Narrado por Hayd
- Eu escolho mil vezes morrer do que ter que vê-la assim. A culpa é minha! eu devia ter deixado a minha regra mais clara com o vigia da noite. Eu devia ter tirado a chave da porta, ou eu poderia ter ido dormir de porta aberta, assim eu escutava algo.
- Para de se culpar, Júlio Hayd. Ela vai ficar bem, a polícia já tá olhando os vídeos de segurança pra acharem os bandidos e ela está em boas mãos.
- Eu não sei oque faria eu não tivesse chegado a tempo, Chistian.
- Você gosta mesmo dela né?
- Mais do que eu deveria.
- Sabe, nesses 19 anos que te conheço, nunca te vi assim com alguém. Ela deve ser muito especial pra quebrar esse muro que tinha ao seu redor. - eu suspiro com o seu comentário. - Vai lá onde ela, meu amigo. Ela precisa de você e eu vou atrás dos caras. Fica calmo tá. Em breve ela vai está fugindo escondida de você novamente.
- Eu espero que não.
- Se cuida. Qualquer coisa é só me ligar.
- Valeu, mano. Você sabe que é o irmão que eu nunca tive e ter você agora comigo é muito bom.
- Sem declarações, Hayd. Eu sou o seu amigo, você é muito importante para mim, mais eu sou o seu patrão acima dessas coisas e isso é muito bom.
- Você não presta.
- E você, meu irmão, está apaixonado pela a famosa, Luiza Verly. Eu te desejo boa sorte e espero que você não fuja disso.
- Acho que você vai se atrasar pro seu vôo.
Depois que Chistian foi embora eu fiquei na recepção. Hellen, está com a Luiza e eu não tenho forças pra entrar. Tudo isso é culpa minha. Eu tô muito desatento ultimamente e oque eu sinto por ela está atrapalhando muito o meu trabalho. Essa mulher me deixa louco e, m***a. Eu devia ter ido dormir mais tarde.
Quando o porteiro me ligou eu surtei e quando fui ver, estava na portaria olhando pra minha princesa caída no chão desacordada. Eu nem liguei para a família dela, pois Luiza deixou essa regra bem clara quando começamos a trabalhar juntos, mais não hesitei em ligar para a Helen que é a pessoa mais próxima que ela tem de uma família.
Eu só preciso dela bem, enchendo o meu saco pra pedir comida tailandesa e dela brigando comigo por eu atrapalhar as saídas dela. Eu preciso dela com aquela cara de quem não liga para oque os outros pensam e preciso ver ela gargalhando enquanto assiste a série favorita dela. Eu não sei oque faria sem ela. Eu nunca me senti assim a nenhuma mulher. Nem mesmo a minha mãe. Esse sentimento de sentir medo de alguém morrer, foi só na marinha com os meus colegas. Com Luiza tudo é diferente e eu me sinto vivo como nunca antes.
- Sr, Hayd. - Saio dos meus pensamentos com uma voz me chamando. Ao olhar me deparo com Hellen.
- Oi, senhorita, Hellen. Como ela está?
- Bom, por que você não entra lá e veja? Eu preciso ir tomar conta da empresa, pois a Luiza insistiu muito, mais ela quer te ver.
- Tá bom.
- Sr, Hayd. Qualquer coisa que acontecer, me liga por favor, que eu venho correndo.
- Não hesitarei em ligar.
- Agradeço. Cuida dela. - Eu assinto e vejo ela saindo.
Estou parado em frente a porta do quarto com medo de entrar. Eu sou o culpado dela está aqui! eu fui contratado pra fazer a segurança dela e estou falhando miseravelmente. Nunca, nunca isso me ocorreu. Já fui segurança de várias famosas, modelos, algumas da família real, atrizes, mais nunca, nunca perdi o meu foco. Embora algumas já tenham tentado algo comigo, sempre deixei bem claro que estava ali, profissionalmente. Mais ai eu cheguei aqui! e estou desesperadamente apaixonada pela a mulher mais teimosa e fofa do mundo.
Saio dos meus pensamentos com uma voz fraca e doce que eu conheço muito bem, vindo de dentro do quarto.
- Sabe se tem alguém aqui no hospital comigo? minha amiga já foi embora, porém eu acho que um homem bem forte e loiro deve aparecer.
- Não sei lhe responder, dona Verly. Mais vou dá uma olhadinha. - outra mulher fala, provavelmente alguma enfermeira.
- Não precisa. Era só curiosidade.
Me afasto um pouco da porta e depois de dois minutos a mulher sai do quarto e eu entro. Luiza está com os olhos fechados a impedindo de ver que estou aqui e posso admirar sua beleza. Os braços e pernas tem hematomas, e na sua barriga deve ter mais ainda, mais eu fecho os olhos e tento não ter raiva nesse momento.
- Você está aqui. - A voz dela ecoa pelo o quarto e eu abro os olhos.
- Como você está, senhorita, Verly?- Perguntei ainda parado perto da porta.
- Luiza, Hayd. Me chama de Luiza.
- Como está se sentindo? - Eu a ignorei e reformulei a minha pergunta.
- Estou bem. Só muito dolorida.
- Posso saber, por quê?- Ela abaixa o olhar e prende eles em sua mão. - por que saiu de casa sozinha, Luiza? p***a, eu estava lá! eu sou o seu segurança e eu preciso saber dos seus passos. A gente poderia ter evitado tudo isso! você poderia ter evitado tudo isso.
- Eu sei, tá legal? eu sei que vacilei e que fui imprudente. Eu sinto muito.
- Não estou falando isso por mim, Luiza. É por você mesma. É a sua segurança.
- Eu não estava bem e briguei com o meu irmão e tudo que eu queria era espairecer. Sai e comecei a dá uma volta no condomínio por que é seguro. O problema foi que eu andei e sem perceber estava na frente do condomínio e foi quando tudo aconteceu. Me desculpa.
- O nosso contrato acabaria essa semana que vem. Mas com todo o acontecido, Só tenho cinco dias como o seu segurança ainda.
- Mais por que isso?- Ela parece um pouco nervosa e meu coração aperta ao saber que não vou está mais perto dela.
- Eu não fiz o meu trabalho direito, Luiza. Eu falhei com a sua segurança e não me acham capacitado em me deixar. A empresa que vai arca com o custo da semana. Não precisa de preocupar com a quebra de contrato.
capítulo postado dia 13/02/2023
próxima atualização é dia 15/02