Eu te amo!

3612 Words
O dia do vestibular! Diana: - Bastou um tempo comigo e eu finalmente consegui fazer você se alimentar. Agora sim poderei te dar alta, você tá até com uma aparência melhor. - Não sei como te agradecer Eliza, só por ter tido essa paciência toda comigo, já merece tudo que eu tenho. - Deixei disso boba! Você faz o meu filho muito feliz, faz muito tempo que eu e o Willian não vimos ele tão animado assim. - Ela não tem noção de como eu fico feliz ao ouvir isso. - Tá falando mal de mim né mãe? - Pergunta fazendo sua entrada triunfal. Como sempre ele adora chegar de fininho. - Falei para Diana que você fazia xixi na cama quando criança. - Disse já dando risada. Começamos a rir um encarando o outro feito três doidos, quem me dera ter uma mãe igual a essa... E falando em mãe... De algum jeito Stefano conseguiu a permissão da minha mãe para que eu ficasse na casa dele, óbvio que eu não iria recusar um pedido desses, saímos do hospital e achei estranho Eliza não me falar nada da minha dívida com o hospital, já que esse lugar é de gente rica né... Estou parecendo um projeto de homem com as roupas largas do Stefano, cabem duas de mim dentro, estou querendo quebrar a cara dele enquanto ele se diverte me vendo assim. - Você tá muito fofa. - Afirma me deixando com raiva. - Eu quero bater em você! Onde você deixou minhas roupas? - Pergunto hipnotizada por esses lindos olhos verdes. Deus! Com essa carinha de bobo apaixonado nem dá para brigar. - Eu esqueci de deixar na lavanderia, por isso trouxe minhas roupas, olha que essas peças não servem mais em mim. - Fala dando um enorme sorriso. “Lógico que não serve, com um corpo desses que só parece crescer a cada dia que passa é complicado entrar em alguma peça de roupa...” No carro, cruzei os braços e ele continuou brincando comigo o caminho todo até a casa dele. Fomos direto para o quarto onde minhas coisas estavam e eu percebi que ele só queria me ver usando as roupas dele mesmo... Tem uma mala cheia de roupas minhas aqui, enquanto ele deu a desculpa que minhas roupas estavam na lavanderia... Ah se eu não te amasse Stefano. - Esse é seu quarto né? - Ele assentiu e continuou me encarando. - Onde eu vou dormir? - Pergunto. - Aqui. - Fala na maior cara de p4u enquanto se joga na cama. - Fica tranquila, eu disse que sou paciente. - Eu preciso te falar uma coisa... Faz muito tempo que venho guardando isso só para mim, passamos tanto tempo juntos que está ficando impossível de esconder o que sinto por você. - Digo morrendo de vergonha. Tenho tentado me abrir com ele, mas tá ficando pior a cada dia, eu sempre acabo revivendo as palavras do Thomas na minha cabeça e estou cansada disso, eu preciso tentar. - Eu... Eu te amo Stefano! - Mesmo gaguejando, consigo dizer o que queria. - O que foi que você disse? - Olhando para baixo tentando esconder meu rosto corado, não consegui vê-lo se aproximar de mim. - Diga outra vez por favor! - Eu te amo. - Repito, mas dessa vez olhando em seus olhos. - Eu também te amo Diana. - Ao dizer isso, ele me abraça tão forte que acabamos caindo na cama, nos beijando e presos um ao outro como se o mundo fosse acabar nesse momento, sinto suas mãos em minha cintura enquanto eu deslizo as minhas pelo seu peitoral definido. Eu não sinto vontade de parar, embora eu queira muito me deitar com ele, confesso que sinto medo de alguma coisa que não sei explicar, de fato é parte da minha vida ter sido controlada durante anos. Agora chega, chega de ficar pensando no que pode me acontecer, eu preciso parar de ficar pensando no futuro o tempo todo, se não, eu nunca vou viver assim, sempre com medo. Sinceramente, eu não tenho nada a perder além do meu coração, então que se dane, já que estou no inferno mesmo, vou beijar o capeta de uma vez. Perdemos a noção do tempo enquanto estávamos nos beijando e só nos desgrudamos quando perdemos o ar. - O jantar está servido crianças! - Avisa