O desafio de Peter Fernsby

1302 Words
A festa tão esperada por Ellie acabou virando um pesadelo, graças ao Peter. Ela tinha certeza que ele se certificaria de fazer todos os 365 dias daquele ano serem um inferno. Ao menos o projeto dela estava em andamento e já repercutia os efeitos do sucesso. A próxima vitória seria celebrada no aniversário da empresa, quando já tivesse os rostos do marketing da sua marca. Ellie pensava sobre aquilo ao deixar o salão de festa. Ela caminhou até o estacionamento da casa de recepções, quando se deparou com uma surpresa deplorável. Peter Fernsby estava lá, de frente para a loira alta que passou a noite inteira ao lado dele. Eles conversavam bem próximos, trocando olhares de flerte. Peter percebeu quando a Ellie chegou, os olhos azuis dele, por um breve momento, captaram a sua presença. Foi naquele instante que as mãos grandes dele seguraram a cintura delgada de Sasha Thompson, exatamente como seguraram a da Ellie, na noite em que sussurrou no ouvido dela tudo o que faria se ela fosse uma das mulheres que ele flertava. Ellie sentiu a garganta fechar quando presenciou Peter beijar aquela mulher. Ele a devorava como se o mundo fosse acabar no outro dia. Suas mãos subiram para as costas e passearam até as nádegas arredondadas. Peter se afastou apenas para sussurrar algo no ouvido dela e em seguida os dois caminharam para o carro dele. Ellie continuou parada, apenas assistindo. Quando o carro partiu e sumiu do seu campo de visão, Ellie foi embora. Peter também não teria a noite que estava planejando, a sua mente dava voltas em lugares que não deveria. Uma mulher linda estava na sua cama, apenas coberta por uma lingirie pr.eta que era tão fina e macia, que dava para confundir com a textura de pele dela. No começo, Peter enxergava cada centímetro do corpo bem escultural da mulher. Ele beijou o dorso do pé e as pontas dos dedos, beijou a extensão da perna até o joelho, beijou a parte interna das coxas e pulou a parte que mais queria experimentar, alcançando a barriga magra. Ele a provocou com beijos e mordidas pela pela morna. Seus lábios roçaram ao redor do umbigo, e desceram para o final da barriga. Sasha curvou o corpo, ela já sabia o que esperava, embora que Peter só a provocava. Chegava perto da sua carne macia - ainda coberta pela lingirie p.reta-, mas logo se afastava. — Peter.— ela murmurou, como se pedisse algo. — Shhh.— ele levou o indicador para o meio da boca dela.— Só tem um único som que pode quebrar o silêncio. Os olhares questionadores obtiveram a resposta quando Peter desceu o rosto para o meio das pernas dela. Ele afastou a peça ín.tima e envolveu com a boca toda a carne macia, chupando as dobras quentes e introduzindo a língua em sequência. Cada movimento em círculos repetidos fazia Sasha se contorcer. Era muito divertido para Peter ver uma mulher chegar a beira da insanidade por sua causa. Ele se afastou por um breve momento, apenas para observar o rosto dela. Para a grande surpresa do Peter, não foi o rosto da Sasha que encontrou. Ele paralisou ao ver Ellie no lugar dela. Talvez tenha sido o efeito dos muitos coquetéis que tomou na festa, ou talvez existia algum gênio do m.al fazendo alguma brincadeira perversa com ele. — Algum problema?— Perguntou Sasha. Peter estava visivelmente atordoado. — Minha cabeça está rodando, com certeza foi o vinho.— ele virou de costas. Sasha se levantou para ir atrás, mas o homem não permitiu que ela se aproximasse. — Eu preciso ficar sozinho. Pode dormir no outro quarto, no quarto de visitas. — Eu acho melhor ir para casa. — Está tarde e eu não estou em condições de dirigir para longe. Na verdade, quem bebe não está em condições de dirigir para lugar nenhum. — Boa noite, Peter.