Capítulo 1

3939 Words
- Mas o que diabos foi isso?- Rosnou Leandro, pai de Ian, logo após os seus três sócios turcos deixarem a sua sala insatisfeitos ao presenciarem a cena grotesca protagonizada pelo seu próprio filho.- Quer arruinar os meus negócios? Quer acabar com tudo que eu demorei anos para construir?- Ian abriu e fechou a boca várias vezes, sem saber sequer o que explicar. Ele estava completamente nu e entre as pernas de Alma Medina quando o seu pai adentrou o escritório acompanhado por mais três homens altos e de cabelos escuros. Mais ou menos meio minuto depois, uma mulher ruiva com seios fartos e expostos irrompeu o ambiente ( vindo do banheiro) dizendo algo a respeito sobre preferir determinada posição com conotação altamente sexual. Ela piscou confusa por várias vezes e disse que não sabia que teriam outros convidados para a pequena festa. Os turcos que acompanhavam o doutor Leandro para uma reunião de negócios saíram abismados, e com uma carranca estampada no rosto. As duas mulheres fugiram para o banheiro, e Ian continuava parado diante a seu pai, cobrindo os órgãos genitais com as duas mãos. - Cubra essa porcaria que eu não sou obrigado a olhar!- Gritou o mais velho. Saindo de seu pequeno estado de transe, o rapaz vestiu a cueca e as calças. - E-Eu não sabia que o senhor já tinha voltado de viagem.- - E isso é desculpa para que transforme o meu escritório em um cabaré?- - Eu não podia deixar o escritório sozinho e uma das meninas vai viajar á noite…- - Cale-se… E poupe-me disso.- Leandro esfregou as têmporas, respirando exausto logo depois. - Pai, eu prometo que vou consertar…- - Ah, mas vai mesmo. Eu vou arranjar uma solução drástica, meu rapaz.- Ian engoliu em seco. - O que eu posso fazer para me redimir?- - Você vai demonstrar a esses turcos que mudou e se transformou em um homem sério, respeitável e de família.- - E como eu posso demonstrar algo assim?.- O rapaz ergueu uma das sobrancelhas. - Você irá se casar.- … “ Você irá se casar” Aquela frase ainda repercutia nos pensamentos de Ian e fazia a sua cabeça latejar. Uma moça de cabelos escuros servia, pelo que seria a terceira vez, o seu copo de uísque. Ele detestava uísque, mas era a única bebida forte o bastante para fazê-lo perder a consciência. Outros de seus muito conhecidos frequentavam aquele mesmo bar que ficava apenas a 100 metros de sua empresa, mas todos estavam dispersos e alheios nos seus próprios assuntos. - Se continuar bebendo assim, vai acabar saindo no carro da ambulância.- Falou uma moça. Ian ergueu a cabeça e tentou lançar um olhar prepotente, mas aqueles olhos castanhos amendoados da garçonete o fizeram voltar atrás. Ela era tão bonita, que seria um pecado contra a natureza ser grosseiro com aquela jovem. - Estou acostumado.- Respondeu secamente. - Não teve um bom dia?- - E você se importa?- - Na verdade, não. Não me leve a mal, mas não conheço o senhor.- - Eu também não te conheço.- Ele estreitou os olhos como se assim pudesse analisá-la melhor.- Primeiro dia de trabalho? - Teoricamente, sim. Eu sempre ajudava o meu avô, mas não era nada regular.- - A senhorita é neta do senhor Mário?- - Sou.- Ela deu de ombros, servindo o copo do cavalheiro ao lado. Ele se sentiu exasperado ao imaginar aquela jovem que demonstrava ser tão ingênua tendo que lidar com vários marmanjos a assediando. Se muito tivesse, aquela garota deveria ter na faixa dos 18 aos 19. - E já pensou em fazer outra coisa?- Ian virou o copo, limpando com a língua a bebida que permaneceu no canto da boca. - Não… Penso em terminar os meus dias servindo um monte de bêbados.- A voz da garota não escondeu a ironia. - Você é uma pequena insolente. Já te falaram isso?- - A minha irmã fala isso todos os dias.- Jade suspirou, apoiando os dois cotovelos ao balcão.- Eu ganhei uma bolsa para a faculdade. Faço jornalismo.- - É mesmo?- Ele ergueu o corpo para frente, mantendo o contato visual. Achou engraçado quando ela fez o mesmo movimento, sem sequer imaginar o quão tentadora parecia com o início da curvatura de seus seios sendo revelada por aquele justo uniforme. - Eu quero ser pesquisadora.- - Você tem mesmo cara de ser muito curiosa.- Ela o olhou de cara feia. - Isso não foi um elogio.- - Talvez.- - O senhor é muito carrancudo. Com o que trabalha?- Ian abriu os lábios para respondê-la, mas foi acertado por uma chuva de liquido amarelo-claro, que ensopou todo o seu terno. - Mas que porcaria…- Ele resmungou. - Por que não fala alto como um homem, ao invés de sussurrar como um rato?- Falou um homem que parecia tão bêbado quanto ele. - Ah, vá se f…- - Sem palavras feias no estabelecimento do meu avô.- Repreendeu Jade. - Esse vagabundo suja a minha roupa e ainda me chama de rato, e nem ao menos posso me expressar corretamente?- - Do que você me chamou?- O homem trincou os dentes. - De vagabundo.- Ian deu de ombros. De repente, Ian viu um punho grande se direcionar ao seu rosto, que, por pura sorte e habilidade, ele conseguiu se esquivar. Ian acertou um golpe contra o queixo do homem desconhecido, fazendo-o cair sentado ao chão. Todos que estavam no bar fizeram um círculo, e Jade praticamente correu de detrás do balcão. O outro que estava caído puxou um canivete de seu bolso, apontando-o na direção de Ian. - Chega! Não vou admitir que continuem com essa palhaçada.- Interferiu Jade, se colocando entre os dois. - Saía daí, sua pequena desvairada.- Ian a afastou para o lado.- Não está vendo que ele está armado? - Estou armado… E vou arrancar a sua pele para fazer uma bolsa nova para a minha mulher.- O desconhecido realizou um movimento abrupto para frente, e novamente Jade se colocou entre os dois, usando uma de suas mãos para aplicar um golpe que manteve o braço do outro homem imobilizado. Embora a força dele fosse superior a sua, ele não conseguiu se livrar. - Eu mandei parar!- Ela gritou.- O senhor vai sair imediatamente desse bar.- Jade, após derrubar a lâmina pontiaguda trazida pelo estranho, no chão, e arrasta-lá com um de seus pés na direção de Ian, o soltou. - Acha mesmo que vou obedecer á você? Prostituta de mer.da!- Rugiu o bêbado desconhecido. Ian cerrou os punhos ao redor de si mesmo, enquanto um tom forte de vermelho subia de seu pescoço até as suas bochechas. - Do que você a chamou? A voz dele ganhou um tom sombrio. - De prostituta!- O homem repetiu. Ian deu um passo para frente prestes a atacá-lo, mas Jade agiu mais rápido, acertando um forte gancho de direita contra o queixo do outro. - Isso não é forma de se referir a uma dama.- Ela falou ao constatar que o homem passaria uns bons minutos inconsciente. Todos os presentes a aplaudiram como se fosse a protagonista de um filme inédito. E aquilo acabou incomodando Ian. Deveria ser ele a salvá-la, e não o contrário. Horas mais tarde após o ocorrido, ele observou Jade se locomover pelas ruas através da janela de seu escritório. Tinha algo naquela moça que o deixava completamente intrigado. E não se tratava do traseiro enorme. Ou da cintura fina. Ou dos seios bem desenhados. Ou da boca deliciosamente rosada… Algo em Jade chamou sua atenção, e talvez a ideia de passar um ano preso a uma mulher poderia não ser tão difícil. Ian foi obrigado a abandonar os seus pensamentos que quase tomavam um rumo pervertido, ao ouvir alguém bater na porta. Era Soraia, uma das advogadas que trabalhava na empresa de seu pai. Ela era uma mulher fascinantemente atraente, e os dois já tiveram os seus longos momentos de aventura, mas ao que parecia, Soraia nutria sentimentos a mais. - Seu pai me comunicou que você precisa se casar.