Eliza do lado de fora. - Já vamos descer mãe! - Responde todo sorridente, enquanto eu estou aqui toda derretida... - Vamos minha princesa, meu pai vai me bater se a gente demorar. - Concordei sem pensar duas vezes, pois estou morta de fome. Fiquei na casa deles até passar as provas finais da escola, que sinceramente, foram mais tranquilas do que eu pensei, nesse tempo nós dois finalmente completamos a maior idade e nosso sonho de ficarmos juntos está cada vez mais próximo. Poucos dias depois o tão esperado vestibular chegou, desse sim eu estou com medo, eu preciso passar, não quero mais viver perto do Thomas, não quero mais ser controlada o tempo todo nem por ele, nem pela minha mãe, eu não quero mais ser machucada por ele enquanto ninguém faz nada além de aplaudir os atos repugnantes dele, essa é a minha oportunidade e vou agarrá-la com todas as forças que eu tenho. Dentre todas as preocupações que eu tenho, apenas esse vestibular está martelando minha cabeça sem parar, a possibilidade de sair daqui é a única coisa que me mantém motivada e firme para continuar. Fiz a prova me esforçando para segurar todo o nervosismo que estou sentindo, eu tenho que conseguir, se não, todo o meu esforço será em vão e eu não quero decepcionar a única pessoa no mundo que me apoia de verdade. Na hora da saída, Stefano apareceu ao lado de um carro esporte com um buquê de flores enorme nas mãos. - Senhorita Peterson, espero que esteja pronta para uma tarde inesquecível. - Muito obrigada senhor Ferraz! Essas flores são lindas... Quero saber onde vamos, depois eu digo se estou pronta. - Digo com um sorriso de orelha a orelha vendo as flores. - Nada disso, não vou contar meu amor, é uma surpresa, mas a noite eu vou querer saber se você gostou ou não, agora vamos. - Responde abrindo a porta do carro para mim. Fomos num parque de diversões, fliperama e para fechar a tarde, fomos andar a cavalo, ele foi no mesmo cavalo que eu, para tentar me acalmar, sou medrosa até para isso, fui o passeio todo pensando que daria a louca no pangaré... “Sou cagona mesmo e daí?” Que sonho é esse meu Deus, para me alegrar, as coisas não andaram para o lado errado como de costume. Essa tarde foi a melhor que já tive, eu nem quero imaginar o que ele vai aprontar se eu passar no vestibular. Mas é claro que se tratando da minha mente conturbada, eu tive que pensar em bobagem, mas isso não importa, nada vai me fazer descer do salto hoje, mesmo desanimada vou continuar com um sorriso no rosto. Nós chegamos na casa dele a noite e eu nem sei o que dizer a respeito de hoje, que tarde maravilhosa! - E então? Porr4 Diana! Esse seu sorriso lindo, tá me deixando louco! - Diz me agarrando. - Entenda Stefano! Você é o melhor namorado do mundo! - Respondo em seus braços. Fomos para o quarto e depois de me deitar, eu me pergunto que merda tem de errado comigo, depois de um dia maravilhoso ainda voltei a me questionar sobre tudo isso, peço a Deus que não seja um sonho, segundo a minha própria mãe, eu só conseguiria homens que me usassem feito uma put4... Estou com muito medo do que realmente está acontecendo, estou perdidamente apaixonada por um cara que ficará meses, talvez anos longe e eu não irei fazer parte da vida dele muito menos sei para que será a viagem dele para fora da cidade, mas se tudo der certo, quem sabe não poderemos ter um relacionamento a distância, independente do problema Thomas, eu quero muito poder manter o contato com o Stefano... E falando do problema que tem um nome, sobrenome e endereço, sei que se eu estiver sozinha e desamparada, ele vai acabar descobrindo de algum jeito, para que então, possa ressurgir das cinzas para acabar com a minha vida. [...] As semanas se passaram e finalmente o chegou o dia da divulgação dos resultados, a manhã inteira tem sido uma loucura, saímos bem cedo de casa para chegar na escola antes do lugar ficar muito lotado. Stefano me fez