Capítulo 4

1987 Words
- Vocês deixaram a Laura ir sozinha com aquele cara para a estufa?- Rafael quase gritou ao falar. - Você parece o nosso pai quando está com raiva... Ainda fala cuspindo.- Davi fez uma careta. - O que podíamos fazer? Ela foi por vontade própria.- Sofia deu de ombros. - Para onde eles foram?- - No sentido das estufas.- Sofia apontou a direção. - Faz muito tempo?- - Quase agora.- Respondeu Davi. - Já rolou um boato de que esse cara tentou violentar uma menina!- Rafael gritou, antes de disparar para a estufa. - Não sabia disso.- Sofia ficou boquiaberta. - Nem eu.- Davi também estava perplexo.- Quem o convidou?- - Algum amigo do amigo do amigo do amigo do Bernardo.-  ... Ao ser surpreendida por um beijo roubado, Laura empurrou o corpo de Pedro para trás, afastando suas costas da grade da estufa. Ela estava ofegante devido ao susto, e ele a encarava como se ela fosse um pedaço de carne prestes a ser devorado. - Acho que devemos voltar.- - Só depois do meu beijo.- Pedro fez menção em se reaproximar, e Laura esticou o braço para impedi-lo. - Não insista, ou eu juro que vou te machucar.-  - Me machucar?- Pedro riu com desdém.- Laura... Não precisa disso tudo por um beijo. Me deixa te convencer de como vai ser bom.- - Fique longe dela!- Uma voz masculina conhecida ecoou detrás deles, e Pedro se virou a tempo de receber um forte golpe no queixo.  - Você é louco?- Pedro massageou o lugar.- Por que fez isso? Estávamos apenas conversando.- - Você está bem? Ele fez alguma coisa com você?- Rafael segurou o rosto de Laura com as duas mãos, analisando-a para conferir se de fato sua integridade física estava intacta.  - Ele não fez nada. Mas tive medo que fizesse.- - Era só um beijo!- - Ela não queria!- - Isso tudo é frescura de mulher querendo chamar atenção. Se ela não queria, por que veio até aqui?- - Estávamos conversando!- Laura tentou se justificar. - Eu vou quebrar a cara desse i*****l!- Rafael deu um passo à frente, mas Laura se colocou no caminho. - Não vale a pena sujar as mãos com esse daí.- - Você tem ciúme dela. Agora tudo ficou nítido para mim.- Pedro deu meia volta, caminhando de volta para a área da festa. - Eu vou falar com o Bernardo. Esse cara vai sair daqui agora.- Rafael trincou os dentes. ... Do outro lado da área externa, mais próximo á borda da piscina, Bernardo e Jade conversavam em um canto isolado. Em meio às goladas que dava em seu copo, o anfitrião espiava os mínimos detalhes aparentes dos movimentos  de Jade. Apesar de se conhecerem a vida toda, de um tempo para cá, a presença dela tem deixado Bernardo inquieto e sem saber como agir. Após passar um minuto inteiro em silêncio, pela primeira vez, ele se sentiu constrangido e achou que deveria iniciar uma conversa, ainda que fosse uma mera amenidade. - O que está achando da festa? - Pergunta Bernardo á Jade, bebendo um copo de refrigerante.  - Está bem mais lotada do que eu esperava... Mas estou gostando bastante. A moça esboçou um sorriso largo, erguendo os olhos esverdeados e os fixando no rosto de Bernardo. Bernardo sente o ar escapar de seus pulmões, e observa com atenção os movimentos das expressões faciais de Jade. Sempre que ela tem dúvidas, entorta a cabeça para o lado e comprime os lábios bem desenhados com um quê de interrogação. - Algum problema?- -É... Não, não... Ele estava a sós com ela. Sempre foi apaixonado por ela. Precisava criar coragem e tomar a iniciativa, a grande oportunidade dele era aquela, já que estavam a sós.  - Acho que vou pegar mais limonada.- Jade fez menção de caminhar, mas Bernardo a segurou pelo pulso. - Espera... Tem uma coisa que eu quero te falar. - O que?-  Bernardo chegou a abrir a boca para falar, mas os gritos de Rafael direcionado a um de seus convidados acabou cortando suas palavras. Ele fazia uma acusação sobre Pedro ser um maldito maníaco pervertido, e exigiu que o rapaz fosse embora. Jade e Bernardo caminharam uma distância de menos de vinte metros para tentarem apartar os dois que estavam quase se matando. Um círculo de pessoas estava envolto ao redor da confusão, e entre eles estava Laura, sendo abraçada por Sofia - sua irmã gêmea.- - Alguém explica o que aconteceu?- Perguntou Jade, enquanto Bernardo tentava segurar Rafael que estava prestes a avançar no pescoço do outro. - O Pedro tentou forçar a Laura a ficar com ele. E pelo que parece, já fez o mesmo com outra garota.- Explicou Davi. - Amiga... Ele te machucou?- Jade a envolveu em um abraço acolhedor.  - Não teve tempo.- A voz de Laura saiu chorosa. - Ele tentou forçar a Laura!- Gritou Rafael, segurando Bernardo pelo colarinho. - Faremos tudo formalmente, mas não é desse jeito que as coisas vão para a frente.- Bernardo também segurou o colarinho de Rafael. - Que escândalo é esse?- Noah surgiu no meio da gritaria, com os cabelos desgrenhados e o zíper da calça aberto. - Você sabe muito bem que a justiça é uma porcaria quando se trata dessas coisas.- Rosnou Rafael. - Quando se trata do que?- Perguntou Noah. - Esqueceu que o tio Leonardo é juiz?- Bernardo ergueu uma das sobrancelhas. Rafael pareceu ponderar a respeito, cedendo a posição de ataque. Com a ajuda de Noah, que continuava sem saber o que estava acontecendo, Bernardo tirou Pedro de sua casa. A festa acabou perdendo o sentido devido a confusão, e Laura, Rafael, Jade, Bernardo, Davi, Noah e Sofia decidiram refrescar a cabeça em um bar que ficava a meio quilômetro de distância do condomínio em que estavam. Coincidentemente, Alice também estava lá, acompanhada de suas duas amigas. Alice jamais suportou ser vista com o grupo de amigos de Laura, sempre os achou patéticos e simples demais por não fazerem parte do grupo popular da escola - com exceção a Rafael-, e sentiu-se traída por Sofia, ao vê-la interagindo como se fosse um deles. Encostada em um dos balcões, com o seu drinque na mão, ela observou os seis amigos adentrarem o estabelecimento. O tamanho da felicidade era tanta, que Alice jamais imaginaria, devido ao monte de risadas, o que acabou de acontecer com uma de suas irmãs.  Eles escolheram uma mesa próxima á janela, e Noah foi o primeiro a avistar Alice. Ele caminhou até onde estava a garota, surpreendendo-a de costas, e sussurrou próximo ao ouvido dela, fazendo-a arrepiar de susto. - Está perdida por aqui?-  - Infelizmente eu não sabia que aqui estava tão m*l frequentado.- Ela virou de frente ao terminar de falar, ficando com o rosto a poucos metros de distância do de Noah. - Não sabia que gostava de beber sozinha.-  - Se a companhia fosse a de vocês, eu preferiria beber sozinha.-  - Isso de fato seria interessante se a sua companhia não fosse tóxica até para você mesma.- Alice olhou para ele de cara feia. - Oi Noah.- Diz Marcela, chegando acompanhada de Olívia.- Não sabia que iria nos acompanhar. O olhar de flerte de Marcela causou uma intensa irritação em Alice, que não evitou revirar os olhos.  - Vim apenas cumprimentar, estou com meus amigos.- - Senta um pouco conosco.- Insistiu Olívia. - Ah, vai... Só um pouco.- Disse Marcela. - Não!- Alice quase gritou, colocando a mão na boca ao perceber que se excedeu.- Ele vai beber com os amigos dele, e nós vamos embora.- - Ah, Alice... Acabamos de chegar.- Se lamentou Olívia. - Vamos para o bar da esquina que é melhor frequentado.- Alice caminhou no sentido da porta, passando pelo grupo que veio com Noah. - Hoje o humor dela não está dos melhores.- Disse Marcela secamente, seguindo a amiga. Olívia foi junto. ... Horas mais tarde No final da noite, Victor convidou Sofia para assistir um filme em sua casa e também para conversarem um pouco melhor, já que seus pais não estariam nesta fatídica noite. Ao chegar lá clandestinamente por um carro de aplicativo, despistando Jade - irmã de Victor- que estava em sua casa, Sofia caminha temerosa pela sala de estar até as escadas, onde ficava o quarto de Victor. - Não sei se isso é uma boa ideia, Victor... Seus pais podem chegar e ... - Estamos assistindo um filme, apenas isso.- Victor fechou a porta atrás de si, erguendo o canto da boca em um sorriso malicioso.  - Com a porta fechada a tia Mirela pode achar que...- - Esquece meus pais, Sofia... Só vão chegar de madrugada... Que desespero. - Mas...- - Chega de “ mas”.- Victor pousou um beijo na pele macia de seu pescoço, no ponto em que a pulsação estava acelerada. Sofia estremeceu com o toque, cedendo involuntariamente com o corpo, que ficou vulnerável ao abraço de Victor. Ele mordiscou sua clavícula e os seus ombros nus, puxando cada vez mais para baixo as mangas de sua blusa.  Victor elevou uma de suas mãos ao seio médio, apertando-o, afastando a renda do sutiã sem alça que o cobria, levando a pele enrugada do mamilo a boca. Sofia arfou com o toque, comprimindo os lábios para conter os gemidos quando Victor devorou todo o seu seio direito.  O rapaz deitou o corpo de Sofia sobre a sua cama, colocando-se sobre ela, entre as suas duas pernas. - Victor, eu não acho que seja...- - Sh...- Ele mordiscou a parte interna da coxa de Sofia, deslizando seus lábios para próximo da área proibida.- Disso você não vai se arrepender, eu prometo.- - D-disso o que?-  - Já te beijaram aqui?- Victor adentra a saia de Sofia com uma das mãos, deslizando o dedo médio pela carne macia da garota. Um ardor subiu do pé da barriga de Sofia para o resto do corpo, e ela se sentiu tão eletrizada que tudo o que foi capaz de fazer para esboçar uma reação foi mover a cabeça em uma resposta negativa. Com um sorriso malicioso, Victor levou seus dedos a puxarem as alças da peça íntima de Sofia, e depois, capturou a parte quente e sensível do corpo da jovem com os lábios, introduzindo a língua por sua cavidade. Sofia gemeu ao sentir a língua macia passear por toda a sua i********e, e experimentou uma sensação perigosa quando Victor atingiu a protuberância que ficava escondida em sua i********e. Os músculos da garota estavam retesados e ela estava prestes a explodir em uma frenesi que jamais houvera experimentado quando de repente... Ele parou. Sofia ainda estava ofegante, com a respiração entrecortada, e viu quando Victor abriu o botão de sua calça. - O que está fazendo?- Ela conseguiu perguntar. - Aquilo foi apenas uma preparação para o que está por vir.- Ele fez menção em se aproximar, mas Sofia ficou de pé. - Eu não quero fazer isso hoje, não estou pronta.- - Sofia, se ao menos tentar...- - Eu não quero tentar, Victor.- - Tudo bem.- Ele suspirou, decepcionado, voltando a fechar o botão de sua calça.- Vamos assistir o filme então.- Sofia caminhou até a porta, girando a chave e abrindo-a. - Fico mais confortável assim.- ... Jade foi a primeira a ir embora da casa de Laura. Os outros integrantes do grupo já tinham suas próprias ocupações, então só restou Rafael, que assistiu Laura dormir profundamente no meio do filme. Ele sorriu com o canto da boca, puxando as cobertas para agasalha-la bem naquela noite fria. As pálpebras de Laura se moviam com frequência, indicando que provavelmente ela estava sonhando e devido ao meio sorriso que dava, com certeza, se tratava de um sonho bom. Rafael acariciou uma de suas bochechas, pousando um beijo no lugar. - Espero ter o mesmo sonho bom que você.- Murmurou, encostando a cabeça no braço de Laura.
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