- Ela fechou a porta atrás de si. - Correção… Eu fui OBRIGADO a me casar.- A mulher sorriu com malícia, caminhando até a mesa que servia de barreira para os dois. - Um ano passa rápido, querido… E talvez não seja tão sem graça quanto você imagina.- Ela sentou-se á mesa, afastando os seus joelhos de forma provocadora. Ian desceu os olhos até a peça íntima rendada e de cor preta, sendo dominado por uma súbita vontade de passear com os seus dedos por toda aquela extensão quente e sensível do corpo de Soraia, mas conseguiu se conter ao lembrar que não poderia cometer o mesmo erro por duas vezes e no mesmo dia. Seu pai dessa vez o deserdaria. - Tem razão, querida.- Ele levou suas duas mãos a pousarem nas coxas da advogada, deslizando-as para cima, e voltando-as para baixo, até os joelhos da moça. Ele forçou os dois joelhos para o mesmo lado, fazendo a perna de Soraia se fechar. - Já tenho algumas pessoas em mente.- Mentiu. - É mesmo?- A voz dela deixou transparecer um certo ressentimento. Por mais que Ian desejasse arrancar as roupas de Soraia e mergulhar nas curvas exuberantes de seu corpo, ele não seria burro a se manter casado com ela, mesmo que fosse por um ano. Com certeza ela daria um jeito de reverter a situação e obrigá-lo a permanecer casado pelo resto da vida. Soraia era extremamente obstinada e possessiva. - Sim… Mas amanhã conversaremos sobre isso. Estou cansado e indo para casa.- Ian ficou de pé, caminhando na direção da porta.- - Ian.- Ela o chamou, obrigando-o a parar. - Hum?- Ele virou-se de frente. - Qual é o nome dela?- - Perdão?- - Você soa como um homem que tem uma única alternativa, e não como um que está avaliando outras possibilidades. Então me diga, quem é ela?- Ian sorriu com o canto da boca, saindo em silêncio da sala. … - Um jantar?- Ian levou a mão ao queixo, ponderando. - Sim, um jantar.- Leandro confirmou, caminhando até a imensa janela de vidro de seu apartamento para olhar um ponto perdido da belíssima vista que tinha para a frente do parque.- É a sua chance de escolher uma esposa. Ian sentiu um calafrio subir por cada centímetro de seu corpo. Por mais que fosse apenas um ano, as palavras “ esposa” e “ casamento” o atormentavam mais do que desejaria. A simples ideia de passar o resto da vida amarrado a mesma mulher o apavorava. Mas ele devia isso ao pai, precisava impressionar aqueles malditos turcos. - Não preciso de toda essa cerimônia para conseguir uma esposa, pai.- - Eu sei que não. Irei apenas juntar o útil ao agradável, já que Luciana está voltando de Paris.- - L-Luciana? A minha ex namorada?- - Você conhece outra?- Leandro abriu um sorriso com o canto da boca.- Ela sempre foi tão gentil comigo, mesmo depois da canalhice que você fez com ela. Quando estive em Paris, me hospedei em sua casa, é o mínimo que posso fazer para retribuir. - Acha mesmo que ela iria querer se casar comigo depois de descobrir que eu não serei o mais fiel dos maridos?- - Ah, você será, meu caro. Pelo menos por um ano, você será o marido que toda mulher pediu a Deus.- - Nem toda mulher quer se casar.- Ian resmungou. - Ou do contrário, eu faço igual a alguns povos do oriente médio e arranco o seu…- - Opa!- Ian ergueu a mão.- Primeiro que, eles arrancam o clitóris da mulher para lhe tirar a sexualidade, e não o do homem.- - Ah, quando te interessa, você é bem informado.- - Segundo que… Nem todos os países do oriente médio são assim, os muçulmanos consideram isso como uma forma de querer mudar o que Deus criou, e não é visto com bons olhos.