Enrique 2

961 Words
Alejandro me ligou e explicou o que estava acontecendo, malditos brasileiros intrometidos, eles não podiam abrir a boca para ninguém, caso contrário, colocariam o meu negócio em risco. Pelo o que entendi, se tratava de uma família e eu deveria resolver que fim teriam, mas não imaginava nada mais do que a morte para eles, já que presenciaram uma transação entre meus homens e meus clientes. Mandei preparar o carro e segui com dois homens para o local indicado. Chegando lá, me deparei com a família toda assustada, na mira da minha equipe, entre eles, havia também uma criança. Droga! Eu não mato crianças e nem mando matar, as coisas agora mudaram de figura. Caminhei e fiquei em frente a eles, assustados, todos me encararam e eu encarei de volta, mas meu olhar se fixou em uma bela mulher que havia entre eles, uma linda e espetacular loira do corpo cheios de curvas. Ah, as brasileiras! Tinha me esquecido de como são maravilhosas. Mas, essa mulher, essa mulher era diferente, além de linda, não parecia estar com medo algum, mesmo ela e sua família tendo diversas armas apontadas em sua direção. Essa mulher... eu queria essa mulher pra mim. Eu teria que ter essa mulher. - Chefe? - chamou Alejandro, me tirando do transe. - Sim? - respondi sem tirar os olhos da loira. - O que faremos com eles? Pensei por um momento, até que uma ideia me veio á cabeça: - Pelo o que me contou, somente um de vocês viu o que não devia. - comecei. - E a criança também, Chefe. - A criança não conta, Alejandro. Sendo assim, eu proponho uma troca. - Troca?! - falou a linda loira pela primeira vez. - Sim, uma troca. - disse, fitando-as nos olhos. - E que troca seria essa? - perguntou um senhor, que tinha os mesmos olhos verdes da moça, suponho que seja seu pai. - Eu deixo vocês irem, com a promessa, é claro, de que vocês não iram contar a ninguém e muito menos à polícia, o que aconteceu aqui. - Nós prometemos. - responderam todos. - Ótimo! - exclamei com um sorriso. - Mas o que você quer de nós? O que quer em troca?- questionou a linda moça. - Primeiro eu preciso saber quem é o responsável por estarmos aqui agora. - falei, olhando para os demais. - É ele, Chefe. - disse Alejandro, apontando para o homem ao lado da loira. Notei que ambos usavam aliança, então deviam ser casados. Isso está ficando cada vez mais interessante. - Certo, então é com você que vou negociar. É o seguinte: eu deixo você e os demais irem embora em segurança, em troca da sua linda mulher. Todos abriram a boca impressionados, até Alejandro que não esperava por isso. - O que?! - disse a loira e o marido juntos. - Ela é minha esposa, que tipo de negócio está me propondo? - disse o homem. Eu ri, divertido. - O que pensa que eu sou? Uma mercadoria que pode barganhar? Pois saiba que eu decido por mim mesma, eu não aceito essa troca. - gritou ela. - Pelo amor de Deus, senhor, só nos deixe ir, prometemos não contar nada... - implorou uma senhora, também de cabelos loiros. - Eu sinto muito, mas essa é minha única oferta. Acho bom se decidirem logo, ou melhor, acho bom você - apontei para o marido da moça - Se decidir logo. - Isso só pode ser brincadeira. - ele riu, sem achar graça. - Não. Isso é muito sério. Se quer sair vivo daqui com sua família, acho melhor aceitar a oferta. Ele ficou em silêncio, todos estavam em choque, sem saber o que dizer. - Julio, não está pensando em aceitar, está? - perguntou a moça. - Aurora, ele vai nos matar, matar nosso filho. - Aurora era o nome dela, lindo como ela. - Você não pode estar falando sério. - ela se irritou. - Eu te falei para não se casar com esse homem, Aurora, ele é um covarde, sempre será. - disse o pai. - Julio, você não faria isso... - disse Aurora. - Eu não sei o que fazer. - disse ele. - Faça o que é certo, c*****o! - ela explodiu. - Mamãe, o que está acontecendo? - perguntou o menino entre lágrimas. - Nada, meu filho, não se preocupe. - disse, beijando seus cabelos. - Temos um acordo? - perguntei. - Não! Não temos nada. - ela gritou para mim. - Eu quero ficar com a minha família. - Mas parece que o seu marido já tomou a decisão dele. - Mas a minha resposta é NÃO! - gritou novamente. - A sua palavra não tem peso aqui, minha linda. Pense que eu estou sendo muito generoso em propor essa troca, outro em meu lugar, já teria acabado com a vida de vocês. - Aurora, é melhor aceitarmos, podemos dar um jeito depois, podemos... - O meu pai sempre teve razão, você é um covarde, Julio. - disse ela, chorando. Ele engoliu em seco, mas não disse nada. - Então estamos acertados. Levam ela. - ordenei aos meu homens. - Não! Não, por favor. Não me tira da minha família, meu filho precisa de mim. - Agora eu preciso de você. - Mamãe! - gritou o menino, chorando. - Théo! Meu filho! - Levem ela agora. Vocês podem ir, só por segurança meus homens os acompanharam até onde estão hospedados. Aurora foi levada aos gritos para o carro, enquanto seus pais e o filho gritavam por ela. O marido e um casal de idosos, não pareciam se importar muito, embora o tal Julio estivesse abalado. Eu compreendo, não é todo dia que se perde uma mulher como Aurora.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD