Capítulo 2

1032 Words
Depois da terceira aula, ainda fiquei pensando no que eu havia sonhado. Era incrivel como aquela situação me deixava totalmente confusa e até mesmo, como uma dor de cabeça horrível. Tudo era em como aquilo podia mexer tanto comigo, mesmo sendo um mísero sonho. Após eu ter saído e ido beber água no restaurante da faculdade, acabei conhecendo a dona da tal festa, Emma, enquanto eu caminhava nos corredores da faculdade. Ela estava entregando planfetos para todos os que estavam no restaurante. De alguma forma ela sabia quem eu era e principalmente a quem eu "pertencia" .. Estranhamente as pessoas comentam muito mais quando estão na faculdade do que quando estavam no colégio. Então logo deduzi que eu era a mais nova "fofoca" dali. Também levo em consideração o namorado que eu tenho, que por algum motivo adora me levantar como um atual. Emma parecia ser uma garota legal, um tanto simpática e muito convincente pois ela insistiu ao máximo para que eu fosse em sua casa. Segundo ela, várias pessoas interessantes e com quem eu poderia ter algum tipo de amizade. Pessoas com interesses, talvez? Claro. Aliás, quem hoje em dia tem amizades sólidas ?! É extremamente raro. Mas no mesmo instante, recebi uma mensagem do Rayn. Ele não estava mais a fim de ir na festa porque queria ir em um jogo com os amigos dele. Eu não entendo esse garoto! Além de ser babaca, ele também era um tanto bipolar. Geminianos e suas vidas instáveis. Mas aquilo não é surpresa alguma? Rayn nunca foi um namorado romântico, que gosta de sair, de dar flores ou qualquer coisa do tipo. A rotina sempre foi a mesma e não seria diferente agora, não é ?! Apesar disso, eu não pretendia ficar em casa a noite. E assim que fui para casa, tratei de tomar um banho, arrumar o meu cabelo e desci para comer alguma coisa. Logo que terminei o jantar, placei o jeans mais apertado que tinha e uma blusa preta e um coturno médio preto. Não é por nada, me considero estilosa, mesmo. Faço aquela linha "Rockeira misturada com Hipster e com um toque de skatista. Meio Ruby Rose" Ok, é um tanto careta falar de si mesma assim, mas .. A auto estima grita. Pelo menos hoje. Confesso que não são todos os dias assim. Entre no carro rumo a festa e ao dar ré, para tirar o carro da garagem, pelo retrovisor vi uma garota sentada na sarjeta, chorando. Desci do carro e fui em direção a pesso, pois poderia ter ocorrido algo grave. E assim que cheguei mais perto pude notar que se tratava de minha vizinha. - Ficcher? O que aconteceu ? - perguntei, me ajoelhando ao lado dela. - Minha namorada terminou comigo e eu não sei bem o que fazer ou se tem algo para se fazer. Me sinto perdida - ela respondeu, limpando as lágrimas. - Eu não sabia que você namorava.. Sinto muito Alicce. Ela sorriu - Você sendo gentil é um charme a parte, sabia? - Ela perguntou, descontraindo. - Você não perde uma mesmo, não é? Tu da em cima assim de todas? - Não de todas, só de você. Não tenho culpa se você é tão linda assim. - respondeu Alice. - Não me admira que sua namorada tenha terminado com você. - Desculpa... Eu só... - Esquece isso! Venha, vamos numa festa comigo. Vamos beber pra esquecer os problemas. - Olivia Bucker, me chamando para sair? - Não.. Olivia Bucker te chamando para ir afogar as mágoas. É totalmente diferente, Ficcher. - Meu cérebro não vai saber a diferença entre isso. Pois minhas mãos já começaram a suar frio. - Vem logo - Peguei em sua mão e fomos para o carro. - Põe o cinto! Sem disfarçar, ela me olhou com cara de desconfiada. - Porque está sendo legal comigo? Desde sempre você deu um jeito de me ignorar. - Não é bem assim, só não curto o que você curte e não quero te magoar. Odiaria far falsas esperanças pra você. Ela deu uma risada sarcástica. - Bucker, você escuta Florence and the Machine e Lady Gaga, usa alargadores, anda de skate e toca guitarra. Todas as lésbicas do bairro são caidinhas por você. Se você não é no mínimo bissexual, eu não sei o que você é. - Todas as lésbicas do bairro? Bom, do bairro eu só conheço você. E sei lá, isso não é meio pejorativo? - Você me entendeu! - Alice diz, dando um sorriso envergonhado. - E não, nao acho que seja pejorativo. - Ficcher, eu sou hétero, e escutar Lady Gaga não é nada demais. Ela é apenas uma artistas. - Uma artista consagrada pelo público gay, né? Será que isso realmente não teria nada demais? - Não e aliás, seria horrível se as pessoas fossem julgadas pelo seu gosto musical e apenas isso. Chegamos na festa. Estacionei o carro bem atrás de uma árvore escura. Descemos e lá da esquina dava para ouvir a música alta. Estava tocando Ellie Goulding. Adoro música eletrônica! Já entrei na festa animada. Logo que eu entrei pela porta, vi várias vodkas em uma mesa e não perdi tempo. Peguei um copo e fui atrás de alguns amigos que, supostamente, estavam na festa. Por onde eu andava, todo mundo me olhava, e eu como sempre, toda sem graça. A festa estava uma anarquia, pessoas bêbadas para todos os lados, fazendo coisas que eu talvez não faria nem se eu estivesse próxima a ter um coma alcoólico. A casa estava lotada de copos e latas de cerveja por todos os lados e cm do chão. Eu estava um pouco desconfortável com aquilo, não posso negar, mas como todos eu centralmente a minha juventude. Mesmo que ela fosse uma nojeira completa Coberta de vômito e gente suada. Alice e eu entramos juntas pela porta da frente, antes de isso acontecer eu juro que vi um garoto saltando do telhado, logo os olhares todos se voltaram contra nós e eu logo dei um jeito de não me deixar atingir com aquilo. Andei pela multidão sem me focar em ninguém, como se eu estivesse vendo uma linda paisagem ao visualizar de estar vendo várias pessoas em estados de decadência. 
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