- - Não estou pedindo para que me dê aula de história.- Leandro o olhou com cara feia.- O que importa de verdade é ,que, você sofrerá punições severas se não andar na linha e atrapalhar os meus negócios. Já basta aquela cena grotesca que você criou no meu escritório.- Ian relembrou da Alma, a moça que estava deitada sobre o gabinete de seu pai. Ela estava completamente nua, e cada vez que ela arquejava o corpo para gemer de prazer, os seus se.ios esculturalmente desenhados apontavam para cima, e devido aos movimentos que ele fazia com o seu quadril contra o dela, os seus se.ios balançavam e imploravam para serem tocados. - Não se preocupe, pai. Em uma semana conseguirei a mulher adequada para ser sua nora por um ano.- Ele disse emburrado. Leandro riu, dando um tapinha no ombro do filho que estava ao seu lado. - Quem sabe não acaba se apaixonando e decide ficar casado?- Ian esperou o homem mais velho caminhar para fora da sala de estar, e então, resmungou: - Eu nunca vou me apaixonar. … Terça-feira, final da tarde. Como todos os dias, Jade aproveitou o horário que o bar estava pouco movimentado para estudar. Ela se isolou no canto do balcão, apoiou seu computador portátil nas duas pernas e pôs-se a ler artigos científicos que seriam úteis para a matéria que ela iria escrever. Entre um intervalo e outro, ela tomava uma golada de café, e estava tão dispersa que nem se deu conta da presença de uma figura masculina, que teve que pigarrear para lhe chamar a atenção. - Ah, céus. Não o vi chegar.- Ela rapidamente ficou de pé. - Está estudando? Não quero atrapalhar.- Disse Ian. - Tudo bem, já estou quase no fim. Posso concluir em casa.- - Se precisar de ajuda…- - Am… Obrigada, o senhor é muito gentil.- Jade correu para colocar o avental.- O senhor veio mais tarde hoje. O que vai querer? Um lanche? Uma dose?- - Não precisa ficar tão nervosa.- - E-eu não estou nervosa.- Ele apenas ergueu uma das sobrancelhas. E ela encolheu os ombros, respirando fundo. - Preciso estar atenta aos clientes que chegam.- - Não precisa se preocupar comigo.- Ele inclinou a cabeça, como se fosse confidenciar um segredo.- Só tem eu aqui. - Sim, mas…- - O que acha de lancharmos?- - Isso não seria apropriado.- Jade recuou. - Não seja tão rigorosa assim, quero apenas conversar.- Jade estreitou os olhos, com desconfiança. - Tenho uma proposta pra lhe fazer.- Ele riu com o canto da boca, e se apressou ao completar:- Mas não é nada indecorosa, prometo. Devido ao olhar de afirmação da garota, ele pôde perceber que aos poucos ela estava cedendo. Precisava fazê-la gostar pelo menos um pouco dele. Precisava conhecê-la melhor em apenas uma semana. Uma semana é pouco tempo demais para tomar uma decisão tão importante, mas era tudo o que ele tinha. Aquela moça simples e esperta seria perfeita para manter o contrato de um ano. Ela não tentaria mantê-lo preso ao seu lado, e Ian tinha quase certeza que ela não se importaria com as suas aventuras, já que não o deixaria toca-la. - Está me oferecendo um emprego?- A pergunta foi de fato retórica, mas Ian confirmou. - Se passar na prova, sim. É um bom estágio remunerado na sua área de jornalismo.- - O que eu preciso saber?- - O básico.- Ele levou os lábios a pousarem no copo de suco. Jade parecia ansiosa demais, e Ian não deixou de observar as ondulações feitas pelos seus se.ios devido a respiração ofegante. Ela passou a língua no lábio inferior, e Ian percebeu que ela costumava fazer aquilo quando estava pensando. Ele foi invadido por uma súbita vontade de esfregar a língua por toda aquela boca macia, e de tomar aquelas curvas bem desenhadas com as duas mãos. Ela parecia perfeitamente encaixável em suas mãos. Ele tomaria cada extensão de seu corpo com a boca e com a sua língua. E também a beijaria em lugares que talvez ela nem lembrasse que existiam no próprio corpo. - Senhor Esposito?