Narrado por pesadelo.
Tinha quatro carros comigo, com cinco soldados dentro fortemente armados. E eu, Luara e o canivete estávamos em outro. Vocês podem está achando que a gente tá exagerado, mais isso é por que vocês não sabem como as coisas funcionam lá. Já estamos chegando e eu percebo que Luara está seria.
- Tá tudo bem?- perguntei.
- Se eu morrer com tiro vai ser suave.- ela fala e eu olho pro canivete na hora.
- Deixa de falar m***a garota.- falei com raiva.
- Eu achei que iria morrer na mão do pezão. Fazer isso vai ser moleza.- ela fala e eu assinto.
Quando chegamos no caminho da entrada, a Luara desceu do carro e pegou a mochila e encostou na janela olhando para mim e para o canivete.
- Obrigado gatos. Por tudo.- ela fala e anda até a entrada. Daqui do carro conseguimos vê os vapores seguir ela com o olhar e passar um rádio para outras pessoas.
- Vai dá tudo certo. - Canivete fala.
Passaram três viaturas nesse exato momento e eu e o Canivete já passamos rádio pro soldados que estão aqui perto. Eu tô com um aperto no peito e não tô gostando disso.
Derrepende ouvimos barulhos de pneus e derrepende a entrada do morro tinha mais de 10 viatura e um blindado. E logo os tiros começaram a soar.
- Porr@, p***a, p***a. - eu gritava e socava o volante.
- Como que nois vai pegar ela nesse caralh0? - Canivete pergunta bem altera e nervoso. - eu falei, eu falei pra tirar ela das entregas. Eu falei pirr@. - eu gritava e isso me deixava mais put0.
- E agora patrão? oque vamos fazer?- um dos meus soldados pergunta no rádio.
- eu não sei, espera aí.- falei.
- como será que ela tá? - perguntei baixinho.
- Eii, ela é cria de favela, ela é acustumada a vê esses confrontos. Ela é esperta, ela deve tá bem. Vamos pensar positivo.- Canivete fala.
- pensar positivo canivete? minha mina tá lá dentro, no meio de um tiroteio. E tu quer que eu pense positivo? vai tomar no C.u .- gritei passando aos mãos em meu cabelo.
- Tu tá esquecendo que ela é minha irmã. Eu estou surtando aqui também. Mais isso não vai adiantar nada. A ge te tá aqui, preso dentro de um carro sem poder fazer nada.- ele fala e eu lembro de um pessoa.
- Annayelly.- falei
- Oque?
- A Annayelly, tem poder suficiente pra mandar o dono dessa comunidade deixar a Luara em um lugar seguro.- falei.
- Liga pra ela porra.- ele grita.
Peguei meu celular e procurei o contato da tatuada.
- Que surpresa você me ligar pesadalo. Em que posso te ajudar.- A Annayelly fala.
- Preciso que você faça uma ligação pro dono da comidade de trocas. Minha mulher foi fazer uma entrega e a polícia chegou no menso estante. Ela tá dentro da favela, e está desarmada.
- Porr@, pesadelo. A guria ia fazer a entrega a onde?- ela pergunta.
- Na primeira esquina depois da entrada.- falei nervoso.
- descreva, rápido.- ela manda
- cabelo liso escuro, pela branca e tem tatuagens no antebraço. Ela tá de calça preta e uma blusa da cor branca.
- Beleza, vou vê aqui.- ela fala e desliga.
Pego meu rádio e passo mensagem pro vapor pra eles ficar no jeito que qualquer a gente vai sair atirando nós canas e entrar no morro.
Depois de três minutos meu celular toca e era a Annayelly.
- Eles tão procurando ela. Ele falou pra tu não entrar se não tu morr&. Eles me deram a palavra que vão procurar ela e colocar em um lugar seguro. Só espera tá.
- tem certeza Annayelly? Ela é minha mulher, é irmã do Canivete. Nada pode acontecer com essa mina.- falei nervoso.
- Eu tô ligada na história dela meu parceiro. E fica tranquilo. Eles não são doidos de passe por cima da minha palavra não! Agora tu, fica de boa aí. E espera a p***a dessa invasão acabar.
- tá bom, obrigado dona. Qual é a troca?
- preciso de troca não! só em saber que ela amoleceu esse seu coração aí eu já fico feliz. Felicidades meu filho, trás ela pra mim conhecer tá.- Annayelly fala. Annayelly foi uma pessoa que me ajudou muito durante toda a minha vida. E ela viu o quanto eu mudei. Ela é uma mulher fod@ pra c*****o e ficou muito do lado da minha mãe, quando nós mais precisou. Annayelly tem 40 anos eu acho, não sei bem, e a filha dela é a Bruna, mulher do meu mano Arthur. Família fod@ a deles.
- A gente não tá junto, mais eu vou levar ela aí sim qualquer dia.- falei calmo, mais ainda estava nervoso.
- Tá bom. E só mais uma coisa, tira tua mulher desse trabalho. Tu sabe que isso é perigoso. E eu não quero te vê perdendo mais ninguém. Agora tchau.- ela fala e desliga.
Eu como todos os outros soldados ficamos ali, sem fazer nada. Só esperando essa p***a toda acabar. E quando olhei pro relógio vi que já era Nove da noite
. Como será que ela tá? Será que ela se machucou? Será que ela tá sozinha? protege ela meu Deus. Por favor. Nunca fui de te pedir nada! mais essa mina tá mexendo comigo. Deixa ela bem tá.
Canivete falava no telefone com a Bryanna, tentando acalmar a mesma e eu só prestava atenção. Canivete sempre foi apaixonado nessa mina. Eles se conhecem dês de menor, e eu lembro quando ele começou a morar na minha casa que ela ia todos os dias lá, vê ele.
Sempre achei bonito essa amizade deles, e eu sabia que isso ia dá em namoro um dia.
- Te acalma aí paizão. Ela vai está bem quando encontrarmos ela.- canivete fala.
- Procura outra pessoa pra fazer essas entregas. Luara não vai mais.- eu falo.
- Vem cá pesadelo. Por que você não tenta ter um relacionamento com Lua?- canivete pergunta.
- A gente se conhece só a um mês porr@. E também, eu não quero me prender a ninguém não.
- o tampo não é nada na vida que nós leva. E tu sabe disso. E eu não acredito que tu prefere as p**a do morro do que a Luara.
- Não é que eu prefiro as put@, mais é que com elas eu não tenho obrigação de nada.Luara é mina firmeza. Não quero magoar ela.
- Então não mágoa. Você muda quando tá com ela cara, você se preocupa como nunca se preocupou com ninguém. Você tá até saindo do morro só pra Aproveitar com ela. - ele fala e meu celular toca. Era a dona Helena. Eu atendi, expliquei pra ela tudo, e escutei minha coroa chorar.
Em tão pouco tempo Luara se tornou uma pessoa muito importante em nossas vidas, e isso eu não posso negar. Eu falei que Annayelly tinha nós ajudado e ela ficou mais tranquila. Eu desliguei e voltamos a prestar atenção na comunidade. Os cana já estavam recuando porém o blindado ainda não tinha saído.
Minha mente só rodava uma coisa: Será que o canivete está certo? Será que eu deveria tentar? se ela voltar bem, sem nenhum arranhão pra mim eu tomo uma atitude.