— Se acalme, só estava treinando para ver se posso ser um chefe malvado. O que achou? — Pisca para mim e reviro os olhos, seguindo a caminhar.
— Gio! Sobre sair comigo, busco você aqui às sete, tudo bem? — Fala e assinto com a cabeça, voltando a andar.
— Não pode ficar de papo com namorado em frente a empresa, Giiovana. — Anthony diz ao entrarmos no elevador.
— Ah me desculpe, senhor. Devo ter aprendido contigo, já que estava de flerte ontem no horário de trabalho! — Exclamo emburrada e quero me esconder ao perceber o que havia dito.
— Do que está falando? — Ele pergunta e observo a luz do elevador que parece não chegar no andar superior.
— Estava falando de nós dois ou da Condessa? — Indaga e o olho emburrada. Por que estou emburrada?!!!
— Ei, está com ciúmes?
— Ahhh graças a Deus! — Exclamo ao ver a porta se abrir e corro em direção a sala de reuniões. Todos já estão lá e nos vêem entrar juntos.
— Encontrei Giiovana com o namoradinho na porta. — Anthony diz e quero esmurra-lo. Todos sorriem levemente e nos sentamos no sofá lado a lado, único espaço livre. O empurro para o lado e ele faz o mesmo, por que agora Anthony parecia emburrado?
— Tudo bem, vamos começar a reunião de hoje. Trouxe algumas ideias para a casa Noturna do senhor Pereira...
— Por que aquele cara não sai do seu pé? Ele ainda não percebeu que tu não está afim? — Anthony sussurra no meu ouvido e afasto minha cabeça de perto dele.
— Como sabe que não estou? Miguel e eu já fomos namorados... — Digo e ele me olha com as sobrancelhas juntas. Sorrio ao ver seu olhar surpreso.
— Mas-mas isso não quer dizer que ainda o queira, certo? — Pergunta e solto o ar dos pulmões, tentando escutar o que Daniel dizia.
— Não sei Anthony, e você, já foi namorado da Condessa? — Indago e Daniel nos olha irritado.
— Giovana, está anotando tudo? E você Anthony, o que acha da ideia?
— Sim. — Anthony diz.
— Boa. — Eu digo. — Quer dizer, sim, estou anotando.
— Isso, acho uma boa ideia. — Sorrimos ao responder, fingindo estar ali junto de todos em pensamentos. Eu não sabia o que estava acontecendo entre Anthony e eu, mas talvez um passeio com Miguel poderia mudar tudo isso de uma vez.
— Ótimo, então faremos assim. Colocaremos um casal se divertindo na Casa Noturna e comemorando o aniversário de casamento. — Daniel finaliza e Anthony aplaude como se tivesse escutado metade do que o amigo havia dito, ao invés de cuidar da minha vida amorosa.
Anthony esteve ocupado durante toda a manhã em sua sala, não o vi e nem mesmo Daniel me questionou ou brigou comigo, pois também estava trabalhando bastante. O café em estômago vazio acabara atacando minha azia e desejava jogar tudo para fora, mas sem sucesso.
— Ei Giovana, pode ir para o seu almoço. Ficarei aqui cuidando da recepção.
— Lucy diz e agradeço, seguindo para a cozinha. Eu não tinha nada para comer, ao sair com pressa me esqueci de pegar algo para beliscar durante o dia. Então, apenas me sento na cadeira e decido descansar os olhos um pouco.
— Até que não é f**a. — Ouço uma voz e desperto, sentindo minha cabeça rodar.
— Ei, tudo bem? — Anthony pergunta, segurando minha mão. A afasto rapidamente e o olho, observado sua roupa, ele usava jeans lavagem clara e suéter verde escuro, despojado para uma terça feira.
— Já deu a minha hora? — Pergunto, olhando meu relógio de pulso e Anthony discorda, se sentando a minha frente. Ele tem um copo com suco verde e uma marmita de guacamole que parecia caseiro.
— Giiovana, posso fazer uma pergunta?
— Questiona e viro meu rosto, talvez ele tivesse percebido que estava a olhar sua comida com desejo exarcebado.
— Não sabe cozinhar? — Pergunta e o olho sem entender.
— Por que está me perguntando isso? É do tipo que se só se casa com mulheres que sabem cozinhar? — Indago e ele ri unindo os lábios.
— Por que está perguntando isso? Tem o desejo de se casar comigo? — Retruca minha pergunta e me levanto, preparando para sair dali. Mas, minha cabeça me impede. — Ei, toma! — Me entrega o copo com suco verde. — Fiz agora a pouco e pode comer isso também, fui eu quem cozinhei.
— Você cozinhou? — Pergunto desacreditada e Anthony cruza os braços, concordando. — Não estou com fome.
— Coma logo, está mais branca do que o normal. Não quero ter de pagar hospital para você, aqui não tem SUS igual o seu país. — Fala abrindo a vasilha e me entregando. Ele se levanta, pega uma colher descartável nos armários e entrega.
— Beba o suco primeiro e não coma rápido.
— Orienta, seguindo para a porta de saída.
— E você, o que vai comer? — Pergunto.
— Comi bastante no café da manhã.
— Responde e me deixa sozinha. Bebo vagarosamente o gole do suco que estava delicioso e após relutar me permito comer um pouco do guacamole, que parecia preparado por chefes estrelados. Seria a fome ou realmente Anthony tinha o dom?
O dia chegou ao fim e caminho em frente a porta da sala de Anthony de um lado para o outro.
— Ei Giovana, não vai embora? — Lucy pergunta, ela estava sendo a última a sair e já era quase sete horas da noite.
— Sim, já estou indo. Sabe se o Anth-o senhor Anthony ainda está aqui?
— Pergunto e ela concorda com a cabeça.
— Nas terças ele realmente trabalha.
— Zomba e sorrio junto dela.
— Estou indo, até amanhã!
— Acena e retribuo, ainda aguardando em frente a porta de vidro.
— Vai ficar ai fora ou irá entrar?
— Ouço sua voz do lado de dentro.
— Com licença, senhor. — Digo abrindo levemente a porta e Anthony assente, com alguns papéis a sua frente na mesa.
— Não irá embora, senhor?
— Logo, ainda preciso pensar nas perguntas que irei fazer amanhã para a banda. — Diz, riscando com a caneta algumas escritas.
— Entendi, senhor. Só vim lhe trazer sua vasilha e o copo, desculpe não ter entregado antes. — Respondo e Anthony sorri, maneando a cabeça. — O que foi?
— Para tamanho preconceito, parece ter gostado da minha comida. — Fala e levanto as sobrancelhas em desaprovação.
— Pode me ajudar aqui? Assim ficamos quites em relação ao almoço.
— Não sabia que era p**o, devo devolver?
— Aponto o dedo pra a boca e Anthony faz cara de nojo, discordando.
— Do que precisa, senhor?
— Bom, que pare de me chamar de senhor ou vou me sentir um velho. Só sou cinco anos mais velho que você, não me trate com tanta cordialidade.
— Você é meu chefe malvado, como devo trata-lo? — Questiono e Anthony morde o lábio, rindo. — Do que precisa? — Mudo de assunto.
— Se fosse preparar ídolos K-Pop para uma entrevista, o que perguntaria?
— Como eles conseguem ser tão chatos?
— Zombo e Anthony balança a mão para que eu saia. — O que foi? Não quer minha ajuda?
— Não, saia daqui. Você é péssima, vai buscar um café para mim. — Diz e o olho irritada, ele ri e faz careta. — Quer que eu te ensine ser uma agente publicitária, Giovana?
— Sim, eu quero, senhor. — Digo e ele aponta para que eu me sente a sua frente. Os minutos e as horas se passaram tão rapidamente, que perdi e esqueci do que havia combinado com Miguel ainda pela manhã.
— Então, podemos fazer uma entrevista bem engraçada, assim eles relaxam antes do show. — Anthony diz e concordo o observando, me perdendo em seus lábios.
— Bom, parece que ficamos até tarde aqui.