- Ela o chamou, ao perceber que estava divagando. - Hum?- - O senhor parecía distante.- E ele estava. Estava em outra dimensão pensando em como aquela mulher seria deliciosamente irresistível por debaixo dos seus lençóis. Embaixo do seu corpo. Por cima e ao redor também. - Espero a senhorita na quinta-feira ás três da tarde.- - Não quero preferências, senhor Esposito.- - Não irei interferir, sou um homem ético.- Nem sempre era. Mas dessa vez seria. - Na quinta á tarde estarei lá.- Ela confirmou. Ele pensou em convida-la para o jantar que estava sendo organizado pelo seu pai, mas não a atiraria assim aos lobos. Jade era o tipo de menina que não tinha malícia para lidar com as pessoas daquele mundo. Do mundo dele. … Horas mais tarde Pela primeira vez na vida Ian podia dizer que estava nervoso com algo. Seu pai, o anfitrião da casa, recebia alguns dos seus convidados para o jantar em homenagem á Luciana, ex namorada de Ian. Luciana foi uma das últimas a chegar devido ao atraso do seu vôo, e estava impecável em seu vestido vermelho de alças finas. A mulher levava na boca um batom de mesma cor, e uma joia extravagante ao pescoço. Luciana sempre foi dada a exageros. Ela cumprimentou Leandro com dois beijos na bochecha, e repetiu a ação com Ian, deixando o segundo beijo ao canto da boca dele. Soraia, que foi o pivô do primeiro término deles, também estava presente, e observou de forma mordaz os movimentos da convidada de honra. Estava prestes a acontecer a terceira guerra mundial debaixo do seu teto, e Leandro não fazia ideia disso. Quem em sã consciência colocaria Luciana e Soraia juntas no mesmo ambiente? Chegada a hora do jantar, as duas mulheres cínicas ficaram próximas á Ian, e Soraia, que estava bem ao lado dele, sempre dava um jeito de esfregar a sua perna na perna do rapaz. Uma competição se instaurou por debaixo da mesa, pois enquanto os outros conversavam amenidades sobre o escritório, uma disputa de pés acontecia ao redor das pernas de Ian. Soraia esfregou o pé de sua perna, até a parte posterior de sua coxa. Luciana, que estava de frente, passeou com o pé nas proximidades da parte interna da coxa dele. E Ian estava prestes a sair correndo como um garoto de oito anos de idade. As duas estavam brigando como se ele fosse um pedaço de carne. Em qualquer outro tempo, isso seria motivo de orgulho, mas, na situação atual em que Ian precisava averiguar friamente a candidata possível para ser sua esposa temporária, tudo o que ele menos queria era uma mulher encrenqueira. Deus sabia o sacrifício que ele estava fazendo por ter que se casar. Cada vez mais ele estava convencido de que Jade seria a garota ideal. Em algum momento em que Soraia e Luciana empurravam uma o pé da outra no ponto em que se encontravam nas pernas de Ian, uma delas acertou o pé nas partes íntimas do mesmo, que teve que se agarrar a mesa e trincar os dentes para não uivar de dor. - Como eu estava morrendo de saudades dessa cidade…- Comentou Luciana, se sentindo vitoriosa por ter conseguido vencer a batalha ao empurrar o pé da Soraia para fora.- Estou louca para andar de barco.- - Estávamos programando para passear de barco por esses dias. Por que não vai conosco?- Convidou Leandro. - Ah, eu acho uma ótima ideia.- Concordou a mulher.- É quase tão romântico quanto Paris.- - Ah mas também pode ser trágico.- Soraia não resistiu em alfinetar. - Perdão?