tomar um calmante antes de vir para cá, mas infelizmente não fez efeito algum, estou andando de um lado para o outro sem parar, o tempo todo ligada no 220. “Essa ansiedade ainda vai acabar comigo...” - Amor por favor se acalma! - Stefano me pede com uma voz um pouco desesperada. - Eu não sai do seu lado em momento algum, mas estou parecendo um enfeite de natal parado aqui. - Me desculpa! Estou apavorada. - Respondo nervosa. Tudo piorou quando vi a professora chegando com os resultados para colar nas paredes, me sinto congelada por dentro e por fora. - Agora é a hora minha princesa. - Fala me dando um tapinha de leve nas costas. Antes de ir até a parede, ele me abraça. - Quero que você se lembre, jamais te deixarei sozinha; mesmo se não passar, eu estarei aqui para você. Criei coragem para ir, mas não tirei da cabeça que finalmente terei uma vida ao lado do Stefano. Antes de chegar aos resultados da prova, sou barrada por uma professora dizendo que precisa me levar para diretoria, mas acabo me assustando ao sentir as mãos de alguém me puxando para trás. - Olá, sou Stefano, o responsável por ela, o que houve? - Se apresenta para a professora. Só quero saber de onde essa criatura saiu Senhor! Quase me matou do coração. - Senhor, essa jovem está entre os melhores e querem oferecer a ela uma bolsa de estudos. Por isso o diretor gostaria de conversar com ela. - No mesmo momento, Stefano me olhou com um sorriso de orelha a orelha. - Uma bolsa? Para mim? Isso tá certo mesmo? - A encho de perguntas curiosas. Não consigo acreditar nisso... A professora assentiu e me mostrou onde fica a sala do diretor. Sabe aqueles sustos de desenho animado em que o personagem fica todo branco? Pois é, preciso ir até um espelho para ver se eu não estou desse jeito. Porr4! Como assim eu tirei uma nota alta, óbvio que estou pulando de alegria, mas sei lá né? Não tá entrando na minha cabeça que eu finalmente consegui e com isso poderei tomar as rédeas da minha vida. “Obrigada Deus! Muito obrigada!” Depois de falar com o diretor, nós concordamos em comemorar, segundo Stefano, eu mereço muito mais que apenas um dia de passeio... É mesmo verdade, eu ganhei a bolsa de estudos, esse é definitivamente o melhor dia da minha vida! Descobrimos que na cidade está havendo uma festa em prol da igreja, parece ser coisa grande e com um pouco de tudo, com um ingresso super barato que eles estão vendendo, dá para fazer muita coisa, já andamos na montanha russa do parque, fomos ao cinema, nos empanturrando de doces caseiros, ele ganhou um urso de pelúcia enorme depois de ter acertado todos os anéis na boca de uma garrafa, participamos de um leilão e ele ainda comprou uma casa de campo. Eu não quero aceitar, mas ele não para de insistir dizendo que quer me dar essa casa de todo jeito, mas é claro que, se ele for morar comigo talvez eu pense no caso... Nosso dia terminou com uma vista incrível do Sol se pondo, infelizmente os pais dele não pararam de incomodar e por isso vamos ter que voltar para casa, estou cansada, mas também quero reviver todo esse dia novamente. - Stefano, não vou ficar com aquela casa, mas se você vier morar comigo eu posso pensar no caso... - Minha voz sai maliciosa. Percebo que chamei a atenção dele e lanço um sorriso de canto da boca para me fazer de santa. - Gostei da ideia, gostei muito, da ideia, mas agora não dá, sabe que se eu pudesse largaria tudo só para fugir com você. - Suas palavras e sua voz rouca, acabam me deixando sem jeito. - Você sabe que tenho um problema sério com carência, aí você me manda uma dessa, não largaria tudo por mim, deixa de falar bobagem! - Digo isso querendo me estrangular por tentar estragar esse dia maravilhoso. - Eu só não te dou umas boas palmadas na bund4 agora porque eu te amo, você não tem ideia de como morro de vontade de te deixar de castigo quando me diz essas coisas. - Desculpa... - Peço envergonhada. - Tudo