Capítulo 3

1060 Words
Ao andar um pouco pela casa, eu logo vi Emma, que parecia ser uma única centrada do recinto. Eu aproximei dela com um sorriso forçado no rosto e ela logo vibrou com a minha presença: - Liv, você veio! Que bom! - Oi, Emma! Claro que vim! Trouxe uma amiga minha que ... - olhei para trás e não vi Alice - Deve estar por aí. Não teria problema, né? - Claro que não, quanto mais melhor. - Ótimo, então. - Isso aqui está uma zona! - Emma Exclamou, enquanto olhava ao redor. - Está totalmente fora do controle. - E você não acabou de dizer que quanto mais melhor? - sorriu Olivia. - Entenda que eu digo de qualidade e não quantidade. Odeio todos esses garotos que, por algum motivo, aparecem sem serem chamados . Ainda mais quando o dono da festa é uma mulher. - Disse Emma, revirando os olhos. - Seus país estão em casa? - Não, eles viajaram! Só voltam amanhã. Achei que seria o momento perfeito para os calouros da faculdade quebrarem ou gelo. - Pela primeira vez eu senti isso na pele hoje. Todos me olhavam de cima a baixo naquele lugar. É uma sensação horrível. - Pois é, uma faculdade é um antro de gente esnobe e vazia. Por mim eu teria largado aquilo a muito tempo, mas meus pais me colocariam para fora no mesmo instante. - Emma brincou- Já basta o meu tio Joe, que largou a faculdade de direito para abrir uma lanchonete. A família quase foi a loucura com isso. - Pelo menos ele seguiu o sonho dele, não acho que seria algo ruim. - respondi - Hoje em dia faculdade não quer dizer absolutamente nada. É apenas um papel e muitas horas de um surto coletivo. - Eu não poderia ter descrevido melhor. - riu Emma, dando um gole em sua bebida. - Pelo menos dar festas deixam esses anos um pouco mais suportáveis. Sem isso eu acho que entro em colapso.  - Bem estranho você dar uma festa logo na segunda-feira! - Disse, tentando quebrar o gelo. - Na faculdade, não tem dia certo para se divertir ... Só não contava com esse chiqueiro hoje. Meus pais com certeza vão me matar. - É o que dizem! E sim, tenho certeza que seus pais não vão ficar contentes. Mas eu posso ajudar a arrumar aqui, se você quiser. - Mas a festa, também, é pelo aniversário da minha irmã mais nova .. - Disse Emma. - Metade das pessoas que estao aqui, são adolescentes que ela convidaou. - Irmã? Não sabia que você tinha irmã. Logo atrás dela eu percebi que tinha alguém, a casa estava tão cheia que eu só irritava ver a sua cintura. Foi o suficiente para que eu já imagina-se que poderia ser uma bela garota em ótima forma. Emma cutucou sua irmã e falou algo em seu ouvido, que infelizmente, não pude entender por conta da música alta. - Liv, queria te apresentar minha irmã, Rebeca Grabel. Ela faz 16 anos hoje. - disse Emma, puxando a mão da garota. Eu logo fiquei chocada assim que a garota ficou frente a frente comigo. Meu Deus, que mulher linda era aquela! Fiquei boquiaberta, pois era uma beleza totalmente angelical. Tudo aquela garota parecia ser milimetricamente preparada. Ela tinha a pele clara, cabelos loiros e lisos, olhos castanhos bem claros, alta e com a boca mais rosada que eu já vi em toda a minha vida. E por algum motivo, ela me era um tanto famíliar e isso me causava um frio na barriga imenso. - Pra-prazer. Desculpa ..- eu engasguei com a bebida e não estava acreditando nisso. - O prazer é todo meu, Olivia. - Pode me chamar de Liv, se quiser. - Está bem! Liv. - respondeu Rebeca, sorrindo - Fico feliz que tenha vindo, sei que foi pela minha irmã mas mesmo assim. - Eu também fico feliz de estar aqui e aproveitando .. Parabéns. Desejo toda a felicidade do mundo a você. - Obrigada, Liv. Minha cabeça estava atordoada, parecia que eu iria desmaiar de tão tonta que eu estava. Seria uma vodca ou o efeito da beleza de uma garota de apenas quinze anos, que parecia desesperador em mim todos os tipos de sentimentos, até mesmo aquele que eu só sentia quando eu tinha um esses meus sonhos estranhos. Seus belos olhos pareciam estar me chamando, eram tão penetrantes que eu mal desviar o olhar deles. Quando recobrei os sentindos, até fiquei com medo de ter assustado a garota com o meu olhar de psicopata que provavelmente eu estava fazendo. Mas ela era doce e meiga. Sua voz era tão macia que eu poderia dormir ouvindo ela recitar uma lista de compras, talvez. Seu sorriso era capaz de fazer eu ter um infarto do miocardio, pois seus filhos eram perfeitos e brancos. Era uma coisa louca tudo aquilo. Mas bem no ápice de nossa conversa, fui substituida por um grupo de garotas que acompanhou ao nosso encontro, chamando Rebeca para ver alguma coisa no quintal. Acho até que aquele garoto tinha se arrebentado todo: - Eu tenho que ir! - ela disse, se despedindo. - Mas fique a vontade, aproveite a festa e se der, a gente se esbarra depois. - Claro, obrigada. - Respondi, meio envergonhada. - Nos vemos depois. - Até mais, Liv. - ela piscou para mim e meu corpo respondeu. Eu estremeci toda e um arrepio estranho subiu pela minha nuca. Eu jamais senti aquilo na vida. E isso era um fato. Fiquei olhando Rebeca se afastar com o grupo de garotas e meu olhar se perdeu em meio a uma multidão, meu subconsciente desejava que todas as pessoas ali sumissem e que só restasse eu e Rebeca. Mesmo que eu não tenha entendido muito bem o que estava acontecendo e o porque meu coração não se aquietava depois de ter visto aquela garota, eu soube que depois daquele dia eu nunca mais iria ser uma pessoa. É totalmente estranho o jeito que eu tinha ficado, seria apenas uma curiosidade? Uma paixão? Ou o destino estava me pregando uma peça a qual eu não sabia lidar? Eu realmente não soube responder mas era inegável que eu estava caidinha por uma garota que eu não sabia absolutamente nada sobre ela. Mas por incrível que parecesse, eu jurava que a conhecia de alguma forma. 
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