— disse Sasha, contrariada. Ela recolheu as roupas e saiu do quarto. Peter respirou fundo, ainda transtornado. — O que acabou de acontecer?— ele perguntou, como se alguém fosse capaz de responder. Peter passaria a noite em claro, com aquela imagem assustadora na cabeça. Afinal de contas, imaginar Eleanor Lowell em uma cena í.ntima era mesmo um pesadelo. — Eu nem mesmo acho ela bonita.— Resmungou Peter, tentando se convencer de algo. … — Você não vai mesmo dizer por que parece tão irritada com algo?— Perguntou Odete, assessora de Ellie. Odete já tinha mais idade, já havia passado dos quarenta, embora o seu rosto bonito e a sua pele bem cuidada preservasse a sua juventude. Por amizade a Ellie, ela trouxe uma bandeja com chá e biscoitos, pousando o objeto sobre a cama em que a mesma se encontrava. — Eu só estou com a paciência esgotada. Não vou suportar mais eventos ao lado do intragável do Fernsby.— Ellie bufou.— Você não sabe a proposta indecente que ele me fez. — É mesmo? Indecente?— Perguntou Odete, com um sorriso malicioso. O tom insinuante que a mulher usou fez com que Ellie a fuzilasse com os olhos. — Ele me fez um desafio. Quem perder o cargo de CEO no final do ano, vai desistir da sociedade na Dynasty. — É uma proposta bem perigosa, tanto para você, quanto para ele. — Nem me diga. Mas eu vou aceitar, não vou permitir que aquele arrogante pense que estou com medo. E digo mais, prefiro sair do que me submeter as vontades de Fernsby. — Aquela empresa era a vida do seu pai, você sempre disse isso. — É, eu costumava pensar assim até pouco tempo. Me dei conta que a vida do meu pai foi tudo o que ele construiu e deixou. Eu posso continuar com o nome do meu pai, já a fábrica pode deixar de existir se eu desistir dela. — Acho que estou entendendo aonde quer chegar. — Eu era a vida do meu pai. E eu sei que o que ele mais queria, era que eu fosse feliz. — Então você vai aceitar a proposta de Fernsby? — Vou. Assim eu me livro daquele cretino de uma vez. — Bom, eu estou do seu lado, assim como estive do lado do seu pai durante vinte anos da minha vida. Agora tome um pouco desse chá e tente dormir, você parece bem inquieta com essa história. Ellie fez o que a mulher instruiu. Que Peter a deixava inquieta não era segredo para ninguém. Porém, o que Ellie não admitiria nem sob tortura, era a confusão que aquele homem havia deixado na sua cabeça. Várias cenas se misturavam. Primeiro, quando ela foi obrigada a trabalhar até mais tarde com ele. “ — Minhas mãos segurariam você assim.— Levou as mãos para a cintura esguia e feminina, pressionando um pouco.— Eu te arrastaria para aquela mesa, te sentaria nela, e te beijaria tocando você dos joelhos para dentro das suas coxas. Ellie prendeu o ar, nitidamente nervosa. — Você sentiria um calor úmido se formando por dentro da sua calcinha. Esse calor aumentaria quando eu tocasse o dedo justamente lá… — Chega, você está passando dos limites.— ela o empurrou para o lado, tentando disfarçar a voz esganiçada.” Ela chacoalhou a própria cabeça ao sentir os dedos formigarem e as pernas tremerem, exatamente como quando tudo aquilo aconteceu. Dessa vez, ela se obrigou a lembrar do beijo que o Peter deu na Sasha. Aquilo, sim, a traria de volta a razão. — Você não está nem maluca, Eleanor Lowell.— ela disse para si mesma.— Ele só quer se divertir as suas custas, exatamente como faz com todas essas mulheres. Você continua odiando o homem desprezível que Peter Fernsby é, exatamente como ele sempre te odiou.
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