bem. - Dito isso, me puxa para um beijo ainda dentro do carro. É incrível o esforço que a minha mente paranoica tem para estragar momentos bons iguais a este, mas graças a Deus ele entende e me ajuda mais do que pode, esse apoio dele só faz tudo que sinto se intensificar, ele não tem ideia de quanto sou tão grata por isso. Uma pessoa boa na minha vida é uma coisa tão nova, eu não tenho ideia de como reagir, acabo sempre esperando reações iguais às que o Thomas tinha quando me viol3ntada e como virou uma coisa frequente, ainda estou aprendendo a me abrir. - Esperem na sala crianças, já está quase na hora do jantar...- Eliza passa nos avisando assim que pisamos para dentro da casa. - E vocês não se esqueceram do almoço de amanhã, não é? - Pergunta pela milésima vez a mesma coisa. - Não mãe, não esquecemos, você está nos lembrando a cada dez segundos. - Stefano responde já estando impaciente. Fomos até o quarto, nos trocamos de roupa rápido para descer já que a Eliza nos mandou esperar na sala. Em um dos corredor da casa esbarramos em Willian, talvez seja coisa da minha cabeça, mas estou sentindo um clima tenso entre esses dois, vendo eles se encarando como tivessem cometido um crime que ninguém pode descobrir. Na cozinha eu confesso que esse jantar foi o mais esquisito que já aconteceu nessa casa, pelo menos enquanto estou aqui presente, eles vivem se falando, são unidos demais e agora do nada as coisas ficaram assim, calados, nem se olham. Há uns dias venho notando o comportamento estranho do Stefano, mas não tenho coragem de perguntar, com certeza é coisa deles, enquanto eu estou aqui de “penetra”. - Aconteceu alguma coisa amor? - Pergunto curiosa assim que entramos no quarto. Não tem jeito, a parte fofoqueira que vive em mim não resiste a uma encrenca, depois que subimos para esse quarto, ele não disse uma palavra e eu tive que perguntar. - A minha relação com meu pai já teve épocas melhores, nada que precise se preocupar minha linda. - Fala sem olhar em meu rosto. - Vou estar aqui, caso você precise de um ombro para chorar. - Digo tentando confortá-lo como posso. - Muito obrigado, agora vem cá, não me deixe dormir sozinho nessa noite tão fria. - Me puxa para a cama com ele. Percebo suas mãos trêmulas no momento em que ele me agarra, sua respiração está ficando ofegante, pensando que ele possa ter outro ataque de asma, apenas me viro para abraçá-lo. Bom... Vou no mínimo tentar fazer um papel de boa namorada, nem sei o que é ser uma boa namorada para falar a verdade, mas vamos ver no que isso vai dar. Notei que já são 3 da manhã e ele ainda não pregou os olhos, virando para todos os lados da cama, isso tá me incomodando, eu sei que ele não tá legal, porém, me sinto impotente sem saber o que fazer para ajudá-lo. Estou morta de sono, porém não consigo dormir assim. - Você ainda tá acordada? - Pergunta me assustando. - Sim, você também não dormiu. - Retruco me segurando para não soltar um bocejo. - Meu pai quer adiantar a viagem... Brigamos porque pedi que levasse você comigo e ele não aceitou. - Diz se sentando na cama. “Tá, por essa eu não esperava...” - Amor, você já pensou que poderíamos ter um relacionamento a distância? Se é isso... - Eu não quero te deixar e você sabe muito bem porquê. - Me interrompe com uma voz trêmula. - Me desculpa, a última coisa que eu queria era dar problemas para você. - Digo envergonhada, embora eu já soubesse o que poderia estar causando, já que estou nessa casa a tantos dias. - Para com isso, se esse “problema” está incomodando você, infelizmente eu lamento dizer que isso é apenas a ponta do iceberg. - Retruca nervoso e sai do quarto batendo a porta. Para mim, eles sempre foram uma família decente e agora escuto essa. Depois de discutir com ele, vejo a hora passar rápido e nada dele voltar para o quarto, decido então ir pegar um copo de água, uma desculpa barata para procurá-lo, talvez tentar conversar