— Ele toma meu braço, olhando o relógio que estava em meu pulso.
— Ah meu Deus, o Miguel! — Me levanto assustada, olhando a hora. — Me desculpe senhor, tenho que ir. — Digo saindo para fora e descendo pelo elevador, correndo em direção a saída e apesar de já serem 20:30 lá estava ele me esperando.
— Miguel, me desculpe pela demora.
— Falo envergonhada.
— Tudo bem, o que acha de um cinema com pipoca? — Sorri para mim e assinto, olhando para trás e vendo Anthony. Ele acena e retribuo com a cabeça, me sentindo mexida pela primeira vez por alguém que não fosse o homem ao meu lado.
— Gio, podemos ir?
— É-é sim, claro. — Respiro fundo e Miguel dirige, em um silêncio constante até o cinema. Talvez não fosse a melhor escolha para um encontro, já que o silêncio necessário em uma sala de cinema não me deixava esquecer das duas horas anteriores com Anthony, como me senti animada com toda aquela conversa sobre coreanos adolescentes e de como minha mente parecia dançar quando ele ria.
{...}
— Foi um bom filme, não acha? — Miguel pergunta, quando estamos caminhando pelo shopping até a saída.
— Sim, foi. — Respondo de forma aérea e Miguel ri, segurando minha mão para que eu parasse.
— Você nem mesmo sabe do que aquele filme h******l estava falando, passou todo tempo em outro lugar que não foi ao meu lado.
— Miguel... — Murmuro, sentindo meus olhos se encherem de lágrimas e Miguel me abraça forte e retribuo, deitando minha cabeça em seu ombro. — Me desculpe.
— Sou eu quem lhe devo desculpas, por faze-la me guardar em seu coração por tanto tempo, por prometer voltar e deixa-la esperando, por não te entender e só pensar em mim. Gio, você não é mais a garota que eu amo. — Diz sorrindo e começo a chorar ainda mais, ele toca meu rosto limpando meus olhos com o polegar. — Estou feliz por não ser mais aquela garota.
— Obrigada, eu também estou muito feliz, Miguel. — Respondo rindo assim como ele e chorando ao mesmo tempo. Ficamos ali, abraçados por longos minutos e senti um ciclo de dor e muito amor se findando.
{...}
— Ai meu Deus, o que aconteceu com você?! — Catarina diz ao me ver sair do banheiro pela manhã.
— O que? Não aconteceu nada.
— Respondo, penteando meus cabelos após lava-los.
— Seus olhos, eles estão enormes! Você chorou por quanto tempo?
— Ela pergunta e corro até o espelho me assustando com meus olhos inchados.
— Ahh meu Deus, o que vou fazer agora? Hoje tenho que ir para o ensaio da entrevista da banda! — Exclamo, tentando diminuir o inchado com ** compacto.
— O que? Não acredito! Você vai se encontrar com os meninos da banda?!
— Indaga dando pulinhos e concordo.
— Se me levar eu te ajudo a diminuir o inchaço dos olhos. — Sorri para mim e discordo, colocando calça jeans e moletom, pois o dia estava frio.
— Não posso te levar é o meu trabalho.
— Falo e Catarina faz bico.
— Além de não me levar irá com essa roupa velha? Você vai se encontrar com os garotos mais gatos da Coréia, tenha respeito. — Cruza os braços emburrada.
— Não vou participar da entrevista, só irei ajudar o meu chefe. Me diz logo o que faz para diminuir o inchaço, consegui show grátis para você. — Digo e Catarina desce às escadas, lhe sigo e a mesma está com a cara no congelador.
— Toma, é só colocar gelo. Vê se não segura no lugar ou vai queimar e parecerá que apanhou e não que terminou pela terceira vez com o ex namorado. — Fala sutilmente como um cavalo bravo.
— Muito obrigada!! — Grito por ela já estar trotando pelos degraus. — Olá vovó, tudo bem? — Pergunto e minha avó sorri assentindo.
— O que aconteceu com seus olhos, querida? — Pergunta e maneio a cabeça, pegando um pedaço de bolo e beliscando um pedaço.
