NARRADO POR LUÍZA VERLY
Depois da "conversa" com Hayd, eu fui para o andar de cima, direito para o quarto e tomei um banho. Como é possível esse homem mexer tanto comigo? e ele com ciúmes é a coisa mais sexy que eu já vi em minha frente. Se esse homem continuar assim eu não responderei por mim!
Tem mais de um ano que eu não sou tocado por uma pessoa além de mim. Eu preciso de mais, eu quero mais, porém o Hayd me impede sempre. Ele me paga da próxima vez que ficar de graça pra cima de supostos ficantes. Eu quero gozar e poxa! sou uma mulher com bastantes necessidades. Porém lá no fundo eu quero que o Hayd mata essa vontade em mim. Eu sonho com o toque dele, eu me toco pensando nele e eu quero está nas mãos dele. Esse homem está mexendo tanto comigo.
Acordei às três horas da noite com uma ligação do meu querido irmão mais velho, falando que nossos pais haviam de separado por que o nosso pai quer casar com a "amante" dele. Porém minha mãe quer metade de tudo que eles construíram juntos e isso inclui a empresa.
Meu pai e minha mãe já não vivia como um casal. Minha mãe vivia viajando e meu pai nem escondia que tinha amantes por aí. Nossa família não era mais uma família a muito tempo, e eu fico até impressionada por esse divórcio ter demorado ser pedido. Porém a empresa é mais importante para o meu pai do que os seus próprios filhos.
- Mais pra quê me ligar essa hora pra falar isso, Pedro? todos nós sabíamos que isso iria acontecer. Deixa eles resolverem isso sozinhos.
- É por isso que eu falo pro nosso pai deixar você fora do testamento. Você não liga pra nada, Luiza. Nada! todo mundo está cansado desse teu jeito....
- Que jeito, Pedro? Me fala. De ser independente dês dos dezoito anos? por ter juntado a minha mesada da vida toda e ter investido em algo pra mim ao invés de ficar nas costas do nosso pai esperando ele morrer pra assumir o seu cargo? Do meu jeito de ter a minha própria empresa, os meus próprios investidores e conquistar o meu próprio dinheiro sozinha? por não ser uma minada de m***a que só é reconhecida por fazer besteira como você e Eduardo? Me poupe, Pedro. Eu que estou cansada de vocês. Já falei mil vezes que não ligo pra herança ou empresa. Eu tenho o meu dinheiro e a minha própria empresa. Tudo que eu queria era que fôssemos uma família e isso é um sonho distante. Agora por favor, me deixe dormir, pois eu dirigi uma empresa e o meu sono é preciso. Nossa mãe sabe oque quer e o papai também. Deixa eles se resolverem sozinhos, isso é assunto deles e não nosso. Fica calmo e vai dormir, por que não importa oque eles decidam, você vai ficar com a empresa e vai ter um bom dinheiro. Por que é só isso que você se importa mesmo. - falei e desliguei o telefone.
Só podia ser brincadeira uma coisa dessa. É tão difícil acreditar que meu pai está fazendo isso
Com vários pensamentos ecoando na minha cabeça, acabei perdendo o sono e decidi dar uma volta no condomínio pois é bem seguro aqui dentro. Vesti uma calça legging e amarrei o cabelo que estava se soltando da trança que fiz antes de dormir. Sai de casa fazendo o menor barulho possível para não acordar o ranzinza lá em cima. Se Hayd pelo o menos sonhar que eu estou saindo ele me mata e depois morre do coração. O homem é protetor demais.
A noite estava fria, o céu bem estrelado e as luzes da praça do condomínio deixava o ambiente bem calmo e eu precisava daquilo.
Acabei chegando na entrada do condomínio no mesmo tempo em que dois homens de moto se aproximaram. No começo eu achei que era moradores, mais assim que vi a arma apontada para mim eu saquei que poderia facilmente ter voltado a dormir ao invés de vim dá uma volta.
-Passa o cordão e os relógios, gracinha. - um dos homens que desceu da moto fala, enquanto o porteiro tremia com a arma do outro apontada pra si. - Tira os brinco também, fia. E esses aneu. - eu tirei tudo com um pouco de dificuldade por conta da tremedeira. Porém ele saiu puxando tudo as pressas.
- Eu vou mandar a polícia atrás de você, seu bandido i****a. - Disparei o meu ódio.
- Cala a boca, v***a.
- Eu não tenho medo de você, seu filho da p**a. - Falei e o empurrei para longe, mais não muito. Quando ele se aproximou novamente dei nele um soco como o Hayd me ensinou, porém não foi tão forte quanto eu queria. Só senti ele me derrubar no chão e senti os seus sapatos dando vários golpes em minha barriga. Eu não aguentava mais de dor e sentinum alívio quando as pontadas dos chutes pararam, porém eu não tinha força e meus olhos se fecharam. Não sei quanto tempo eu fiquei aqui, mais senti mãos tocando o meu rosto e tentei ao máximo abrir os olhos para ver quem era, ou pelo o menos pedir ajudar.
- Fica comigo, Luiza. Tenta abri o olho, mulher. Pelo amor de Deus abre os olhos. Olha pra mim. Eu tô aqui. A ambulância está a caminho, minha linda. Aguenta só mais um pouco, por favor. Você é forte, eu sei que é.
- Hayd.....- Tentei falar quando reconheci a sua voz.
- Eu tô aqui, linda. Estou aqui do seu lado. Não precisa fazer esforço. Eu tô aqui, mais por favor tenta ser forte e abre os olhos.
- Eu não consigo.- Falei, porém não sei se ele ouviu.
- Eu paro de implicar com você se você abre os olhos. Eu deixo você sair com quem quiser mais por favor, fica comigo.
- Hayd......
- Aguenta só mais um pouco, eu não posso ficar sem.....- Não ouvi mais nada. Meu corpo não me obedecia e eu não vi e nem senti mais nada.