro evitar qualquer acontecimento. - Direto para casa? - ele pergunta ao entrar e ligar o carro.
- Não! Tenho uma pessoa me esperando no HotelMot.
- Como? quem, Luiza?
- Não é da sua conta, Sr Hayd. - Falei com um sorrisinho no rosto. Ele tem ciúmes. Antes eu não sabia oque era, mais é ciúmes. Ele aperta o volante com tanta força que vejo seus dedos ficarem brancos. Então quer dizer que todo esse cuidado não é só por que ele é meu segurança? que coisa ótima.
O caminho todo nós fomos calados e ao chegar no hotel eu fui na recepção e peguei uma chave. Entramos no elevador e pelo o espelho vi Hayd de cabeça baixa. Não queria magoar ele.
Assim que chegamos na porta do quarto ele se posiciona do lado com a sua postura de segurança e eu entro no quarto. Vou até o banheiro, tiro a minha roupa e visto um biquíni e entro na piscina.
-Hayd. Hayd vem aqui. - logo a porta é aberta e ele vem a minha procura.
- Oque aconteceu? cadê o cara?
- Não tem cara, bobo. Queria me divertir.
-como?
- Hoje eu arrumei uma bolsa para nois, e pedi que deixassem aqui para mim. Como você não sai nem na sua folga, decidi te dá um laser.
- Senhorita......- eu cortei logo ele.
- Vá para o quarto, troca de roupa e entra aqui na piscina. Vamos aproveitar um pouco.
- Não posso aceitar isso, Luiza.
- por que não? A gente é amigos, Hayd. Você não é só o cara de cuida da minha segurança. Você. É. Meu. Amigo. - falei bem séria. - Agora vai e volta logo.
Ele sai e eu já abro um sorriso enorme. Eu quero conhecê-lo. Eu quero saber como ele viveu nos últimos anos, quero saber se ele tem uma família e quero me aproximar dele de alguma forma. Por mais que eu tenha outros "encontros", eu só me sinto avontade com o Hayd. Eu só sinto borboletas no estômago com ele e as vezes eu queria não sentir. Tudo parece tão complicado.
Ele volta somente com um short e entra na piscina com um mergulho e vem nadando até mim.
- Satisfeita?- pergunta abrindo os braços e seus bíceps ficam a amostra. Que homem, meu Deus.
- Nem tanto.
- Que horas fez a mala? eu nem vi nada.
- Quando você desceu pra pegar a encomenda.
- Esperta e rápida. - Ele fala me dando um sorriso.
-Me fala sobre você. - O sorriu escorreu dos seus lábios. Seus lindos lábios.
- Oque quer saber de mim?
- Onde esteve antes de virar segurança particular?
- Marinha.
-Cor favorita?
-Preto.
-Sabia! deixa eu pensar....onde você morava?
- Nova York.- Ele fala e vira de costas para vê a paisagem e eu acabo vendo o motivo dele sempre usar camisa dentro de casa. Ele percebeu o seu erro pois deixou um som de decepção escapar de sua boca, porém era tarde demais. Meus dedos começou a desligar pela sua costa e ele se arrepiou todo com o meu toque e eu aproveitei pra m***r a minha curiosidade.
- Oque aconteceu?- Eu quero conhecê-lo, quero que ele confie em mim e quero deixá-lo confortável.
- Não era bem vindo na minha família.
- Como assim?
- Minha mãe não ficou grávida por que quis! eu fui um erro em sua vida e ela me punia com seus cigarros.
- E seu pai?
- Era um cara de passagem na cidade. Não o conheci.
- Sinto muito, Hayd.
- Nem todo mundo tem a vida perfeita como a da senhorita.
- Não fala isso. Você sabe que minha vida não é perfeita. Tá todo mundo sempre disputando quem trabalha melhor pra assumir a empresa do meu pai e esquecem que temos que nos amar. Acho que os meus irmãos nem sabe o significado de família e a minha mãe prefere gastar dinheiro em viagens com suas amigas, do que um jantar com seus filhos.
- Você quer assumir a empresa do seu pai?
- Não, Hayd. Eu estou bem só com a minha. E é isso que os meus irmãos não entendem. Eles acham que eu falo isso pra fazer jogos com eles, mais não é! O meu pai só pensa na m***a da empresa e na amante dele e eu só queria que fossemos uma família. - Falei já ficando magoada.
- Ei, calma. Não precisa chorar, Luiza. - Ele fala fazendo carinho em meu ombro. Ele é o mais perto de uma família que eu tenho e posso dizer que vale mais que a minha própria família.
- Obrigado por sempre está comigo. É h******l ser sozinha. - Falei sorrindo e comecei a relaxar na piscina me afastando um pouco do Hayd.
- É por isso que está sempre em encontros? pra não ficar sozinha?
- Já que você fez essa pergunta, vou fazer outra. Por que está sempre assustando os caras com quem saio? Não vem dizer que é o seu trabalho, por que não é !- ele engole seco. Te peguei, Hayd.
- Por que eles não queriam nada sério. Dava pra perceber no olhar deles.
- E quem disse que eu quero algo sério? - ele engoliu seco novamente e apertou os punhos.
- Peço desculpas então, senhorita Verly.
- Amanhã eu vou encontrar com o Mateo novamente. Vai ter a festa da empresa e eu vou com ele.
- Achei que não iria a festa por que iria descansar.
- Mudei de ideia. Vou aproveitar a noite e é bem possível conseguir um bom investimento também.
- Mais esse tal Mateo é aquele da chácara?- ele pergunta e eu me lembro do que aconteceu. Hayd atrapalhava os nossos beijos sempre que dava e naquele dia eu senti uma raiva dele que nunca senti antes.
- Ele mesmo. E por favor, Hayd, deixa eu aproveitar.
- Não vou fazer nada para estragar a sua noite, Senhorita Verly.
- Quero vê. - falei e nadei até o outro lado da piscina e ao chegar na borda, vejo ele me olhando.