— Quer levar para o trabalho? — Pergunta e penso em dizer não, mas decido que aceitaria, assim poderia pagar Anthony com comida.
— Pode ser, me dê alguns. — Aponto com os dedos e Cassandra se mostra animada, ela parecia feliz e isso me deixava feliz.
Entro no Jipe e dirijo intercalando as mãos entre o volante e minhas olheiras. A noite anterior havia sido dolorosa, pois Miguel e eu terminamos de uma vez por todas nosso relacionamento amoroso. Apesar de ter chorado muito, um peso havia saído de meus ombros, o peso da dúvida e agora finalmente me sentia segura para seguir, apesar de ainda existir outras guerras para lutar.
Iríamos nos encontrar no hotel onde a Banda estava hospedada, seríamos eu, Daniel e Anthony que organizariamos o treinamento para a entrevista que os garotos fariam no dia do show, naquela semana.
Pego minha bolsa no banco ao lado e sigo até a entrada do hotel, um lindo e luxuoso lugar como um castelo português das eras antigas.
— Com licença, sou da "Castro Publicidades", vim para uma entrevista com a banda Coreana. — Digo e a mulher me olha de cima a baixo e ri, pondo a mão sobre os lábios.
— É claro que é. Se você é agente publicitária, eu sou a rainha Elizabeth!
— Zomba e abro a boca em um Ó, como aquela mulher tinha coragem de falar dos mortos? Respeito é muito bom, viu querida!
— Minha senhora, estou falando a verdade. Veja, vou pegar minha carteirinha aqui.
— Procuro em minha bolsa o tal crachá e simplesmente percebo que o havia esquecido.
— Olha, vê se para de inventar história. Essas fãs malucas que inventam história só para ver bandinhas adolescentes! Seguranças, aqui, essa garota está querendo entrar no quarto dos meninos!!
— A mulher acena para dois homens enormes, que se aproximam e me pegam pelos braços.
— Ei me soltem, não sou fã de ninguém!!
— Grito sendo arrastada.
— Vocês, o que estão fazendo?! — Daniel grita e engulo o choro que estava prestes a sair de meus olhos. — Soltem-na.
— Aponta para os brutamontes que assim fazem.
— O que está acontecendo aqui?
— Anthony se aproxima e minhas pernas ficam bambas, ele estava lindo. Não acredito que estou babando por um cara, sou uma decepção.
— Senhor Castro, mil perdões. Não sabíamos que ela era sua funcionária, não está usando identificação e as roupas dela...
— A mulher fala aflita e todos olham meu modelito, talvez Catarina estivesse certa sobre meu estilo duvidoso.
— Ela ser uma desarrumada sem nenhum senso de estilo não permite vocês a tratarem assim. — Daniel diz e me pergunto se ele está me defendendo ou ajudando a mulher em seu argumento.
— Devo falar com o gerente, senhor?
— Daniel pergunta e Anthony segue com seus olhos para mim.
— Você está bem, Giiovana? — Pergunta e movo a cabeça em concordância. — Por que seus olhos estão assim, eles te fizeram algo?
— O que? Não, é que-eu-eu... não foram eles. — Respondo e Anthony assente, ajeitando seu terno preto da mesma cor de toda sua roupa.
— Que não se repita, uma situação como essa beira ao preconceito. — Ele diz e segue caminhando, Daniel o acompanha e faço o mesmo ao seu lado.
— O que aconteceu com seus olhos?
— Daniel sussurra, enquanto seguimos em direção a área de piscina do hotel.
— Eu terminei com meu namorado, acabei chorando um pouco. Desculpe.
— Também sussurro ao ver Anthony distante de nós.
Ao chegarmos na área de piscina vemos que a uma certa festinha particular, os garotos aplaudem alguém na piscina.
— Eles não deveriam estar arrumados?
— Anthony pergunta e Daniel respira fundo, correndo até a direção dos membros da banda.
— Ei, quem é você?! — Ele grita, os garotos se afastam e um ser de cabelos longos e loiros dá cambalhotas na piscina.
