Capítulo 9

752 Words
  Renee sentiu o sangue subir à cabeça, deixando seu rosto totalmente corado. A proximidade de Dante dificultava sua respiração; ela o empurrou levemente e murmurou:   "Eu… preciso voltar pro dormitório. Você devia ir também."   Dante encolheu os ombros e avisou: "Amanhã à noite você vai encontrar meu pai na casa dos Moretti."   Ela acenou rápido e se afastou apressada. Dante riu ao vê-la fugir como um coelho assustado.   ---------------------------------------------------------------------------   Na noite seguinte, Dante foi buscá-la. Ela conheceria o futuro sogro, e Renee estava extremamente nervosa. Ao descer do carro, olhou para o portão n***o entalhado e para a mansão imponente atrás dele — um frio na barriga logo surgiu.   Nunca imaginara se casar com alguém de família rica, muito menos com a mais poderosa da Itália.   Quando ficou paralisada de nervosismo, Dante segurou sua mão com firmeza. O calor e a segurança da mão dele acalmaram seus nervos inesperadamente. Ela olhou nos olhos dele, e ele manteve o contato intenso.   Seu coração disparou. Não teve coragem de continuar encarando.   Seus olhos eram penetrantes, como se vissem dentro da sua alma.   Ela baixou o olhar e então ouviu ele dizer, suave:   "Não fique nervosa. Tô com você e não vou sair do seu lado."   As palavras a acalmaram. Ele tinha razão — não precisava ter medo enquanto seu homem estivesse ali.   Entraram na casa e encontraram apenas um empregado na sala — Gustavo ainda estava no andar de cima. Dante pediu que o funcionário mostrasse a casa a Renee, enquanto ele subia para avisar o pai.   O empregado começou o tour. Era um lugar luxuoso: cinema privativo, piscina coberta, estufa enorme.   Era verão, e o jasmim estava florido. A brisa da noite trouxe o perfume até ela.   Empolgada, pediu para explorar a estufa sozinha. m*l sabia que, ao ficar sozinha, um par de olhos sombrios a observava na penumbra.   Renee só vira estufas na TV — nunca imaginara uma tão grande.   Caminhava maravilhada quando ouviu passos atrás. Pensando ser o empregado, disse:   "Já falei que volto sozinha. Não preocu…"   Não terminou. Ao se virar, viu um homem estranho.   "Quem é…?"   Antes que completasse, ele a agarrou.   Renee se debateu desesperada, mas ele era muito mais forte.   Cheirava a álcool — estava bêbado.   "Não sabia que o velho tinha uma gata dessas em casa. Pra que ser amante dele se pode ser minha? Sou jovem, tenho pique. Te dou tudo o que quiser."   As mãos dele, nojentas, apalpavam seu corpo.   Estava calor, e ela usava só um vestido leve.   Sabia que ele não a soltaria até conseguir o que queria.   Com toda a força, gritou:   "SOCORRO! SOCORRO!"   Ele tapou sua boca com a mão.   A paciência se esgotando, apertou seu pescoço.   "Fica quieta ou acabo com você aqui! Não sabe quem eu sou? Sou neto do Gustavo. Posso me livrar de qualquer coisa. Então cala a boca e abre as pernas enquanto ainda te acho bonita!"   Afrouxou a mão ao vê-la quase sem ar.   Renee olhou sem saber quem era.   Pela roupa, realmente parecia da família.   “Sou Fabiano Moretti,” apresentou-se, rindo de modo obsceno. “Filho único do meu pai. O império vai ser meu um dia. Agora vai ser boazinha e fazer o que eu mando?”   Renee não era gananciosa. Mesmo tendo aceitado casar com Dante para salvar a família, não trairia seus princípios.   Tentou se soltar e gritou de novo.   Fabiano percebeu que não conseguiria nada se ela continuasse gritando.   Já podia ter chamado atenção.   Por mais que se gabasse de se safar de tudo, era mentira — Gustavo era rígido e o espancaria até a morte se soubesse de uma violação.   Isso o trouxe de volta à realidade.   Lançou um olhar furioso a Renee por ser tão difícil.   Sempre fora fácil conseguir qualquer mulher que quisesse — essa tinha que ser encrenqueira.   Empurrou-a e deu um chute forte nas costas.   Renee caiu no canteiro de flores. Galhos pontiagudos perfuraram seu corpo, e uma dor aguda a fez gritar.   Fabiano ajoelhou e deu um tapa violento em seu rosto.   Uma tontura a dominou; seus ouvidos zuniam.   Ele se inclinou e ameaçou, irritado:   “Por ser tão difícil, vou te pegar outra hora. E aí não vou ser gentil. Vou te torturar até a morte na minha cama!”   Nesse momento, criados chegaram correndo — tinham ouvido os gritos.   Ao vê-la machucada, correram para ajudá-la.   “Senhor Fabiano, o que houve?”   Ele ajeitou a roupa com indiferença.   “Essa v***a tentou me seduzir. Só dei uma lição nela.”
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