com ele, embora eu ache que não dará certo. No andar debaixo, escuto conversa vinda da cozinha, começo então seguir essas vozes e a únicas coisas que consigo escutar, são o bastante para me deixar alerta: “Ele sabe e não se importa, não se importa com nada que não seja para benefício dele mãe!” Ouvir isso me faz pensar na briga dele com o pai, fiquei sem jeito para entrar na cozinha, mas entrei mesmo assim, é uma merda não poder ajudar em nada e a cada momento que passo aqui, só me deixa mais impotente, eu gostaria de poder fazer alguma coisa, porém, não sei de nada que acontece na vida deles. - Olá querida. - Eliza alerta Stefano da minha presença. - O que faz acordada a essa hora? - Pergunta curiosa, talvez já imaginando que eu estivesse ouvindo. - Vim buscar um copo d'água. - Respondo sem jeito. Ela me oferece a jarra com água e dá passagem para eu me aproximar do Stefano. - Deixarei vocês conversarem, boa noite e não se esqueçam do almoço! - Se despede de nós e novamente ela nos lembra do bendito almoço, se não chegarmos na hora nesse restaurante, quem ficará desapontada serei eu... - Não veio pegar água, não é? - Pergunta com uma voz bem baixinha. Percebo que ele esconde o rosto e quando me aproximo mais, vejo que ele está chorando. - Por que está chorando? - Pergunto aflita. É a primeira vez que o vejo assim, a coisa realmente é séria. - Minha vida... É uma piada. - Fala deixando as lágrimas caírem sem controle. Vendo que ele poderia se exaltar, dou-lhe um abraço, não tenho outras opções a não ser isso, a minha presença não vale muito então vou improvisar como posso. - Desculpa, desculpa, me desculpa por favor! - Grita soltando o peso do corpo por cima de mim e caímos os dois de joelhos no chão. “Mas afinal, o que aconteceu para fazê-lo chorar tão desesperadamente?” Sei que ficamos abraçados no chão da cozinha por longos minuto, faria de tudo para acalmá-lo independente do que fosse. Vê-lo desesperado daquele jeito me deixou muito preocupada, mas já tenho em mente que o motivo é aquela maldita viagem e pelo andar da carruagem, será questão de tempo até acontecer, preciso estar preparada, não quero ser pega de surpresa para depois não conseguir parar de chorar, ficar sem ele será o meu castigo. “Nada vai sair como eu planejo, como farei para não sentir a falta dele se eu o amo? Estou perdida...” Consegui trazer o Stefano para a cama comigo, mas não consegui pregar os olhos um minuto se quer, a hora passando e o peso dos meus olhos só aumenta... O sono começou a chegar por volta de 7 da manhã quando o Sol já estava nos agraciando com sua belíssima luz, antes disso foi só sofrimento, não parei de pensar no Stefano, por conta disso não dormi a noite toda. E falando dele, eu espero que tenha conseguido dormir nem que for por pouco tempo, estando de cabeça quente, ele não vai conseguir se resolver com o pai. Umas horas mais tarde acordei com o celular tocando e parece que tá tocando a um tempo... Eu queria desligar só para voltar a dormir, mas infelizmente quando vi a quantidade de mensagens e ligações perdidas, me dei conta de que pode ser coisa séria. - Quem é? - Atendo com os olhos implorando para dormir mais umas horas. - Só um minuto, vou passar para ele. - Digo sem entender nada que a pessoa do outro lado da linha falou, lamento muito se essa pessoa precisava falar comigo, pois ela se ferrou, não ouvi nada que fosse muito concreto além da palavra “Stefano”... O cutuquei para passar o telefone e quase levo um tapa. - Porr4, quem liga a essa hora num sábado de manhã!? - Me pergunta irritado. Passo o telefone segurando a risada e volto a dormir, ou pelo menos, volto para tentar dormir... - Put4 merda! Mãe!? Desculpa o atraso por favor, 20 minutos e já estaremos aí. - Me assusto ao ouvir as palavras “vinte minutos”. - Perdão, estaremos onde? - Pergunto triste e morta de sono.
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