— Ah não, eu não estou acreditando nisso.
— Sinto meu rosto queimar de tamanha vergonha.
— Ei priminha!! Acabei pegando sua carteira de identificação sem querer!!
— Ri acenando como uma foca.
— Deveria cuidar melhor do seu material de trabalho. — Anthony diz e segue caminhando até a piscina, ele pega um roupão e estende para Catarina que sorri se enrolando no tal. — Gostaram do dia da piscina? — Indaga em inglês e o mesmo riem concordando.
— Catarina, o que está fazendo aqui? Eu não disse a você que estaria aqui a trabalho? E porque pegou meu crachá?
— Digo roendo os dentes e ela seca os cabelos como se nada tivesse acontecido.
— Para de ser chata, eu só queria vê-los antes do show. Eles são maravilhosos, prima! Obrigada!! — Me abraça, molhando todo meu moletom. Já não bastava estar desarrumada, agora também molhada.
— Eu vou contar tudo para a vovó, pode esperar! — Ameaço e ela não parece se importar muito, seguindo para o banheiro da piscina. — Senhor, me desculpe por toda essa confusão.
— Esse é o p*******o por contratar gente desqualificada. — Daniel diz e Anthony permanece em silêncio, observando a piscina. — Vá buscar um rodo para secar ao redor da piscina, ainda nem preparamos o cenário.
— Sim senhor. — Digo me preparando para ir buscar.
— Não tem que fazer isso, as camareiras trabalham aqui e fazem isso. É só avisar na recepção que elas virão até aqui.
— Diz sem me olhar nos olhos. Concordo com a cabeça e sigo até a recepção, falando a recepcionista sobre o que acontecera.
— Irei enviar o pessoal da limpeza, não se preocupem. — Fala e concordo, voltando ao meu lugar. Anthony se senta em uma das cadeiras da produção e Daniel fala ao telefone com ansiedade.
— Como assim? Mas, já não havíamos combinado que você viria para a entrevista? Como pode ser tão irresponsável?! — Grita. — Eu não quero saber que está com a garganta r**m, Lucy!!!
— Daniel, o que está acontecendo?
— Anthony pergunta calmamente sem sair do seu lugar. Eles eram tão diferentes um do outro, como conseguiam conviver em harmonia.
— Lucy está com a garganta r**m, não consegue falar. Como vamos fazer? Quem irá fazer a entrevista?
— Faça você. — Ele diz e Daniel arregala os olhos, movendo a cabeça em negação. Eu não ganho para isso, pode esquecer Anthony. — Retruca e Anthony ri, cruzando a perna.
— Por que não faz, senhor? — Questiono Anthony que finalmente me olha depois de tanto tempo.
— Ele não pode, faça você. — Daniel aponta para mim e depois abaixa a cabeça choramingando. — Como poderia gravar uma entrevista? Usando essas roupas feias. Eu mereço? Eu mereço!!!
— Com licença... — Catarina se aproxima. Ela segura em uma mão o roupão e em outra uma sacola de pano.
— O que quer Catarina, por que ainda não foi embora? — Murmuro, querendo arrancar seus cabelos.
— Eu trouxe roupas para você, garota! Disse que estava f**a, então quis ajudar.
— Fala estendendo o braço.
— É sério isso? O que trouxe ai? — Daniel se prepara para pegar a sacola e Catarina lhe esconde atrás de si.
— Só se me deixarem ficar para ver a entrevista. — Chantageia e Anthony ri.
— Quero ficar pertinho deles, por favor!!
— Cruza as mãos fazendo bico. Tudo bem, essa garota precisa de um corretivo, devo começar já?
— Tudo bem, deixe ela ficar não vai fazer nenhum m*l. Giiovana, você quer fazer a entrevista? — Anthony pergunta, olhando-me.
— Ela não tem que querer, faz parte do trabalho... — Daniel diz e Anthony o olha.
— Você quer, Giiovana? — Também pergunta e respiro fundo pensando em todos os motivos existentes para dizer "Não" e eram muitos.