- A outra mulher se fez de desentendida. - Muitas pessoas vão para Paris para afogar as lágrimas… Ou esquecer um ex amor que a trocou por outra.- Soraia deu de ombros, levando uma uva á boca. Ian pigarreou. Leandro pigarreou também. Tânia, uma senhora de mais de meia idade que tinha um pouco de problema de audição, curvou-se na direção de Luciana. - Ela está comentando sobre o cordeiro? Não achei muito macio.- - É mesmo? Não é uma das minhas carnes favoritas.- Respondeu Luciana. - Uma ferida? Como assim? Você viu o animal ferido?- Perguntou a idosa. - Cordeiro não é a minha opção favorita.- Luciana aumentou o tom de voz. - E o que prefere?- - Carne de vaca.- Luciana olhou de esguelha para Soraia.- De preferência, bem passada. Novamente Ian pigarreou. - Está com problema de garganta, menino?- Perguntou Tânia, desfocando a atenção da pequena briga interna entre Luciana e Soraia. As duas mulheres estavam de frente uma para a outra e prestes a se matarem. E Ian estava sufocado. Ele precisava sair dali. - Irei ao banheiro, retorno em alguns minutos.- Soraia e Luciana estavam tão entretidas com as provocações que nem sequer escutaram. O rapaz cruzou da sala de jantar para a sala de estar, e foi-se pela porta que dava acesso á rua. … Jade ficou muito empolgada com a proposta que recebeu de Ian Esposito, então aproveitou a noite para concluir a matéria que iria apresentar na faculdade, e também para estudar para o tal teste que faria na quinta-feira. Ela não entendeu muito bem o que ele queria dizer com “ o básico”. Então tentou revisar tudo o que estava ao seu alcance. Algumas horas depois de Jade ter começado suas leituras, a campainha de sua casa tocou, e ela foi até a porta para abri-la. Ao girar a maçaneta, a moça se depara com a figura de Ian, que estava parado diante dela. - Senhor Esposito?- - Está ocupada? Eu precisava te ver.- - Pode entrar.- Ela desvencilhou com o corpo para que ele pudesse passar. - E-eu preciso conversar sobre algo muito importante.- - Quer uma água? Ou um café?- - Não, obrigado.- Jade fez um gesto para que ele sentasse, e ele sentou. - Então diga… No que posso ajudar?- - Eu preciso me casar.- ———————————————————————- Meus amores, vim pedir que leiam a minha nova história “ A mulher que eu deveria odiar”. Ela está concorrendo ao prêmio “ Meu amante secreto” e conto com a ajuda de vocês. Se passa em 1946, quase um ano após a segunda guerra mundial e conta a história de Júlia e Tomásio, dois jovens de famílias inimigas que se apaixonam. Sinopse: O erro dele foi se apaixonar pela filha de seu maior inimigo. Há séculos existe uma guerra entre a família Santiago e a família Messina, e para vingar a morte de seu pai, Tomásio Messina ganha a missão de encomendar a alma de Júlia Santiago, a filha do chefe da máfia de Aventine. Tom se infiltra entre os novos contratados da fábrica de pedras preciosas dos Santiago, com o propósito de se aproximar e atingir o ponto fraco de seu inimigo, mas tudo pode dar errado quando ele conhece a linda Júlia, que também tem o costume de frequentar a fábrica, disfarçada. Um se apaixona pelo outro a primeira vista, sem conhecimento das verdadeiras identidades de cada. Júlia e Tomásio acabam enfrentando os próprios preconceitos e decidem viver aquele amor em segredo de suas famílias. Uma nova guerra de sangue está prestes a se formar quando descobrem do romance secreto dos dois, inclusive Rodrigo, o filho do prefeito, que por ser noivo de Júlia e ter pretensões ambiciosas envolvendo a jovem, não aceita facilmente a traição da mulher que ama. Link: https://m.dreame.com/novel/441132288?link_type=1&utm_campaign=app_share_copyLink&auto_jump=false&utm_source=sns_pt_apppromo
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